”Na palma da mão”
a natureza ecológica e complexa da agência do professor
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-3652.2024.47924Palavras-chave:
Formação de professores, Tecnologias móveis, Agência, Complexidade, Perspectiva ecológicaResumo
O potencial dos celulares como recurso para mediar oportunidades de ensino e aprendizagem tem sido tema de pesquisas no contexto educacional. No entanto, o papel desses dispositivos no contexto de formação, especialmente com relação ao exercício de agência do professor, é tema pouco explorado. O conceito de agência tem sido discutido sob diferentes perspectivas e muitos estudos nessa área compartilham o pensamento de que agência é uma das características do comportamento humano. Neste trabalho, buscamos discutir o conceito de agência pelas lentes da perspectiva ecológica e da complexidade, por se tratar de perspectivas que esclarecem a forma como o exercício da agência pelos seres humanos emerge como agentes que podem influenciar e serem influenciados pelo seu contexto. O objetivo deste estudo foi o de identificar: i) instâncias de agência na atuação de professores em formação inicial; ii) ações mediadas pelo uso de celulares por esses professores; e iii) questões intrapessoais que podem influenciar a agência desses professores. Os dados foram gerados por meio de um questionário semi-estruturado em turmas de graduação e especialização sobre o uso de tecnologias digitais no ensino e aprendizagem de línguas. Esses dados foram tratados e tabulados com o apoio do software Atlas-TI e a análise e discussão dos dados foram pautadas em características da agência como sistema complexo. Com este estudo, esperamos evidenciar a natureza multifacetada do conceito de agência em se tratando da integração de tecnologias móveis na prática docente, destacando a sua importância para a formação inicial de professores de línguas.
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