Promoção da saúde no programa saúde na escola e a inserção da enfermagem

Autores

  • Kenia Lara Silva Belo HorizonteMG, Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem , Departamento de Departamento de Enfermagem Aplicada, Brasil
  • Roseni Rosângela de Sena Belo HorizonteMG, UFMG, Escola de Enfermagem , Brasil
  • Elen Cristiane Gandra Belo HorizonteMG, UFMG, Escola de Enfermagem , Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Brasil
  • Juliana Alves Viana Matos Belo HorizonteMG, UFMG, Escola de Enfermagem , Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Brasil
  • Kelciane Rodrigues Andrade Coura Belo HorizonteMG, UFMG, Escola de Enfermagem , Curso de Graduação em Enfermagem, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5935/1415-2762.20140045

Palavras-chave:

Enfermagem, Programas Nacionais de Saúde, Saúde Escolar, Promoção da saúde

Resumo

O presente trabalho analisa o Programa Saúde na Escola (PSE) em um município do estado de Minas Gerais, identificando sua organização, a atuação dos profissionais de enfermagem e sua inserção no campo da promoção da saúde. Trata-se de pesquisa qualitativa, na modalidade estudo de caso, baseado no referencial da dialética. Foram realizadas entrevistas com gestores, monitores e enfermeiros que atuam no programa. Os resultados indicam que o PSE encontra-se em processo de consolidação com ações que variam desde avaliação de risco e mudança de comportamento até aquelas que reforçam a escola como espaço potencial para a promoção da saúde. Os resultados indicam desafios como a transferência de responsabilidade para a escola na formação de hábitos, comportamentos e valores como se fosse esse o único ou o principal "lugar" no desenvolvimento da cidadania e no cuidado à saúde. A relação dos setores saúde e educação apresenta-se como um desafio a ser superado. Foi possível analisar uma polaridade entre os assistentes de educação - um "novo profissional" que integra a escola, comunidade e equipe de saúde - e os enfermeiros que compõem as equipes. Destaca-se o papel dos enfermeiros nas ações educativas em saúde com grande potencial de responder às condições de saúde escolar. Concluiu-se que é preciso avançar em inovações tecnológicas no âmbito das práticas do PSE que ressignifiquem a escola como cenário da promoção da saúde numa vertente que considere esse espaço no seu potencial de produção de cidadania e de mudança dos determinantes dos modos de viver.

Referências

1. Parcel GS, Kelder SH, Basen-Engquist K. The school as a Setting for health promotion. In: Poland BD, Green LW, Rootman I. Settings for health promotion: linking theory and practice. Thousand Oaks, CA: Sage; 2000. p. 86-120.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. A promoção da saúde no contexto escolar. Projeto Promoção da Saúde. Rev Bras Ciênc Saúde. 2004; 2(3):67-8.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola. Brasília: MS; 2009.

4. WHO. Expert Committee on Comprehensive School Health Education and Promotion. Promotion Health Trough Schools. Geneva: WHO; 1997.

5. Brasil. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Escolas promotoras de saúde: experiências do Brasil. Brasília: MS; 2007.

6. Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº. 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Brasília: Casa Civil; 2007.

7. Alvarenga WA, Silva MEDC. Ações de Educação em saúde realizadas por enfermeiros na escola: percepção de pais. REME-Rev Min Enferm. 2012; 16(4): 522-7.

8. Valadão MM, Bydlowski CR, Westphal MF, Pereira IMTB. Promoção da saúde na escola: repercussões nas secretarias de educação do Brasil. In: Brasil. Ministério da Saúde. Escolas promotoras de saúde: experiências no Brasil. Brasília; 2006. p.293-302.

9. Silva KL, Sena RR. Promoção da saúde como decisão política para a formação do enfermeiro. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41:826-9.

10. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Instrutivo PSE: tecendo caminhos da intersetorialidade. Brasília: MS; 2011.

11. Backes DS, Backes MS, Erdmann AL, Büscher A. O papel profissional do enfermeiro no Sistema Único de Saúde: da saúde comunitária à estratégia de saúde da família. Ciênc Saúde Coletiva. 2012;17(1):223-30.

12. Gomes LC. O desafio da intersetorialidade: a experiência do Programa Saúde na Escola (PSE) em Manguinhos, no município do Rio de Janeiro [dissertação]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2012.

13. Yin RK. Estudo de caso – planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman; 2010

14. Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa. Edições 70; 2009. 281p.

15. Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica Passo a passo PSE: Programa Saúde na Escola, tecendo caminhos da intersetorialidade. Brasília: MS; 2011

16. Figueiredo TAM, Machado VLT, Abreu MMS. A saúde na escola: um breve resgate histórico. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(2):397-402.

17. Guimarães G, Aerts D, Câmara SG. A escola promotora da saúde e o desenvolvimento de habilidades sociais Diaphora. Rev Soc Psicol Rio Grande do Sul. 2013;12(2): 88-95.

18. Moura JBVS, Lourinho LA, Valdes MTM, Frota MA, Catrib AMF. Perspectiva da epidemiologia histórica e a escola promotora da saúde. Rev Hist Ciênc Saúde. 2007; 14(2):489 501.

19. Ferreira IRC. Diplomas Normativos do Programa Saúde na Escola: análise de conteúdo associada à ferramenta A TLAS TI. Ciênc Saúde Coletiva. 2012; 17(12):3385-98.

20. Leger LS, Young I, Blanchard C. Facilitating dialogue between the health and education sectors to advance school health promotion and education. IUHPE- International Union For Health Promotion And Education. 2012. [Citado em 2013 ago. 22]. Disponível em: http://www.iuhpe.org/index. html?page=516&lang=en

21. International Union For Health Promotion And Education-IUHPE. Construindo escolas promotoras de saúde: diretrizes para promover a saúde em meio escolar. França. 2009. [Citado em 2013 ago. 22]. Disponível em: http://www.iuhpe.org/uploaded/Publications/Books_Reports/HPS_ GuidelinesII_2009_Portuguese.pdf

22. Lefevre F, Lefevre AMC. Promoção de saúde, ou, a negação da negação. Rio de Janeiro: Vieira & Lent; 2004.166 p

23. Faria FAC. Escolas promotoras de saúde na América Latina: uma revisão integrativa da literatura [dissertação]. São Paulo: Universidade de Franca; 2010.

24. Tusset D. Competências em promoção da saúde no Programa Saúde na Escola no Distrito Federal [dissertação]. Brasília: Universidade de Brasília; 2012.

25. Silva KL, Rodrigues AT. Ações intersetoriais para promoção da saúde na Estratégia Saúde da Família: experiências, desafios e possibilidades. Rev Bras Enferm. 2010; 63:762-9.

Publicado

01-09-2014

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Promoção da saúde no programa saúde na escola e a inserção da enfermagem. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de setembro de 2014 [citado 15º de março de 2025];18(3). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50149

Artigos Semelhantes

1-10 de 1613

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>