Consulta de enfermagem às mulheres que convivem com HIV na perspectiva fenomenológica
DOI:
https://doi.org/10.35699/2316-9389.2024.40982Palavras-chave:
Neoplasia intraepitelial cervical., Enfermagem., Síndrome da imunodeficiência adquirida., Pesquisa Qualitativa.Resumo
Objetivo: desvelar os significados do ser mulher soropositiva e a vivência da consulta de enfermagem no rastreamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama. Método: estudo qualitativo, fenomenológico, embasado na analítica heideggeriana com 11 mulheres entrevistadas em um Serviço de Assistência Especializada de Minas Gerais entre novembro/2018 a setembro/2019. Resultados: no mundo público, o ser aí mulher-que-convive-com-HIV assumiu a identidade impessoal, buscando não se distinguir das outras mulheres. Reconheceram o atendimento prestado como sistematizado, individualizado e, mesmo de maneira fugaz, recuperaram a responsabilidade sobre os cuidados com a saúde e seu tratamento. Conclusões:os sentidos desvelados possibilitaram indicar que as mulheres no seu cotidiano vivenciam a faticidade da sorologia, o medo e a angústia de sofrerem preconceito, convivem com o peso do diagnóstico e do cuidado de si, encontram na consulta de enfermagem embasada na Teoria Humanística a valorização eu-com-o-outro no mundo do cuidado, em uma prática dialógica que a coloca como ativa e desperta seu interesse em dar seguimento ao rastreamento.
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