O que se Aprende sobre Pêndulo Simples em Atividades Investigativas nos Laboratórios Material e Computacional?
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2019u825858Palabras clave:
Aprendizagem, Atividade investigativa, Laboratório computacional, Laboratório material, Análise quantitativaResumen
Relatamos um estudo da aprendizagem de estudantes do ensino médio sobre o conteúdo de Pêndulo Simples quando submetidos a uma intervenção com atividade investigativa em dois tipos de laboratório: computacional e material. A aprendizagem foi avaliada a partir do ganho no entendimento explicitado em dois testes de conhecimento, aplicados a amostras que foram pareadas em relação ao tipo de laboratório. Avaliamos também o tipo de conhecimento que mais evoluiu, tendo-se como parâmetro o caráter conceitual ou procedimental dos itens respondidos. Para efeito de comparação da aprendizagem nos dois tipos de laboratório, utilizamos a proficiência dos sujeitos obtida pela modelagem Rasch, e para comparar a aprendizagem nos domínios conceitual e procedimental utilizamos os índices de dificuldade dos itens obtidos pela mesma modelagem. Nossos resultados indicam que houve maior aprendizagem, em termos de conhecimento formal, no laboratório em ambiente computacional, tendo como parâmetro o conteúdo de Pêndulo Simples, o contexto de aplicação da intervenção e os objetos de aprendizagem que utilizamos. Em termos de domínio de conhecimento, os aspectos procedimentais evoluíram mais, indicando que a atividade investigativa conduzida contemplou em maior escala o entendimento em termos de manipulação dos conceitos para solucionar problemas, o que é razoável se considerarmos o caráter desse tipo de abordagem. Interpretamos os resultados como apontamentos para pensarmos na adequação das estratégias de ensino que utilizamos: é preciso ter clareza do que cada tipo de método proporciona em termos de aprendizagem e suas limitações, para que metodologias de ensino mais eficazes possam ser melhor delineadas e conduzidas.
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