O cinema dos encantados
diálogos entre narrativas orais e cinematográficas no Cinema Popular de Tefé (AM)
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2022.36146Palavras-chave:
Cinema Popular, Amazônia, Narrativa oralResumo
O presente artigo faz uma análise do processo de produção cinematográfica do grupo de cinema popular e ribeirinho chamado Fogo Consumidor, fundado em Tefé (AM), no ano de2008. O grupo é independente e produz filmes a partir das histórias vividas por eles e contadas por narradores da região, geralmente seus próprios pais e avós. Tendo como referência um conceito de cinema popular elaborado a partir de Benjamin (1994), Ricoeur(1994), Hall (2003), Santoro (1989) e Wenders (2013), e construindo categorias de análise a partir da observação participante e entrevistas realizadas entre 2017 e 2018, o texto infere as principais dimensões do cinema popular ribeirinho que está nascendo em Tefé. A primeira autora também é integrante do grupo desde 2012, o que lhe deu acesso a muitos detalhes, mas, por outro lado, tornou necessário “estranhar o familiar” (VELHO, 2007).
Referências
REFERÊNCIAS
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Pesquisa de Campo
OLIVEIRA, Evanildo Nogueira de. Entrevista. Tefé – AM, 23 fev. 2018. 2 arquivos em gravador de áudio (63 min). Entrevista concedida para esta pesquisa.
SANTOS, Ildelan dos. Entrevista. Tefé – AM, 23 fev. 2018. 1 arquivo em gravador de áudio (138 min).
Entrevista concedida para esta pesquisa.
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SILVA, Orange Cavalcante da. Entrevista. Tefé – AM, 15 out. 2022. Texto por WhatsApp. Entrevista
concedida para esta pesquisa.
Filmes
CABORÉ, a Lenda. Direção: Orange Cavalcante da Silva. Tefé – AM: Associação Cinematográfica Fogo Consumidor Produções Filmes, 2014. Arquivo da Associação (50 min).
HISTÓRIAS Simples. Direção: Orange Cavalcante da Silva e Evanildo Nogueira de Oliveira. Tefé – AM: Associação Cinematográfica Fogo Consumidor Produções Filmes, 2017. Arquivo da Associação (60 min).
MENERUÁ: a Morada do Mal. Direção: Orange Cavalcante da Silva. Tefé – AM: Associação Cinematográfica Fogo Consumidor Produções Filmes, 2008. Arquivo da Associação (30 min).
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