Esta é uma versão desatualizada publicada em 2020-02-21. Leia a versão mais recente.

A Celeuma em Torno da Temática do Planejamento Didático-Pedagógico: Definição e Caracterização de seus Elementos Constituintes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u7196

Palavras-chave:

estratégia didática, metodologia, recursos didáticos, método, técnica

Resumo

Este trabalho tem como objetivo investigar os diferentes sentidos que os elementos do planejamento didático-pedagógico têm assumido nos trabalhos da área de Ensino de Ciências e propor, a partir de uma perspectiva crítica, a delimitação de seus elementos constituintes essenciais, bem como suas definições. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática da literatura que envolveu a análise de 403 trabalhos oriundos: de periódicos da área de Ensino nos estratos A1 e A2; de anais de eventos da área de Ensino e Educação; e do catálogo de teses e dissertações da CAPES. Foram selecionados trabalhos relativos aos anos de 2012 a 2016. Constatou-se a ausência de equivalência terminológica para os termos estratégia, metodologia, método, técnica e recurso. Além disso, a maioria absoluta dos trabalhos utiliza esses termos desvinculados de definições e referenciais teóricos. Posteriormente, propôs-se definições, teoricamente fundamentadas, para cada um dos termos no contexto do planejamento. Defende-se que a abordagem metodológica orienta o processo de ensino e aprendizagem e consiste em um elemento essencial do planejamento, que envolve a explicitação de concepções de fundo sobre o ensino e a aprendizagem, a natureza da ciência e o papel social da educação escolar. Por isso, o planejamento necessita ser um ato consciente do professor, em que ele explicita e se conscientiza sobre a abordagem metodológica a ser adotada. Essa abordagem orientará a delimitação dos objetivos de aprendizagem, a seleção e a estruturação das estratégias didáticas e de avaliação, bem como os recursos didáticos e materiais de aprendizagem demandados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Milena Alves, Universidade Estadual Paulista (UNESP) / Faculdade de Ciências - Campus Bauru

Licenciada em Química pelo Instituto de Química, Unesp, Campus Araraquara. Mestre em Química pelo Instituto de Química, Unesp, Campus Araraquara, com foco no planejamento do professor, suas características e elementos. Doutoranda em Educação em Ciências para a Ciência pela Faculdade de Ciências, Unesp, Campus Bauru.

Referências

Amaral, I. A. (2006). Metodologia do Ensino de Ciências como produção social. Recuperado de: http://docplayer.com.br/12841974-Metodologia-do-ensino-de-ciencias-como-producao-social-versao-preliminar-ivan-amorosino-do-amaral-maio-de-2006.html

Anastasiou, L. G. C., & Alves, L. P. (2004). Processos de ensinagem na universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille.

Araújo-Jorge, T. C., Borba, M. C., & Sovierzoski, H. H. (2016). Considerações sobre classificação de periódicos. Recuperado de http://http://www.ppgcimes.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/documentos/DOCUMENTO_CRITERIOS_PERIODICOS_ENSINO_2016.pdf

Araujo, J. C. S.(2012). Do quadro negro à lousa virtual: técnicas, tecnologia e tecnicismo. In I. P. A. Veiga (Org.), Técnicas de ensino: Novos tempos, novas configurações (pp. 13–48). Campinas: Papirus.

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Barradas Barata, R. de C. (2016). Dez coisas que você deveria saber sobre o Qualis. Revista Brasileira de Pós-Graduação. 13(30), 13–40. http://dx.doi.org/10.21713/2358-2332.2016.v13.947

Bego, A. M. (2013). Trabalho escolar e trabalho docente. In A. M. Bego. Sistemas Apostilados de Ensino e Trabalho Docente: Estudo de caso com professores de Ciências e gestores de uma Rede Escolar Pública Municipal (pp. 93–127). (Tese de Doutorado em Educação para a Ciência). Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Bauru.

Bego, A. M. (2016). Políticas públicas e formação de professores sob a perspectiva da racionalidade comunicativa: da ingerência tecnocrata à construção da autonomia profissional. Educação & Formação, 1(1), 3–24. https://doi.org/10.25053/edufor.v1i2.1864

Beluce, A. C. (2012). Estratégias de ensino e de aprendizagem e motivação em ambientes virtuais de aprendizagem. (Dissertação de Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

Cachapuz, A., Praia, J., & Jorge, M. (2002). Perspectivas de ensino: caracterização e evolução. Recuperado de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1611805/mod_resource/content/5/EPTeEPD.pdf

Carvalho, A. M. P. (2013). Ensino de Ciências por investigações: condições para a implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning.

Castoldi, R, & Polinarski, C. A. (2009). A utilização de Recursos didático-pedagógicos na motivação da aprendizagem. In: I Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia. (p.684). Ponta Grossa, PR.

Castro, P. A. P. P., Tucunduva, C. C., & Arns, E. M. (2008). A importância do planejamento das aulas para organização do trabalho do professor em sua prática docente. Athena: Revista Científica de Educação, 10(10), 49–62.

Costa, A. B., & Zoltowski, A. P. C. (2014). Como escrever um artigo de revisão de sistemática. In S. H. Koller, M. C. P. P. Couto & J. V. Hohendorff. (Orgs.) Manual de Produção Científica (pp. 55–70). Porto Alegre, RS: Penso.

Cruz, S. M. S. C. S. (2001). Aprendizagem centrada em eventos: uma experiência com o enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade no ensino fundamental. (Tese de Doutorado em Educação). Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Cunha, M. B. (2012). Jogos no ensino de química: considerações teóricas para utilização em sala de aula. Química Nova na Escola, 34(2), 92–98.

Delizoicov, D., & Angotti, J. A. (1992). Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez.

Farias, I. M. S., Sales, J. O. C. B., Braga, M. M. S. C., & França, M. S. L. M. (2011). Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Liber Livro.

Ferreira, A. B. H. (2009). Novo Dicionário Aurélio da língua portuguesa. 4. ed. Curitiba: Ed. Positivo.

Fischer, R. M. B. (1978). A Questão das Técnicas Didáticas: Uma proposta comprometida em lugar da decantada “neutralidade” das técnicas didático-pedagógicas. Ijuí: mimeo.

Giordan, M. (1999). O papel da Experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, 10, 43–49.

Góes, M. C. R. (2002). Relações entre desenvolvimento humano, deficiência e educação: contribuições da abordagem histórico-cultural. In M. K. Oliveira, D. T. R. Souza, & T. C. Rego. (Orgs.), Psicologia, educação e as temáticas da vida contemporânea (95–114). São Paulo: Moderna.

Haydt, R. C. C. (2006). Curso de didática geral. São Paulo: Ática.

Henning, G. J. (1998). Metodologia do Ensino de Ciências. Porto Alegre: Mercado Aberto.

Leal, R. B. (2005). Planejamento de ensino: peculiaridades significativas. Revista Iberoamericana de Educatión, 37(3), 1–6. https://doi.org/10.35362/rie3732705

Libâneo, J.C. (2013). Didática. São Paulo: Cortez.

Loguercio, R. Q., & Del Pino, J. C. (2006). Contribuições da história e da Filosofia da Ciência para a construção do conhecimento científico em contextos de formação profissional de Química. Acta Scientiae, 8(1), 67–77.

Luckesi, C. C. (1994). Filosofia da educação. São Paulo: Cortez.

Manfredi, S. M. (1993). Metodologia do ensino: diferentes concepções. Campinas: F. E./UNICAMP, mimeo.

Manzini, E. J. (2010). Jogos e recursos para comunicação e ensino na educação especial. Marília: ABPEE.

Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2011). Metodologia Científica. São Paulo: Atlas.

Martins, R. F. R. C. (1984). Acerca do conceito de estratégia. Nação e Defesa, 29, 98–125.

Masetto, M. T. (2012). Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus Editora.

Menegolla, M., & Sant’Anna, I. M. (2014). Por que planejar? Como Planejar? Petrópolis: Vorazes.

Monteiro, I. G., & Justi, R. S. (2000). Analogias em livros didáticos de química brasileiro destinados ao ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, 52(2), 67–91.

Moreira, M. A. (2006). Mapas conceituais e diagramas V. Recuperado de: http://www.mettodo.com.br/ebooks/Mapas_Conceituais_e_Diagramas_V.pdf

Morin, E. (2005). Introdução ao pensamento complexo. Rio de Janeiro: EuroAmerica. 2005.

Petrucci, V. B. C., & Batiston, R. R. (2006). Estratégias de ensino e avaliação de aprendizagem em contabilidade. In Peleias, I. R. (Org.) Didática do ensino da contabilidade. São Paulo: Saraiva.

Piletti, C. (2004). Didática Geral. São Paulo: Editora Ática.

Ribeiro, L. R. de C. (2005). Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL): uma implementação na educação em engenharia na voz dos atores. (Tese de Doutorado em Educação). Centro de Educação em Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Rios, T. A. (2006). Competência e Qualidade na docência. In T. A. Rios. (Orgs.) Compreender e ensinar por uma docência da melhor qualidade (pp. 63–92). São Paulo: Cortez.

Sá, L. P., Francisco, C. A., & Queiroz, A. L. (2007). Estudos de caso em Química. Química Nova, 30(3), 731–739. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422007000300039

Sánchez Blanco, G., & Valcárcel Pérez, M. V. (1993). Diseño de Unidades Didácticas em el área de Ciencias Experimentales. Enseñanza de las Ciencias, 11(1), 33–44.

Sánchez Blanco, G., & Valcárcel Pérez, M. V. (1993). Science Teachers’ Views and Practices in Planning for Teachin. Journal of Research in Science Teaching, 36(4), 493–513.

Sanmartí, N. (2002). Didactica de las ciencias en la educación secundaria obligatoria. Madrid: Síntesis.

Sant’Anna, I. M., & Sant’ Anna, V. M. (2014). Recursos educacionais para o ensino: quando e por quê? Petrópolis: Vozes.

Sant’Anna, I. M., & Menegolla, M. (2011). Didática: Aprender a ensinar. São Paulo: Editora Loyola.

Santos, W. L. P., & Mortimer, E. F. (2002). Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S (Ciência – Tecnologia- Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ensino de Ciências, 2(2), 110–132. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172000020202

Ustra, S. R. V., & Hernandes, C. L. (2010). Enfrentamento de problemas conceituais e de planejamento ao final da formação inicial. Ciência & Educação, 11(3), 723–733. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132010000300015

Vieira, R. M., & Vieira, C. (2005). Estratégias de ensino/aprendizagem. Lisboa: Instituto Piaget.

Veiga, I. P. A., Damis, O. T., Lopes, A. O., Lima, M. E., Castanho, M., Martins, P. L. O., & Cunha, M. I. (1992). Repensando a didática. Campinas: Papirus.

Vigotski, L. S. (2009). A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: WMF Martins Fontes.

Villani, A., Dias, V. S., Valadares, J. M. (2010). The development of Science Education Research in Brazil and Contribution from the History and Philosophy of Science. International Journal of Science Education, 32(7), 907–937. http://dx.doi.org/10.1080/09500690902855711

Zabala, A. (1998). A prática educativa. Porto Alegre: Artmed.

Downloads

Publicado

2020-02-21

Versões

Como Citar

Alves, M., & Bego, A. M. (2020). A Celeuma em Torno da Temática do Planejamento Didático-Pedagógico: Definição e Caracterização de seus Elementos Constituintes. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 20(u), 71–96. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u7196

Edição

Seção

Artigos