LINHAS DE VOO DE UM BEBÊ SURDO: EMARANHADOS E AGÊNCIAS NOS PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO E EDUCAÇÃO
Palavras-chave:
bebês, subjetivação, agência, pós-humanismo, surdezResumo
O artigo apresenta reflexões a partir de uma pesquisa cartográfica com um bebê surdo,
colocando em questão a dimensão antropocêntrica da compreensão dos agenciamentos, onde se
destaca também o papel dos fluxos materiais no processo de subjetivação dos bebês, através das
contribuições do pensamento pós-humanista. Para tanto, Ingold, Deleuze, Guattari, Moss e
Braidotti foram os principais interlocutores, destacando-se os emaranhados/ malhas e as intra-ações
como constructos epistemológicos nesses contextos. A partir desse giro conceitual, também são
discutidas as implicações para o campo pedagógico e para os Estudos da infância. Após refletir
sobre os fluxos materiais do som e outros significados nesse processo, a pesquisa contextualiza e
destaca o conceito de agência antropocêntrica, contra argumentando pela consideração da força
das coisas / materiais nos processos subjetivos de bebês e crianças que passam a ser compreendidos
a partir de novas referências híbridas, enredadas, como seres "vazados" pelo (em direção ao)
mundo. Tal dimensão analítica pode reverberar na área educacional, a partir da sensibilidade
pedagógica que, para se constituir e projetar, assume a imprevisibilidade e os
múltiplos/emaranhados/complexos aspectos envolvidos nas agências infantis.
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