Circulation of Knowledge and the Production of Scientific Facts: Proposing an Analytical Trajectory for Texts in Science Education

Authors

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2021u97129

Keywords:

Ludwik Fleck, Mikhail Bakhtin, Epistemology, Language, Texts

Abstract

In this study, considering the interrelationship between epistemology and language, based on the theories of Ludwik Fleck and Mikhail Bakhtin, we propose an analytical trajectory for texts that circulate scientific knowledge. For this, we first give visibility to the way Fleck intertwines the social, the language (and the text) and the epistemological. Then, we present elements of Bakhtin’s philosophy of language that can analytically and theoretically deepen the social-linguistic dimension of textual productions in science. This theoretical articulation, among such authors, is systematized through questions that may enable researchers and Higher Education professors or Basic Education teachers to reflect on the role of the various texts that circulate scientific knowledge. Studying the materiality of the texts that circulate science can contribute to the process of production, incorporation and mediation of readings of such materials in the different teaching-learning contexts of the disciplines of Science Education. It also contributes to the construction of knowledge in the field of research in Science Education.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Joselaine Setlik, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil,

Henrique César da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Licenciado em Física pela Unicamp (1992), tendo concluído o mestrado (1997) e o doutorado (2002) em Educação também pela Unicamp. Durante vários anos, fui professor de Física no Ensino Médio em escolas públicas e particulares. Também fui professor e assessor pedagógico do curso de Licenciatura em Física da Universidade Católica de Brasília (2002-2005). Atuei no Programa de Pós-Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra do Instituto de Geociências da Unicamp de 2006 a 2011. Atualmente sou professor no Centro de Ciências da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da UFSC. Fui editor-chefe da revista Ciência e Ensino (ISSN 1980-8631). Desenvolvo pesquisas no âmbito da Educação em Ciências e Ensino de Física, com foco nas relações entre ciência, discurso (linguagem) e escola, e discurso e epistemologia, buscando compreender as relações da escola com as diferentes textualizações (escritas, audiovisuais, imagéticas) de conhecimentos científico-tecnológicos que são produzidas e circulam numa sociedade como a nossa, incluindo as mídias e tecnologias no contexto da cultura digital. Sou um dos líderes do grupo de pesquisa Educação Científica e Tecnológica e Materiais Multimeios. Fui coordenador geral do Curso de Especialização em Educação na Cultura Digital (MEC/UFSC). Sou líder do Grupo FLUXO - Circulação e textualização da ciência e educação científica (CNPq).

References

Almeida, M. J. P. M., & Ricon, A. E. (1993). Divulgação Científica e texto literário — uma perspectiva cultural em aulas de Física. Caderno Catarinense de Ensino de Física, 10(1), 7–13. https://doi.org/10.5007/%25x

Bakhtin, M. M. (2010). Para uma filosofia do Ato Responsável. Pedro & João Editores.

Bakhtin, M. M. (2011). Estética da criação verbal. (6ª ed.). São Editora WMF Martins Fontes.

Bakhtin, M. M., & Volochínov, V. N. (2014). Marxismo e filosofia da linguagem. (16ª ed.)., Hucitec.

Barros, D. L. P. (2005). Contribuições de Bakhtin às teorias do Discurso. In B. Brait. Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. (2ª ed. revista). Editora da Unicamp, 25–36.

Barros, J. H. A. (2011). Conhecimento e Discurso: reflexões sobre articulações entre a epistemologia de Fleck e a Análise de Discurso em Educação Científica e Tecnológica e no Ensino de Ciências. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências e I Congreso Iberoamericano de Investigación en Enseñanza de las Ciências, 2011, Campinas, SP. Anais do VIII ENPEC e I CIEC.

Bensaude-Vincent, B. (2001). A genealogy of increasing gap between science and public. Public Understand of Science. 10, 99–113. https://doi.org/10.3109/a036858

Brait, B., & Melo, R. de. (2008). Enunciado/ enunciado concreto/ enunciação. In B. Brait (org). Bakhtin: conceitos-chave. (4ª ed., 2ª reimpressão.). Contextos, 61–78.

Brait, B., & Pistori, M. H. C. (2012). A produtividade do conceito de gênero em Bakhtin e o círculo. Alfa, 56(2), 371–401.

Castro, G. de. (2010). Bakhtin e a Análise do Discurso. In L. de Paula, & G. Stafuzza. Da análise do Discurso no Brasil à Análise do Discurso do Brasil: três épocas histórico-analíticas. EDUFU, 89–118.

Da Ros, M. (2000). Fleck e os estilos de pensamento em saúde pública – um estudo da produção da FSP-USP e ENSP-FIOCRUZ, entre 1948 e 1994. (Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação.)

Faraco, C. A. (2017). Bakhtin e filosofia. Bakhtiniana, 12(2), 45–56. https://revistas.pucsp.br/bakhtiniana/article/view/31815/22646

Fleck, L. (2010). Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Fabrefactum.

Grillo, S. V. de C. (2008). Gêneros primários e gêneros secundários no círculo de Bakhtin: Implicações para a divulgação científica. Alfa, 52(1), 57–59. https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/1467/1172

Jarnicki, P. (2016). On the shoulders of Ludwik Fleck? On the bilingual philosophical legacy of Ludwik Fleck and its Polish, German and English translations, The Translator. https://doi.org/10.1080/13556509.2015.1126881

Kuhn, T. (1978). A estrutura das revoluções científicas. (2ª ed.). Editora Perspectivas.

Lima, J. H. G. de. (2017). Circulação da Ciência: relações entre o discurso referente à ciência e o discurso da autoajuda. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica).

Lima, N. W. (2018). O Lado Oculto do Fóton: A estabilização de um actante mediada por diferentes gêneros do discurso. (Tese de doutorado em Ensino de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Lima, N. W., Nascimento, M. M., Ostermann, F., & Calvalcanti, C. J. H. (2019). A teoria do enunciado concreto e a interpretação metalinguística: Bases filosóficas, reflexões metodológicas e aplicações para os estudos das ciências e para a pesquisa em educação em ciências. Investigações em Ensino de Ciências, 24(3), 258–281. http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2019v24n3p258

Lima, M. C. A., & Almeida, M. J. P. M. (2012). Articulação de textos sobre nanociência e nanotecnologia para a formação inicial de professores de física. Revista Brasileira de Ensino de Física, 34(4), 4401. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-11172012000400019

Lorenzetti, L., Muenchen, C., & Slongo, I. I. P. (2018). A crescente presença da epistemologia de Ludwik Fleck na pesquisa em educação em ciências no Brasil. R. Bras. Ens. Ci. Tecnol., 11(1), 373–404.

Löwy, I. (2008). Ways of seeing: Ludwik Fleck and Polish debates on the perception of reality, 1890–1947. Studies in History and Philosophy of Science. 39, 375–383. https://doi.org/10.1016/j.shpsa.2008.06.009

Nascimento, T. G. (2005). Contribuições da análise do discurso e da epistemologia de Fleck para a compreensão da divulgação científica e sua introdução em aulas de ciências. Ensaio- Pesquisa em Educação em Ciências, 7(2), 1–18. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172005070206

Oliveira, B. J. de. (2012). Os circuitos de Fleck e a questão da popularização da ciência. In M. L. L., Condé, Mauro Lúcio Leitão (Org.). Ludwik Fleck: Estilos de pensamento na ciência. Fino Traço.

Pfuetzenreiter, M. R. (2003). Epistemologia de Ludwik Fleck como referencial para a pesquisa nas ciências aplicadas. Episteme, Porto Alegre, 16, 111–135.

Rodrigues, M. A. (2015). A leitura e a escrita de textos paradidáticos na formação do futuro professor de Física. Ciência & Educação, 21(3), 765–781. http://dx.doi.org/10.1590/1516-731320150030015

Sady, W. (2012). Ludwik Fleck. In E. N. Zalta. The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Metaphysics Research Lab, Center for the Study of Language and Information, Stanford University. http://plato.stanford.edu/archives/sum2012/entries/fleck/

Sangiogo, F. A., & Marques, C. A. (2015). A não transparência de imagens no ensino e na aprendizagem de química: As especificidades nos modos de ver, pensar e agir. Investigações em Ensino de Ciências. 20(2), 57–75. http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v20n2p57

Schäfer, L., & Schnelle, T. (2010). Introdução. Fundamentação da perspectiva sociológica de Ludwik Fleck na teoria da ciência. In L. Fleck. Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Fabrefactum, 1–36.

Setlik, J. (2019). Principais marcas da ciência popular em um livro de divulgação científica sobre física contemporânea. In H. C. da Silva. (Org.). Ciências, seus textos e linguagens: ensaios sobre circulação e textualização de conhecimentos científicos e matemáticos. (1ª ed.). CRV, 1, pp. 81–108.

Setlik, J., & Higa, I. (2019). Contribuições e Dificuldades de Práticas de Leitura e Escrita para Ensinar e Aprender Física no Ensino Médio: Reflexões à Luz da Cultura Escolar. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. 449–482. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2019u449482

Setlik, J., & Silva, H. C. (2021, no prelo). Trabalhando a materialidade textual na licenciatura em física: Como licenciando(a)s escolhem, analisam e propõem textos para o ensino da teoria quântica. Caderno Brasileiro de Ensino de Física.

Silva, H. C. (1997). Como, quando e o que se lê em aulas de física no ensino médio: Elementos para uma proposta de mudança. (Dissertação de mestrado em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas).

Silva, H. C. (2013). Discurso e epistemologia: Um olhar sobre as relações entre texto, ciência e escola a partir da noção de textualização. In S., Cassiani, H. C. da, Silva, & A. H. C., Pierson, (Org.). Olhares para o ENEM na Educação Científica e Tecnológica. (1ªed.). Junqueira & Marin, 241–269.

Silva, H. C. (2017). Articulando discurso e epistemologia: a física como discurso. Enseñanza de las ciencias (digital), v. Extra, 3543–3548.

Silva, H. C. (2019). A noção de textualização do conhecimento científico: veredas pelos Estudos da Ciência, conexões pela Educação em Ciências. In C. da S., Henrique, (Orgs.) Ciências, seus textos e linguagens: Ensaios sobre circulação e textualização de conhecimentos científicos e matemáticos. CRV.

Sobral, A. (2008). Ato/atividade e evento. In B. Brait (org). Bakhtin: conceitos-chave. (4ª ed., 2ª reimpressão). Contextos, 11–36.

Todorov, T. (2011). Prefácio à Edição Francesa (Galvão, M. E. de A. P., Trad.). In M. M. Bakhtin. Estética da criação verbal, 6ª ed. Editora WMF Martins Fontes.

Veneu, A., Ferraz, G., & Rezende, F. (2015). Análise de discursos no ensino de ciências: considerações teóricas, implicações epistemológicas e metodológicas. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 17(1), 126–149. http://dx.doi.org/10.1590/1983-211720175170106

Vigotski, L. S. (2008). Pensamento e linguagem. (4. ed.). Martins Fontes.

Yaguello, M. (2014). Introdução. In M. M. Bakhtin, & V. N. Volochínov. Marxismo e filosofia da linguagem. (16ª ed.). Hucitec, 11–19.

Published

2021-02-09

How to Cite

Setlik, J., & da Silva, H. C. (2021). Circulation of Knowledge and the Production of Scientific Facts: Proposing an Analytical Trajectory for Texts in Science Education. Brazilian Journal of Research in Science Education, e24858, 1–33. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2021u97129

Issue

Section

Artigos