#Selfienaurna, memes, imagens e fenômenos: propagações digitais e uma proposta multimodal e semiótico-social de análise

Autores

  • Jaime de Souza Júnior Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.17851/1983-3652.8.2.1-26

Palavras-chave:

memes da internet, selfie, Linguística Sistêmico-funcional, Multimodalidade e Sintaxe Visual, Semiótica Social e Análise Ascendente

Resumo

RESUMO:Expandindo proposições de Souza Júnior (2015c), o presente artigo analisa os padrões de propagação de práticas linguístico-midiáticas, em forma de selfie, que se tornaram alvo de proibição nas cabinas de votação por parte da Justiça Eleitoral brasileira, a partir da eleição de 2014. Sugerindo uma análise ascendente baseada na Linguística e na Semiótica-social, procura-se ampliar investigações de natureza comunicacional e fotográfica propostas em Shifman (2014), definindo-se, por dois traços composicionais, o padrão inicial de construção de um selfie postado: a) sua estruturação multimodal (a sintaxe visual do selfie); b) sua proposição multimodal (propósitos externados nesse post). Em seguida, pela metodologia de “análise propagatória” (SOUZA JÚNIOR, 2014), confronta-se tal padrão inicial com demais padrões presentes no corpus. Através da “análise relacional” (SOUZA JÚNIOR, 2015a), verifica-se, então, como os padrões de estruturação e proposição multimodais que deram origem ao evento digital #selfienaurna iriam se desenvolver, isto é: de modo majoritariamente homogêneo – posição encontrada em Dawkins (1979, 1982); e seguida por Recuero (2006) – ou heterogêneo – argumentação apresentada em Dennett (1995); e corroborada em Souza Júnior (2014, 2015a). Os resultados indicam que a evolução do fenômeno #selfienaurna se mostra majoritariamente heterogênea quanto aos aspectos de propagação investigados.

PALAVRAS-CHAVE: memes da internet; selfie; Linguística Sistêmico-funcional; Multimodalidade e Sintaxe Visual; Semiótica Social e Análise Ascendente.

 

ABSTRACT:Expanding propositions of Souza Júnior (2015c), the present paper analyses the propagation patterns of media/linguistic practices, encapsulated in selfies, which the Brazilian Electoral Justice termed a ‘forbidden act’ – whenever selfies were to be taken inside voting booths and/or posted online from there, during the 2014 Brazilian elections. Suggesting a bottom-up Linguistics and social-semiotics-oriented analysis, seeking to expand the investigative limits of a pictorial and Communication-oriented analysis presented in Shifman (2014), the paper, firstly, examined the selfie post that originated the digital event #selfienaurna (i.e. selfie in the voting booth). Secondly, the article defined that post’s initial compositional pattern in terms of: a) multimodal construction (its visual syntax); b) multimodal proposition (the purpose the purpose expressed through that picture). Then, the methodology of “propagatory analysis” (SOUZA JÚNIOR, 2014) was used to confront the initial pattern with other occurrences found in the corpus. Carrying out a “relational analysis” (SOUZA JÚNIOR, 2015a), this study investigated how the pattern that generated #selfienaurna would evolve, namely: mostly homogeneously – positioning found in Dawkins (1979, 1982); and followed by Recuero (2006) – or heterogeneously - proposition presented in Dennett (1995); and corroborated in Souza Júnior (2014, 2015a). Results showed that the propagation of #selfienaurna evolved mostly heterogeneously, regarding the items investigated.

KEYWORDS: internet memes; selfie; Systemic-functional Linguistics; Multimodality and Visual Syntax; Social-semiotics and Bottom-up Analysis.

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Biografia do Autor

Jaime de Souza Júnior, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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Publicado

16-12-2015

Como Citar

JÚNIOR, J. de S. #Selfienaurna, memes, imagens e fenômenos: propagações digitais e uma proposta multimodal e semiótico-social de análise. Texto Livre, Belo Horizonte-MG, v. 8, n. 2, p. 1–26, 2015. DOI: 10.17851/1983-3652.8.2.1-26. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/textolivre/article/view/16697. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Linguística e Tecnologia