Consumo de nutrientes, comportamento ingestivo e parâmetros fisiológicos de ovinos alimentados com volumoso extrusado contendo diferentes aditivos
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20606Palavras-chave:
Leveduras, Óleos essenciais, Ruminantes, Tanino, VirginiamicinaResumo
Avaliou-se a utilização do volumoso extrusado contendo diferentes aditivos sobre parâmetros nutricionais e fisiológicos de ovinos. Foram utilizadas 20 ovelhas não gestantes, adultas, com peso médio de 68 kg. Os animais receberam cinco tratamentos contendo volumoso extrusado com diferentes aditivos (óleos essenciais, virginiamicina, tanino, levedura inativa não purificada e levedura inativa purificada). O delineamento foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos e oito repetições. As médias foram comparadas pelo teste SNK com nível de significância de 5% de probabilidade. Avaliou-se o consumo e digestibilidade da matéria seca e fibra em detergente neutro, consumo de matéria seca em função de peso corporal e metabólico, comportamento ingestivo, parâmetros fisiológicos e pH ruminal. Não foram observadas diferenças estatísticas em função da inclusão de aditivos para consumo e digestibilidade da matéria seca, fibra em detergente neutro e digestibilidade de fibra em detergente neutro, comportamento ingestivo, eficiência de alimentação, frequência respiratória, frequência cardíaca, temperatura retal e pH ruminal. O tratamento com levedura purificada apresentou o maior consumo de matéria seca em função do peso corporal e metabólico. Houve efeito quadrático sobre o pH em função do horário de coleta, sendo menor nas primeiras 4 horas após a refeição, ou seja, o uso de aditivos apresenta resposta positiva na fermentação ruminal devido ao reestabelecimento do valor de pH. O uso de aditivos influenciou o consumo de matéria seca pelas ovelhas, sendo este maior quando utilizado o aditivo levedura inativa purificada. Os aditivos foram eficientes também na manutenção do pH ruminal e digestibilidade aparente da matéria seca.
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