O PROFESSOR EBTT: INSTITUCIONALIDADE ORNITORRÍNTICA? FRENTES DE LUTAS NOS GIROS DE UM CALEIDOSCÓPIO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/edur.v41i41.53151

Palavras-chave:

Institutos federais, carreira EBTT, Atuação acadêmica verticalizada, Inovação, Precarização

Resumo

O presente artigo tem por objetivo analisar, no contexto histórico, a implantação dos Institutos Federais (IFs) e do professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), buscando problematizar o trabalho docente em sua complexidade. Recorremos a uma revisão integrativa da literatura sobre o tema. Os resultados obtidos mostram que os IFs passam a ocupar papel de destaque no sistema educacional brasileiro, ao oferecer uma proposta de atuação acadêmica verticalizada, ancorada na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, e materializada a partir da criação da carreira EBTT. Esta última, por sua vez, insere-se num espectro que pode oscilar entre os polos da inovação-precarização, sobretudo quando observada frente às demandas do projeto político neoliberal. Nesse sentido, chamamos a atenção para a necessidade de duas frentes de lutas, que corroborem com o fortalecimento da identidade do professor EBTT e do projeto desejado na lei de criação dos IFs. São elas: 1) Consolidação de uma formação político-pedagógica, baseada nos fundamentos estruturantes e princípios educativos da instituição; 2) A construção de uma “resistência por dentro”, que se desdobra na reelaboração crítica do conhecimento público, por meio das ações de ensino, pesquisa e extensão, bem como, na imbricação com as pautas dos movimentos sociais, sindicatos, organizações científicas, políticas, artísticas e culturais.

Biografia do Autor

  • Ivan Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

    Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (2016), Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009), Licenciado em Educação Física (2006) e Pedagogia (2017). Foi aluno de iniciação científica (Bolsista CNPq/ 2005-2006), Bolsista de mestrado (CAPES - 2007) e contemplado com Bolsa de doutorado (CAPES - 2015). Atuou como professor do ensino superior no curso de Educação Física da Universidade Cruzeiro do Sul (2010-2015) e da Educação Básica pública de São Paulo - Estadual e Municipal (2008 - 2015). Atualmente é professor EBTT em regime de dedicação exclusiva do Instituto Federal de São Paulo (Campus São Paulo). É membro pesquisador do "Grupo de Pesquisa em Educação Física Escolar" (GPEF) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e do "Grupo de Pesquisa em Educação, Politecnia e Sociedade" (GPEPS) do Instituto Federal de São Paulo. Tem experiência com os seguintes temas: Educação, Educação Física Escolar, Currículo, Práticas pedagógicas.

  • Kelma Freitas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

    Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996) e mestrado em Ciências (Fisiologia Geral) pela Universidade de São Paulo (2002). Doutorado em Ensino de Biologia pelo Programa Interunidades de Ensino de Ciências (PIEC) na USP, tendo como foco de estudo o IFSP. Professora EBTT de Biologia para ensino técnico integrado ao médio, Cursos Superiores e cursos de extensão - Instituto Federal de São Paulo, Campus Avançado de São Miguel Paulista. Tem experiência em Ciências Biológicas e Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas: Formação continuada de professores, Ensino Técnico Integrado ao Médio, Ensino de Ciências, Ensino de Botânica, História da Ciência, Biodiversidade Vegetal, Aves.

Publicado

2025-02-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

1.
O PROFESSOR EBTT: INSTITUCIONALIDADE ORNITORRÍNTICA? FRENTES DE LUTAS NOS GIROS DE UM CALEIDOSCÓPIO. edur [Internet]. 10º de fevereiro de 2025 [citado 21º de abril de 2025];41(41). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/53151

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