GRAMSCI E OS INTELECTUAIS, DOS ORGÂNICOS AOS LORIANOS: UMA FACETA PARA PENSAR O BOLSONARISMO
Palavras-chave:
Intelectuais, Gramsci, lorianismo, educação, bolsonarismoResumo
O artigo versa sobre a conceituação de intelectual desenvolvida por Antonio Gramsci, em suas diferentes categorias, abarcando a extensão que adquire no pensamento do autor sardo, buscando elucidar o lugar que os intelectuais assumem na luta política e social. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica centrada, principalmente, na produção elaborada por Gramsci durante o período do cárcere. Foram examinados o conjunto dos Cadernos do cárcere, da edição crítica italiana, além de alguns dos mais importantes comentadores do autor e de excertos das Cartas do cárcere. O conceito de intelectual adquire grande amplitude no pensamento gramsciano, pela expressão organizativa e indispensabilidade dessa atuação no delineamento de todo tecido social. Dos intelectuais tradicionais aos orgânicos, cosmopolitas, nacionais-populares e até os contenciosos lorianistas e brescianistas, enquanto agentes fundamentais na difusão e consolidação de concepções de mundo e condutas operantes, assumem papel indispensável em toda organização política, econômica e social. Dessa forma, o compêndio da concepção de intelectual gramsciana mostra-se como recurso relevante também na compreensão do nosso tempo, da atual ordenação do tecido político social brasileiro, que possibilitou a ascensão de Bolsonaro ao poder e, apesar de toda crise vivida, ainda sustenta percentual significativo de apoiadores, elucidando que a sua real superação demandará uma reforma intelectual e moral, ratificando a luta cultural inerente a toda luta política.
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