Desmunhecando e Empretecendo a Universidade

Escrevivências de Corpos Pretos, Afeminados e Sapatônicos

Autores

  • Mauricio Barbosa de Lima UFPR
  • Megg Rayara Gomes de Oliveira UFPR

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.41775

Palavras-chave:

Escrevivências, Corpo, Interseccionalidade, Gênero e raça

Resumo

Neste trabalho, aborda-se o movimentar sinuosamente a coluna e os quadris para tornar a universidade mais preta e afrescalhada, levantando-se a seguinte questão: o que podem os corpos pretos, bichas e sapatões ao se reunirem em torno de uma professora travesti e negra em aulas que interseccionam gênero e raça? O salto alto, como instrumento político, causa barulho em um ambiente higienizado e abre espaço para diferentes corporeidades ocuparem uma instituição pública de ensino superior. A escrevivência, criada pela escritora e pesquisadora Conceição Evaristo, surge neste trabalho de abordagem qualitativa como uma ferramenta metodológica intrínseca a uma perspectiva de pesquisa implicada, situada entre produção artística e científica dos seus participantes. Escrevivências de corpos que desmunhecam e empretecem a universidade, apontando para uma positividade ao criar áreas de pertencimento, compartilhamento e coletividade.

Biografia do Autor

  • Mauricio Barbosa de Lima, UFPR

    Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) pela Linha de Pesquisa Linguagem, Corpo e Estética na Educação. Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Licenciado em Teatro pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). É integrante do Mais Um Coletivo de Arte. Professor de Artes concursado pela prefeitura de João Pessoa - PB, lecionando aulas de teatro para crianças, jovens e adultos.

  • Megg Rayara Gomes de Oliveira, UFPR

    Possui graduação em Licenciatura em Desenho e Especialização em História da Arte pela Escola de Música e Belas do Paraná; Especialização em História e Cultura Africana e Afro-brasileira, Educação e Ações Afirmativas no Brasil pela Universidade Tuiuti do Paraná ; mestrado em Educação pela Universidade Federal do Paraná, doutorado em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Professora adjunta no setor de educação e professora no Programa de Pós-graduação em educação na Universidade Federal do Paraná. Está coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da Universidade Federal do Paraná. Está coordenadora de Políticas Afirmativas na Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (SIPAD) da Universidade Federal do Paraná; Está coordenadora da Comissão de Políticas Afirmativas do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná; Está coordenadora dos Consórcios de NEABs da região sul. Discute os seguintes temas: Relações raciais, Arte Africana, Arte Afro-brasileira, gênero e diversidade sexual. Em junho de 2018 foi indicada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná para representar o referido programa ao prêmio CAPES de melhor tese de 2017.

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Publicado

2023-04-06 — Atualizado em 2023-04-06

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Como Citar

Desmunhecando e Empretecendo a Universidade: Escrevivências de Corpos Pretos, Afeminados e Sapatônicos . PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 13, n. 27, p. 173–195, 2023. DOI: 10.35699/2237-5864.2023.41775. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/41775. Acesso em: 19 dez. 2024.

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