Competência em comunicação interpessoal
relações com características sociais e traço de ansiedade
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762-20210053Palavras-chave:
Comunicação, Relações Interpessoais, Estudantes de EnfermagemResumo
Objetivos: identificar a competência em comunicação interpessoal dos estudantes no contexto da graduação em Enfermagem e associar características sociais e traço de ansiedade com a competência em comunicação interpessoal. Método: estudo transversal quantitativo realizado com estudantes do curso de graduação em Enfermagem de duas universidades de ensino superior particulares. Neste estudo foram utilizados três instrumentos: um questionário de caracterização do participante da pesquisa, o componente da escala do Traço do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e a Escala de Competência em Comunicação Interpessoal (ECCI). Resultados: a amostra do estudo foi composta de 613 estudantes com média de idade de 25,53 (±7,93). Quanto maior a renda familiar, maiores tendem a ser a assertividade, o manejo das interações e o controle do ambiente. Quanto mais tempo o estudante estiver no curso, maiores a autorrevelação e o controle do ambiente. As mulheres tendem a se autorrevelar mais e a terem mais disponibilidade nas relações interpessoais. Estudantes do período noturno tendem a ser menos disponíveis do que aqueles que estudam no período matutino. Quanto mais tímido e ansioso o estudante, menor será a competência em comunicação interpessoal. Conclusões: existe associação da renda com a assertividade, manejo das interações e controle do ambiente; do semestre com a autorrevelação e com o controle do ambiente; do sexo com a disponibilidade e autorrevelação; do período em que o aluno realiza o curso e a disponibilidade. Timidez e ansiedade mostraram-se variáveis negativas em relação à competência em comunicação interpessoal.
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