DIFERENÇAS CONCEITUAIS E PEDAGÓGICAS ENTRE OS TERMOS “BRINCADEIRA” E “JOGO” NO BRASIL
Palavras-chave:
jogo, brincadeira, teoria histórico-cultural, jogo de papéis, educação infantil.Resumo
Este artigo é parte de tese titular, cujo objetivo foi identificar as diferenças teóricas entre os conceitos de jogo e brincadeira, o papel de cada um deles nas aprendizagens das crianças e implicações nas práticas pedagógicas na Educação Infantil. A Teoria Histórico-Cultural fundamentou a pesquisa teórica e o método genético na metodologia, a partir do levantamento bibliográfico em livros e artigos científicos sobre “brincadeira” e “jogo” e em autores russos apenas sobre o “jogo”. Os resultados indicaram que a brincadeira é atividade principal de crianças de zero a três anos, diferente do que é usualmente adotado na área para todas as faixas etárias da Educação Infantil. O jogo discutido no referencial Histórico-Cultural, normalmente traduzido por brincadeira, contrariamente, refere-se ao “jogo de papéis”, o qual foi evidenciado como atividade principal de crianças de três a seis anos. A importância desses resultados para as aprendizagens das crianças corrobora a centralidade do aspecto lúdico nos conteúdos da Educação Infantil, diferenciando-os em suas especificidades, ou seja, a brincadeira como atividade principal de crianças de 0 a 3 anos necessita evoluir para jogos de papéis de crianças de 3 a 6 anos, uma vez que ambos são essenciais para que elas evoluam de atividades involuntárias às atividades voluntárias. As implicações dessa pesquisa para as práticas pedagógicas centram-se na necessidade de o corpo docente conhecer e passar a incluir os jogos de papéis nas atividades das crianças de 3 a 6 anos, auxiliando-as no desenvolvimento da autonomia, de atividades volitivas e autocontrole de suas atitudes.
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