Os Usos e Papéis dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Ferramentas Tecnológicas: uma Análise dos Trabalhos do ENPEC sobre Educação a Distância
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2021u14591486Palabras clave:
Educação a Distância, AVA, Ensino de Ciências, Revisão Sistemática de LiteraturaResumen
A Educação a Distância tem se desenvolvido de modo significativo nos últimos anos nas diversas áreas do conhecimento, incluindo o campo da Educação em Ciências. Levando em consideração essa expansão e o desenvolvimento dessa modalidade, o presente trabalho tem como objetivo analisar e caracterizar a produção científica sobre ferramentas multimídias e ambientes virtuais no ENPEC quanto aos seus usos e papéis no processo de ensino e aprendizagem em Ciências. Para isso, consideramos o período de 2007 a 2019 para levantamento das pesquisas e utilizamos a Análise de Conteúdo para a análise das informações textuais. Os resultados mostram que existem poucos trabalhos que se dediquem a tratar das ferramentas tecnológicas e dos ambientes virtuais destinados ao processo de ensino e aprendizagem. Os trabalhos apontam para os usos dessas ferramentas e ambientes virtuais como dimensões científico-tecnológicas que medeiam as relações entre os participantes, com preponderância da utilização do AVA, chats e fóruns, ao passo que evidenciam os papéis que desempenham e/ou viabilizam relacionados a motivação e interação entre os participantes, a adoção de posturas científicas e a relação entre diferentes saberes. O que se percebe é que esses meios e possibilidades digitais apresentam potencialidades a serem exploradas no ensino de ciências, seja na variedade das ferramentas, seja no uso diferenciado que é conferido a elas, não havendo trabalhos que envolvam a diversificação desses recursos.
Descargas
Citas
Abreu-Tardelli, L. S. (2006). Aportes para compreender o trabalho do professor iniciante em EAD (Tese de Doutorado, Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, São Paulo). Repositório PUCSP. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/13799
Albuquerque, S. C., & Silva, P. S. A. (2015). Estudo das tecnologias aplicadas à educação a distância. EntreVer-Revista das Licenciaturas, 4(6), 30–48. http://stat.ijie.incubadora.ufsc.br/index.php/EntreVer/article/view/3509/4187
Bacich L., & Moran. J. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora. Penso.
Barbosa, P. P., Towata, N., Lima, T. F., Macedo, M., Saito, L. C., Delitti, W., & Ursi, S. (05–09 de dezembro, 2011). Papel do fórum na Educação a Distância: Estudo de caso enfocando uma discussão sobre ambiente marinho na Rede São Paulo de Formação Docente. VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Campinas, São Paulo.
Carneiro, D., & Silva, V. R. (15–26 de setembro, 2014). Educação à distância: Possibilidades e desafios. II Simpósio Internacional de Educação a Distância e II Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância (SIED:EnPED), São Carlos, São Paulo.
Costa, K. S., & Faria, G. G. (14–17 de setembro, 2008). EAD sua origem histórica, evolução e atualidade brasileira face ao paradigma da educação presencial. 14º Congresso Internacional ABED de de Educação a Distância (CIAED), Santos, São Paulo.
Delizoicov, D., Angotti, J. A. P., & Pernambuco, M. M. C. A. (2018). Ensino de Ciências: Fundamentos e métodos. Cortez.
Duso, L. (2009). Uso de Ambiente Virtual de Aprendizagem de Temas Transversais no Ensino de Ciências. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, 2(3), 60–76. https://doi.org/10.3895/s1982-873x2009000300005
Feitosa, J. A. F., Lima, I. P., & Vasconcelos, F. H. L. (2013). A ferramenta chat como recurso pedagógico no ensino de física. EaD em foco, 3(1), 1–14. https://doi.org/10.18264/eadf.v3i1.144
Ferrari, P. C., Angotti, J. A. P., & Tragtenberg, M. H. R. (2009). Educação problematizadora a distância para a inserção de temas contemporâneos na formação docente: Uma introdução à Teoria do Caos. Ciência & Educação, 15(1), 85–104. https://doi.org/10.1590/s1516-73132009000100005
Filgueira, S. S., & Santos, R. S. (03–06 de julho, 2017). Ambientes virtuais como configurações de aprendizagem: Análise de episódios interativo-discursivos em um curso técnico à distância. XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Florianópolis, Santa Catarina.
Garcia, P. S., & Gouw, A. M. S. (08–13 de novembro, 2009). Educação superior a distância: políticas, tendências da formação de professores de ciências. VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Florianópolis, Santa Catarina.
Gil, A. C. (2006). Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas.
Hamawaki, M. H., & Pelegrini, C. de M. A. (2009). Ferramentas do ensino a distância e suas contribuições para a eficácia no processo de aprendizagem do aluno. Revista CEPPG, (21), 84–91. http://www.portalcatalao.com/painel_clientes/cesuc/painel/arquivos/upload/temp/b7632647fce4a8a50fda143156336f90.pdf
Junior, J. D., & Scarinci, A. L. (24–27 de novembro, 2015). A evolução do perfil conceitual em um chat online de um curso à distância de Astronomia. X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Águas de Lindóia, São Paulo.
Lengler, F. R. (2014). Competências docentes na educação a distância: Estudo de caso no curso de tecnologia em processos gerenciais (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina). Repositório Institucional — UFSC. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/130940
Lima, D. da. C. B. P. (2014). Projeto CNE/UNESCO 914BRZ1142.3: Desenvolvimento, aprimoramento e consolidação de uma educação nacional de qualidade — educação a distância na educação superior. Ministério da Educação/Conselho Nacional de Edcuação. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16511-produto-02-estudo-processo&Itemid=30192
Lopes, P. T. C., Almeida, C. M. M., & Costa, R. D. A. (2014). Ensino de Ciências através de Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilizando uma sequência didática eletrônica e um ambiente virtual de aprendizagem. Acta Scientiae, 6(4), 161–177. http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/1273/1025
Maganha, L. F., Souza, L. W., Versuti Stoque, F. M., & Prette, N. (24–27 de novembro, 2015). Análise da atividade assíncronas: Fóruns de discussões em um curso de Licenciatura em Ciências Semipresencial. X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Águas de Lindóia, São Paulo.
Maia, M. C. (2003). O uso da tecnologia de informação para a Educação a Distância no Ensino Superior (Tese de Doutorado, Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, São Paulo). FGV Repositório Digital. http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace;/bitstream/handle/10438/2463/74603.pdf
Marconi, M. de A., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. Atlas.
Martinho, T., & Pombo, L. (2009). Potencialidades das TIC no ensino das Ciências Naturais: Um estudo de caso. Revista Electrónica Enseñanza de las Ciencias 8(2), 527– 538.
Martins, C. A. (2011). Práticas educativas digitais: Uma história, uma perspectiva (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará). Repositório Institucional UFC. http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/13221
Mayer, M., Bastos, H., Costa, S., & Numeriano, J. (2001). Ensino de ciências em ambientes virtuais: A percepção do professor sobre as diferenças na sua prática introduzidas pelo uso das novas tecnologias. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 1(1), 132–139. https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4190
Ministério da Educação (2007). Referenciais para elaboração de material didático para EaD no Ensino Profissional e Tecnológico. https://docplayer.com.br/37493910-Referenciais-para-elaboracao-de-material-didatico-para-ead-no-ensino-profissional-e-tecnologico.html
Mendes, A. (2008). TIC — Muita gente está comentando, mas você sabe o que é? Portal iMaster. https://imasters.com.br/devsecops/tic-muita-gente-esta-comentando-mas-voce-sabe-o-que-e
Minus, L. E. L., & Sorte, L. X. B. (10–22 de setembro, 2012). O uso de ferramentas multimídias e de novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem na educação a distância. I Simpósio Internacional de Educação a Distância e I Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância (SIED:EnPED), São Carlos, São Paulo.
Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(37), 7–32. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4125089/mod_resource/content/1/Roque-Moraes_Analise%20de%20conteudo-1999.pdf
Moran, J. M. (2006). Avaliação do ensino superior a distância no Brasil. http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/avaliacao.pdf
Morgado, L. (2001). O papel do professor em contextos de ensino online: Problemas e virtualidades. Discursos, III(spe), 125–138. https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1743/1/professor_online_linamorgado.pdf
Nardi, R., & Almeida, M. J. P. M. (2007). Investigação em ensino de ciências no Brasil segundo pesquisadores da área: Alguns fatores que lhe deram origem. Pro-Posições, 18(1), 213–226. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643587
Nobre, I. A., Nunes, V. B., Baldo, Y. P., Moura, E. S., & Carneiro, D. V. (27–30 de setembro, 2009). Curso Superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas: Relato de uma experiência pioneira de EAD no Ifes na percepção do aluno Serra. 15º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), Fortaleza, Ceará.
Novais, J. S. (2009). Metodologia da pesquisa e do ensino de Ciências e Biologia em cursos a distância: Questões teóricas. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, 8(0), 1–20. https://doi.org/10.17143/rbaad.v8i0.221
Oesterreich, F., & Montoli, F. S. (2010). Potencialidades e fragilidades das ferramentas tecnológicas em ambientes virtuais de aprendizagem. Revista Tecnologias na Educação, 3(2), 1–10. http://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2015/07/Art2-ano2-vol3-dezembro2010.pdf
Oliveira, C., Moura, S. P., & Sousa. E. R. (2015). TIC’s na Educação: A utilização das tecnologias da informação e comunicação na aprendizagem do aluno. Pedagogia em Ação, 7(1), 75–95. http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/11019
Paula Filho, W. de P. (2000). Multimídia: Conceitos e Aplicações. LTC.
Paulo, W. de. O., & Giordan. M. (10–13 de novembro, 2013). Construção de indicadores na dimensão rendimento para cursos de formação continuada de professores em ambientes virtuais de aprendizagem. IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Águas de Lindóia, São Paulo.
Ribeiro, E. N., Mendonça, G. A. de A., & Mendonça, A. F. (2007). A importância dos ambientes virtuais de aprendizagem na busca de novos domínios da EaD. 13º Congresso Internacional de Educação a Distância (CIED). Curitiba, Paraná.
Rodrigues, J. E., & Fernandes, F. J. (2014). Proposta de inclusão de carga horária semipresencial em cursos superiores presenciais. Avaliação, 19(1), 179–192. https://doi.org/10.1590/s1414-40772014000100009
Sales, R. G., & Mello, I. C. (2017). Os ambientes virtuais de aprendizagem: Contribuições para o ensino de ciências. FLOVET — Boletim do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica, 1(9), 17–30. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/flovet/article/view/5484
Sanchez, F. (Coord.) (2005). Anuário Brasileiro de Educação Aberta e a Distância. Instituto Cultural/Editora Monitor.
Scarinci, A. L. (05–09 de dezembro, 2013). A comunicação pedagógica em um curso à distância. VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e I Congreso Iberoamericano de Investigación en Enseñanza de las Ciéncias (CIEC), Campinas, São Paulo.
Silva, A. C. R. (07–10 de setembro, 2004). Educação a distância e o seu grande desafio: O aluno como sujeito de sua própria aprendizagem. 11º Congresso Internacional de Educação a Distância (CIED), Salvador, Bahia.
Silva, C. A., Veras, I. R., Reis. L., & Santos. M. A. (06–09 de outubro, 2014). Educação a distância: A visão de professores e alunos acerca dessa modalidade de ensino. 20º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), Curitiba, Paraná.
Silva, M. P. D., Melo, M. C. D. O. L., & Muylder, C. F. D. (2015). Educação a distância em foco: Um estudo sobre a produção científica brasileira. Revista de Administração Mackenzie, 16(4), 202–230. https://doi.org/10.1590/1678-69712015/administracao.v16n4p202-230
Segenreich, S. C. D. (2009). ProUni e UAB como estratégias de EAD na expansão do ensino superior. Pro-Posições, 20(2), 205–222. https://doi.org/10.1590/s0103-73072009000200013
Stelzer, J., Gonçalves, E. N., Junior, G. R., Alves, M. A. S., & Alves, J. A. S. (03–05 de dezembro, 2014). Fórum EaD e o (des) conhecimento da ferramenta pelos atores do processo de ensino e aprendizagem. XIV Colóquio Internacional de Gestão Universitária (CIGU), Florianópolis, Santa Catarina.
Teixeira, R. C., Piotto, K. D. B., & Bonzanini, T. K. (24–27 de novembro, 2015). Ensinar e aprender em um curso de Licenciatura em Ciências na modalidade semipresencial: Questões para a prática e formação docente. X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Águas de Lindóia, São Paulo.
Tenório, T., Laudelino, M. A., & Tenório, A. (2015). A Importância do Ambiente Virtual de Aprendizagem em um curso de graduação com base nas percepções de alunos a Distância. EaD em foco, 5(3), 11–36. https://doi.org/10.18264/eadf.v5i3.274
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Rutiléa Mendes de Morais, Rodrigo da Luz, Benedito Gonçalves Eugênio
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores são responsáveis pela veracidade das informações prestadas e pelo conteúdo dos artigos.
Os autores que publicam neste periódico concordam plenamente com os seguintes termos:
- Os autores atestam que a contribuição é inédita, isto é, não foi publicada em outro periódico, atas de eventos ou equivalente.
- Os autores atestam que não submeteram a contribuição simultaneamente a outro periódico.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à RPBEC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores atestam que possuem os direitos autorais ou a autorização escrita de uso por parte dos detentores dos direitos autorais de figuras, tabelas, textos amplos etc. que forem incluídos no trabalho.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Em caso de identificação de plágio, republicação indevida e submissão simultânea, os autores autorizam a Editoria a tornar público o evento, informando a ocorrência aos editores dos periódicos envolvidos, aos eventuais autores plagiados e às suas instituições de origem.