Avaliação dos parâmetros nutricionais e metabólicos de borregas alimentadas com leveduras na ração
DOI:
https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.23902Palavras-chave:
Aditivo microbiano, Metabólitos, Ovis aries, RuminantesResumo
Objetivou-se avaliar a digestibilidade da matéria seca, consumo e perfil metabólico de borregas alimentadas com leveduras vivas e inativadas na ração. Foram utilizados vinte animais mestiços com peso médio de 37,3kg. Os alimentos foram fornecidos duas vezes ao dia e pesados e amostrados diariamente, também foram amostradas as sobras e as fezes na matéria natural. Foi mensurada a quantidade de urina excretada bem como sua densidade. Todas as coletas sanguíneas foram realizadas de manhã com animais em jejum. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e cinco repetições. Foram submetidos à análise variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste SNK com nível de significância de 5% para o erro tipo I. Foi considerada tendência significativa o P valor maior que 0,05 e menor que 0,10. Avaliou-se os seguintes tratamentos: Milk Sacc X® (levedura ativa), Active Flora® (levedura viva mais levedura inativada) e Rúmen Yeast® (levedura inativa). Não houve diferença entre tratamentos para CMS e DMS, assim como para as demais variáveis analisadas com exceção do escore fecal, que apresentou tendência significativa (P=0,0682), cujos tratamentos Active Flora® e Rúmen Yeast® foram ideais para a espécie. Nenhum tratamento apresentou diferença estatística para as variáveis metabólicos sanguíneos. Porém, houve efeito quadrático para horário de avaliação para a concentração de glicose sanguínea. A inclusão de leveduras vivas ou inativadas na dieta para borregas não influencia na digestibilidade da dieta, no consumo de matéria seca dos animais e também não altera o perfil metabólico dos mesmos.
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