Ser enfermeiro na estratégia de saúde da família:

desafios e possibilidades

Autores

  • Beatriz Santana Caçador Belo HorizonteMG, Universidade Federal de Viçosa, Brasil
  • Maria José Menezes Brito Universidade Federal de Santa Catarina; Belo HorizonteMG, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem , Brasil
  • Danielle de Araújo Moreira
  • Lilian Cristina Rezende Belo HorizonteMG, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem , Brasil
  • Gláucia de Sousa Vilela ItatiaiuçuMG, município de Itatiaiuçu, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5935/1415-2762.20150047

Palavras-chave:

Condições de Trabalho, Saúde da Família, Serviços de Saúde, Enfermagem em Saúde Pública

Resumo

O estudo teve como objetivo analisar os desafios e possibilidades do trabalho do enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família (ESF) em um distrito sanitário de Belo Horizonte, Minas Gerais. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa cuja coleta de dados foi feita por meio de entrevistas individuais com roteiro semiestruturado, observação e diário de campo. Foram sujeitos sete enfermeiros. Os resultados evidenciam que o cotidiano do enfermeiro na ESF é marcado por sobrecarga de trabalho que prejudica a realização das ações específicas da saúde da família. A implantação do Protocolo de Manchester fortalece a lógica da demanda espontânea em detrimento das ações de promoção da saúde. Os desafios perpassam a melhoria nas condições de trabalho, nos aspectos organizacionais e assistenciais. As possibilidades se traduzem em mais autonomia e potencial do enfermeiro em implementar práticas de cuidado mais coerentes com a política social.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

1. Menezes RMP, Pinto ESG, Villa TCS. Situação de trabalho dos profissionais da Estratégia Saúde da Família em Ceará-Mirim. Rev Esc Enferm USP. 2010; 44(3):657-64.

2. Santos VC, Soares CB, Campos CMS. A relação trabalho-saúde de enfermeiros do PSF no município de São Paulo. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(N. Esp):777-81.

3. David HMSL, Mauro MYC, Silva VG, Pinheiro MAS, Silva FH. Organização do trabalho de enfermagem na Atenção Básica: uma questão para a saúde do trabalhador. Texto Contexto Enferm. 2009; 18(2):206-14.

4. Minayo MCS. O desafio do conhecimento : pesquisa qualitativa em saúde. 8ª ed. São Paulo: Hucitec; 2004.

5. Goldenberg M. Pesquisa qualitativa em ciências sociais. In: Goldenberg M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. 11ª ed. Rio de Janeiro: Record; 2009. p.16-24.

6. Chizzotti A. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Rev Port Educ. 2003; 16(2):221-36.

7. Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2009.

8. Baratieri T, Marcon SS. Longitudinalidade no trabalho do enfermeiro: identificando dificuldades e perspectivas de transformação. Texto Contexto Enferm. 2012; 21(3):549-57.

9. Cecílio LC. As necessidades de saúde como centro estruturante na luta pela integralidade e equidade na atenção em saúde. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro: UERJ/IMS/ABRASCO; 2001. p.113-26.

10. Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Classificação de risco em urgência e emergência Protocolo de Manchester. Belo Horizonte: SES-MG; 2011. p. 1-8.

11. Silva KL, Sena RR, Seixas CT, Silva MEOS, Freire LAM. Desafios da política para a promoção da saúde no cotidiano dos serviços. REME - Rev Min Enferm. 2012; 16(2):178-87.

12. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências. 3ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

13. Foucault M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal; 1979.

14. Franco TB, Merhy EE. PSF: contradições de um programa destinado à mudança do modelo assistencial. Campinas: UNICAMP; 1999.

15. Inojosa RM. Acolhimento: a qualificação do encontro entre profissionais de saúde e usuários. X Congresso Internacional Del CLAD, Santiago, p.18-21; 2005.

16. Schrader G, Palagi S, Padilha MAS, Nogues PT, Thofehrn MB, Pai DD. Trabalho na unidade básica de saúde: implicações para a qualidade de vida dos enfermeiros. Rev Bras Enferm. 2012; 65(2):222-8.

17. Montenegro LC. A formação profissional do enfermeiro: avanços e desafios para a sua atuação na atenção primária à saúde [dissertação]. Belo Horizonte: Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais; 2010. 98 f.

18. Assis WD, Collet N, Reichert APS, Sá LD. Processo de trabalho da enfermeira que atua em puericultura nas unidades de saúde da família. Rev Bras Enferm. 2011; 64(1):38-46.

19. Brasil. Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006.Dispõe sobre o aproveitamento de pessoal amparado pelo parágrafo único do art. 2o da Emenda Constitucional no 51, de 14 de fevereiro de 2006, e dá outras providências. Diário Oficial da União. 5 out. 2006.

20. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial da União. 21 out. 2011.

21. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Ambiência. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.

22. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: ambiência. Brasília: MS; 2004.

23. Bertoncini JH. Entre o prescrito e o real: renormalizações possíveis no trabalho da enfermeira na Saúde da Família [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem; 2011. 147p.

24. Monteiro MM, Figueiredo VP, Machado MFAS. Formação do vínculo na implantação do Programa Saúde da Família numa Unidade Básica de Saúde. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43(2):358-64.

Publicado

01-09-2015

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Ser enfermeiro na estratégia de saúde da família:: desafios e possibilidades. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de setembro de 2015 [citado 18º de novembro de 2025];19(3). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50088

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>