Diferenças na atenção pré-natal nas áreas urbanas e rurais do Brasil: estudo transversal de base populacional
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v17i1.50255Palavras-chave:
Saúde da Mulher, Cuidado Pré-Natal, Desigualdades em Saúde, Análise QuantitativaResumo
Com este artigo, objetivou-se comparar a assistência pré-natal realizada nos contextos urbano e rural brasileiros. Mediante delineamento transversal, de base populacional, foram utilizados dados de uma subamostra - 588 mulheres - retirada do universo amostral da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 2006. Foram analisadas as variáveis demográficas, socioeconómicas e de saúde referentes a procedimentos de assistência pré-natal preconizados pelo Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN). Para o tratamento e a análise dos dados, utilizou-se o software Stata, versão 9.0, com o emprego do teste qui-quadrado e nível de significância de 5% (p<0,05). Os resultados revelaram diferenças significativas entre os contextos urbano e rural brasileiros no que se refere à escolaridade (p=0,0071) e à renda domiciliar bruta (p=0,0001) das gestantes; à posse de plano ou convênio de saúde (p=0,0023); à realização de teste para sífilis (p=0,0293); e à hepatite B (p=0,0424); à oferta para teste de HIV/aids (p=0,0132) e toxoplasmose (p=0,0452). Os melhores resultados foram sinalizados para as gestantes domiciliadas em zona urbana. Identificou-se acesso insatisfatório, em ambos os locais de residência, a procedimentos para a prevenção de deficiências nutricionais, vacinação antitetânica e número de consultas de pré-natal preconizado. Apontou no estudo, portanto, que a qualidade da assistência pré-natal ofertada em ambas as situações de domicílio apresentou-se comprometida em alguns aspectos e a assistência pré-natal dispensada na área rural mostrou-se ainda menos adequada.Downloads
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