Uma análise do perfil audiológico de estudantes de música
Palavras-chave:
Testes auditivos em estudantes de música, Zumbido, Ações educativas e preventivasResumo
Tocar um instrumento musical requer a integração das habilidades perceptiva, motora, e cognitiva, desenvolvidas modularmente, de forma gradativa e hierarquicamente coordenada. O presente estudo analisa o perfil audiológico de estudantes de graduação em Música, que foram submetidos à Avaliação Audiológica (Entrevista, Audiometria Tonal Liminar, Logoaudiometria, e Imitanciometria), além dos exames complementares de Audiometria Tonal de Altas Frequências (AT-AF) e Emissões Otoacústicas Evocadas por Estímulo Transiente (EOAT). Os resultados indicaram que os estudantes apresentam audição dentro da normalidade. Entretanto, ações educativas e preventivas são essenciais para promover a conscientização sobre alterações auditivas nesse grupo de risco.
Referências
AMORIM, R. B. et al. Alterações auditivas da exposição ocupacional em músicos. Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia. São Paulo, v.12, n.3, p.377-383, 2008.
ANSI – American National Standarts Institute S3.6. American National Standards Specification. New york: ANSI,1989.
ANSI – American National Standarts Institute S3.39 American National Standards Specification for Instruments to Measure Aural Acoustic Impedance and Admittance. New york: ANSI,1987.
ARAÚJO, S. A. Perda auditiva induzida pelo ruído em trabalhadores de metalúrgica. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. São Paulo, n.68, v.1, p.47-52, 2002.
AxELSSON, A.; ELIASSON, A.; ISRAELSSON, B. Hearing in pop-rock musicians: a follow-up study. American Auditory Society Ear & Hear. Baltimore, v.16, n.3, p.245-253, 1995.
CARVALLO, R. M. M. et al. Limiares auditivos para altas frequências em adulto sem queixas auditivas. Acta ORL. São Paulo, v.25, n.1, p.62-66, 2007.
CASTRO, G. G. S. Novas posturas de escuta na cultura contemporânea. Intexto. Porto Alegre, v.10, n.10, p.1-11, 2004.
CHASIN, M. Musicians and the prevention of hearing loss. San Diego: Singular Publishing Group, 1996.
COSTA, C. P. Quando tocar dói: análise ergonômica da atividade de violistas de orquestra. Brasília: UnB, 2003. (Dissertação de Mestrado).
DIAS, A. et al. Associação entre perda auditiva induzida pelo ruído e zumbidos. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.22, n.1, p.63-68, 2006.
FLETCHER, H. Speech and hearing communication. New Jersey: Van Nostrand Co, p.464, 1959.
FOUQUET, M. L. Limiares de audibilidade nas frequências ultra-altas de 9 a 18 kHz em adultos de 18 a 30 anos. São Paulo: UNIFESP, 1997. Monografia (Especialização em Distúrbios da Comunicação Humana).
FROTA, S.; SAMPAIO, F. Logoaudiometria, In Silvana Frota. Fundamentos em Fonoaudiologia. 1a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.61-68, 1998.
GREEN, D. M., KIDD, G. J., STEVENS, K. N. High-frequency audiometric assessment of a young adult population. Acoustical Society of America. 81(2): New york, v.81, n.2, p.485-494, 1987.
GUEDES, M. C. et al. Estudo da reprodutibilidade das emissões otoacústicas em indivíduos normais. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. São Paulo, v.68, n.1, p.34-38, 2002.
HAGBERG, M.;THIRINGER, G.;BRANDSTROM, L. Incidence of tinnitus, impaired hearing, and musculoskeletal disorders among students enrolled in academic music education – a retrospective cohort study. Occupational and Environmental Health. Berlin, v.78, n.7, p.575-583, 2005.
HAMILL, T. A.; HAAS, W. H. The relationship of pulsed, continuous, and warble extended-high frequency thresholds. Communication Disorders: Amsterdam, v.19, n.3, p.227-235, 1986.
HARGER, M. R. H. C.; BARBOSA-BRANCO, A. Efeitos auditivos decorrentes da exposição ocupacional ao ruído em trabalhadores de marmoraria no Distrito Federal. Associação Médica Brasileira. São Paulo, v.50, n.4, p.396-399, 2004.
JERGER, J.; SPEAKS, Charles; TRAMMELL, Jane. A new approach to speech audiometry. Speech and Hearing Disorders: Washington, v.33, n.4, p.318-328, 1968.
JERGER, S.; JERGER, J. Alterações auditivas: um manual para avaliação clínica. São Paulo: Atheneu, p.102, 1989.
JUNIOR,J.J.J. Avaliação dos limiares auditivos de jovens e sua relação com hábitos de exposição à música eletronicamente amplificada. São Paulo: USP, 1993. Tese (Doutorado em Otorrinolaringologia).
KAHARI, K. R. et al. Hearing assessment of classical orchestral musicians. Scandinavian Audiology. Denmark, v.30, n.1, p.13-23, 2001.
KAHARI, K. R. et al. Hearing development in classical orchestral musicians. A follow-up study. Scandinavian Audiology. Denmark,v.30, n.3, p.141-149, 2001.KEMP, D. T. Otoacustic emission: basic facts and applications. Audiology in Practice, p.1-4, 1989.
LLOyD, L. L.; KAPLAN, H. Audiometric interpretation: a manual of basic audiometry. Michigan: University Park Press, p.326, 1978.
LOPES, A. C. Audiometria tonal liminar, In Maria Cecília Bevilacqua (ed.) Tratado de Audiologia. 1a ed. São Paulo: Editora Santos, p.63-80, 2011.
MAIA, A. A. et al. Análise do perfil audiológico dos músicos da orquestra sinfônica de Minas Gerais (OSMG). Per Musi, v.15. Belo Horizonte: UFMG, p.67-71, 2007.
MAIA, J. R. F.; RUSSO, I. C. P. Estudo da audição de músicos de rock and roll. Pró-Fono. Barueri, v.20, n.1, p.49-50, 2008.
MARTINS, J. P. F. et al. Avaliação da perda auditiva induzida por ruído em músicos de Tubarão-SC. Arquivos Catarinenses de Medicina. Florianópolis, v.37, n.4, p.69-74, 2008.
MENDES, M. H.; KOEMLER; L. A.; ASSENCIO-FERREIRA, V. J. A prevalência de perda auditiva induzida pelo ruído em músicos de banda instrumental. CEFAC. São Paulo, v.4, n.3, p.179-185, 2002.
MENDES, M. H.; MORATA, T. C. Exposição profissional à música: uma revisão. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. São Paulo, v.12, n.1, p.63-69, 2007.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Perda auditiva induzida por ruído (Pair). Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.
MIRANDA, J. S.; AGRA, S. E. R. Logoaudiometria: o uso do mascaramento na avaliação do reconhecimento de fala em indivíduos com deficiência auditiva sensorioneural. Salusvita. Bauru, v.27, n.3, p.329-339, 2008.
NEVES, R. R. R. A importância que metalúrgicos e músicos atribuem à audição e sua preservação. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica, 2007. Dissertação (Mestrado em Fonoaudiologia).
PALIN, S. L. Does classical music damage the hearing of musicians? A review of the literature. Occupational Medicine. England, v.44, n.3, p.130-136, 1994.
PEDALINI, M. E.B. et al. Média dos limiares tonais na audiometria de alta frequência em indivíduos normais de 4 a 60 anos. Pró-Fono. Barueri, v.12, n.2, p.17-20, 2000.
PINTO, A. S. et al. O ruído urbano e a saúde auditiva. Lato & Senso. Amazônia, v.3, n.5, p.90-93, 2002.
PRIEVE, B. A. et al. Analysis of transient-evoked otoacustic emissions in normal-hearing and hearing-impaired ears. Acoustical Society of América. New york, v.93, n.6, p.3308-3319, 1993.
SÁ, L. Conrado Barbosa de et al. Avaliação dos limiares de audibilidade das altas frequências em indivíduos entre 18 e 27 anos sem queixas otológicas. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. São Paulo, v.73, n.2, p.215-225, 2007.
SAKAMOTO, M. et al. Average thresholds in the 8 to 20 kHz range as a function of age. Scandinavian Audiology. Denmark, v.27, n.3, p.189-192, 1998.
SAMELLI, A. G.; SCHOCHAT, E. Perda auditiva induzida por nível de pressão sonora elevado em um grupo de músicos profissionais de rock and roll. Acta Awho. São Paulo, 2000, v.19, n.3, p.136 -143.
SANCHEZ, T. et al. Zumbido em pacientes com audiometria normal: caracterização clínica e repercussões. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. São Paulo, v.71, n.4, p.427-431, 2005.
SANTONI, C. B. Músicos de pop-rock: efeitos da música amplificada e avaliação da satisfação no uso de protetores auditivos. São Paulo: PUC, 2008. Dissertação (Mestrado em Fonoaudiologia).
SCHMIDT, J.M.; VERSCHUURE, J.; BROCAAR, M.P. Hearing loss in students at a conservatory. Audiology. Basel, v.33, n.4, p.185-194, 1994.
TEIE, P.U. Noise-induced hearing loss and symphony orchestra musicians: risk factors, effects, and management. Maryland Medical. Baltimore, v.47, n.1, p.13-18, 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Exceto onde está indicado, o conteúdo neste site está sob uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.