Influência do sexo, idade e tempo de atuação na percepção sobre o trabalho em equipe

Autores

  • Hellen Emília Peruzzo Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Maringá PR , Brazil, Enfermeira. Doutoranda. Universidade Estadual de Maringá – UEM, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Maringá, PR – Brasil., Universidade Estadual de Maringá
  • Eraldo Schunk Silva UEM, Departamento de Estatística, Programa de Pós-graduação em Estatística, Maringá PR , Brazil, Estatístico. Doutor. Professor. UEM, Departamento de Estatística, Programa de Pós-graduação em Estatística. Maringá, PR – Brasil, Universidade Estadual de Maringá
  • Maria do Carmo Fernandes Lourenço Haddad Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Londrina PR , Brazil, Enfermeira. Doutora. Professora. Universidade Estadual de Londrina - UEL, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Londrina, PR - Brasil, Universidade Estadual de Londrina
  • Sonia Silva Marcon UEM, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Maringá PR , Brazil, Enfermeira. Doutora. Professora. UEM, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Maringá, PR - Brasil, Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v21i1.49888

Palavras-chave:

Estratégia Saúde da Família, Trabalho, Equipe de Assistência ao Paciente

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar se as variáveis sexo, idade e tempo de atuação influenciam a percepção dos profissionais sobre o trabalho em equipe na Estratégia Saúde da Família (ESF). Trata-se de estudo transversal não probabilístico, realizado com 458 profissionais pertencentes às 72 equipes da ESF alocadas nas 34 unidades básicas de um município do noroeste do Paraná. Os dados foram coletados no período de março a julho de 2016 com levantamento de dados sociodemográficos, aplicação da Escala de Clima na Equipe (ECE) e dois questionamentos: “qual nota você daria para sua equipe da ESF quanto ao trabalho em equipe?” e “qual nota você se daria como membro de sua equipe de trabalho?” Na associação entre os resultados e as diferentes variáveis foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis seguido do teste post hoc de comparações múltiplas de Dunn. Observou-se que não houve diferença significativa entre os sexos para as notas atribuídas à equipe (NE), nota pessoal (NP) e média da ECE. Quanto à idade, foi evidenciada diferença entre as NE (p=0,0138) e NP (p=0,0210), sendo os profissionais com até 30 anos os que atribuíram os menores escores médios (NE=186,11 e NP=184,76). Para a variável tempo de atuação na equipe, apurou-se diferença significativa na NP (p=0,0030), sendo os menores escores atribuídos por profissionais com até um ano nas equipes (NE=186,65). Concluiu-se que os profissionais mais jovens ou com menos tempo de atuação tendem a atribuir menores notas para o trabalho de suas equipes, assim como para o próprio desempenho.

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Referências

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Publicado

03-08-2017

Como Citar

1.
Peruzzo HE, Silva ES, Haddad M do CFL, Marcon SS. Influência do sexo, idade e tempo de atuação na percepção sobre o trabalho em equipe. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 3º de agosto de 2017 [citado 9º de setembro de 2024];21(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49888

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