“PALAVRÃO É O QUE NÃO TEM NO CORPO DE DEUS”: UM ESTUDO DO OBSCENO INFANTIL

Autores

  • CIBELE NORONHA DE CARVALHO Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • MARIA CRISTINA SOARES DE GOUVEA Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Belo Horizonte, MG, Brasil

Palavras-chave:

cultura infantil, folclore infantil, obsceno infantil

Resumo

Este artigo contempla o chamado obsceno infantil, um conjunto de brincadeiras, rimas,
desenhos, palavras e gestos compartilhados pelas crianças que pode ser qualificado como obsceno,
constituindo uma das expressões da cultura infantil. A partir do levantamento da produção bibliográfica
sobre a temática, no campo do folclore infantil, da sociologia da infância e de estudos psicolinguísticos,
busca-se apreender as manifestações do obsceno infantil, através de observação, em uma sala de aula,
de crianças entre 6 e 7 anos, numa escola particular de classe média urbana. Nesse contexto, verificouse uma presença rarefeita do obsceno infantil, expresso num diálogo desenvolvido pelas crianças e
mediado pela professora, sobre os significados do palavrão, analisado neste trabalho. O diálogo
demonstrou que, a partir de seus fragmentos, as crianças buscaram compreender o que define o
palavrão, seus usos e as razões de sua interdição. Evidenciou-se também a singularidade do olhar das
crianças observadas sobre o tema, definida pelo pertencimento sociocultural desse grupo.

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Publicado

2020-10-30

Como Citar

NORONHA DE CARVALHO, C. ., & SOARES DE GOUVEA, M. C. . (2020). “PALAVRÃO É O QUE NÃO TEM NO CORPO DE DEUS”: UM ESTUDO DO OBSCENO INFANTIL. Educação Em Revista, 36(1). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/37499

Edição

Seção

Artigos