As Atividades Extracurriculares em Uma Licenciatura em Ciências Biológicas: Formação e Identificação Profissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2025u297320

Palavras-chave:

estágio extracurricular, formação inicial de professores de biologia, identificação profissional docente, currículo do ensino superior

Resumo

O presente estudo investigou a experiência vivenciada pelos egressos nas atividades extracurriculares realizadas durante um curso de Licenciatura em Biologia analisando o processo de identificação com as quatro grandes áreas de atuação do biólogo: Meio Ambiente; Biotecnologia; Saúde; e Educação. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa mista, com questionários aplicados a 97 egressos e entrevistas com 11 desses licenciados. Os resultados centrais indicaram que a maioria dos egressos não estagiou na área de Educação, buscando atividades extracurriculares na área de Meio Ambiente. Os que migraram para a Educação o fizeram em virtude de uma admiração pela atuação docente de alguns professores das disciplinas pedagógicas e pela disponibilidade de bolsas, dados que reforçam a importância dos programas de iniciação à docência e da presença de formadores da área de Educação em Ciências nas Licenciaturas em Biologia.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ravi Cajú Duré, Universidade Federal da Bahia

    Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA/IBIO, Campus Salvador), na área de Ensino de Biologia. É membro do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental, Ensino de Biologia e Malacologia da UFPB (GPEBioMA), e tem interesse nas áreas de Formação de Professores de Ciências; Didática das Ciências; Educação Ambiental; Currículo do Ensino Superior; Metodologias de Pesquisa Qualitativa e Mista. É formado como Doutor em Educação (PPGE/UFPB); Mestre em Educação (PPGE\UFPB); Especialista em Ensino de Ciências Naturais e Matemática (IFRN); Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas (UFPB), e Pedagogo (FAEL).

  • Maria José Dias de Andrade, Universidade Federal da Bahia

    Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba (PPGE/UFPB, 2022). Mestra em Educação (PPGE/UFPB, 2018). Especialista em Ensino de Ciências Naturais e Matemática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN, 2018). Especialista em Produção de Material Didático para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) (UFPB, 2016). Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas (UFPB, 2015) e Pedagogia (FAEL, 2021). Atualmente é Professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É membro do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental, Ensino de Ciências/Biologia e Malacologia (GPEBioMA-UFPB), e tem atuado nos seguintes temas: Educação, Ensino de Ciências, Ensino de Biologia, Alfabetização Científica, Formação de Professores e Modalidades Didáticas.

  • Francisco José Pegado Abílio, Universidade Federal da Paraíba

    Professor Titular do Departamento de Metodologia da Educação, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Bacharel em Ciências Biológicas pela UFPB (1994), Licenciado em Ciências Biológicas pela UFPB (2001), Mestre em Ciências Biológicas (Zoologia) pela UFPB (1997), Doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar - São Paulo) (2002) e Pós-Doutor em Educação (Educação Ambiental) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT - Cuiabá, 2011) sob a supervisão da Profa. Dra. Michèle Sato. Tem atuado nos seguintes temas: Educação e Meio Ambiente; Educação Ambiental (Formal, Não Formal e Informal); Ensino de Biologia e Ciências; Formação Continuada de Professores; Estágio Supervisionado em Docência no ensino de Ciências e Biologia; Formação Docente: educação permanente, (re)profissionalização docente; Educação Contextualizada para o semiárido e Bioma Caatinga. Também tem experiências na área de Ecologia da Caatinga (Ecologia de Ecossistemas Límnicos) e Malacologia (biologia, ecologia, taxonomia e EtnoMalacologia). Lider do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental, Ensino de Ciências/Biologia e Biodiversidade Malacológica (GPEBioMA), cadastrado no CNPq e reconhecido pela UFPB. Orienta no Mestrado e Doutorado em Educação - PPGE/CE/UFPB

Referências

Antiqueira, L. M. O. R. (2018). Biólogo ou professor de Biologia? A formação de licenciados em Ciências Biológicas no Brasil. Revista Docência no Ensino Superior, 8(2), 280–287. https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/2488

Ayres, A. C. M. (2005). Tensão entre Matrizes: um estudo a partir do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Formação de Professores/UERJ. [Tese de Doutorado, Universidade Federal Fluminense]. Repositório da Universidade Federal Fluminense.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70.

Brando, F. R., & Caldeira, A. M. A. (2009). Investigação sobre a identidade profissional em alunos de Licenciatura em Ciências Biológicas. Ciência e Educação, 15(1), 155–173. https://doi.org/10.1590/S1516-73132009000100010

Conselho Nacional de Educação. (2002). Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Câmara de Educação Básica.

Câmara, R. H. (2013). Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais aplicadas às organizações. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 179–191. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/gerais/v6n2/v6n2a03.pdf

Carvalho, A. M. P., & Gil-Pérez, D. (2011). Formação de professores de Ciências: Tendências e inovações (10ª ed.). Cortez.

Castro, S. M. V. (2010). Biólogos, da universidade ao mercado de trabalho: um estudo entre estudantes e egressos do curso de Licenciatura em Biologia [Tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro].

Conselho Federal de Biologia. (2024). Resolução CFBIO nº 700, de 20 de abril de 2024. Dispõe sobre a regulamentação das Áreas do Conhecimento, das Atividades Profissionais e das Áreas de Atuação do Biólogo, em Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde, Biotecnologia e Produção Industrial e Educação, para efeito do exercício profissional. Diário Oficial da União, 26 de abril de 2024.

Danielewicz, J. (2001). Teaching Selves: Identity, Pedagogy, and Teacher Education. State University of New York, 2001.

Dubar, C. (1998). Trajetórias sociais e formas identitárias: alguns esclarecimentos conceituais e metodológicos. Educação e Sociedade, 19(62), 129–146.

Duré, R. C. (2022). Formação, currículo e identificação profissional: um estudo de caso no curso de licenciatura em ciências biológicas da UFPB [Tese de Doutorado, Universidade Federal da Paraíba].

Duré, R. C., Andrade, M. J. D. de, & Abílio, F. J. P. (2023). A Identificação Profissional em um Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas: Quem Quer Ser um Professor? Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 23(u), 1–27. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2023u10831109

Galindo, W. C. M. (2004). A Construção da Identidade Profissional Docente. Revista Psicologia Ciência e Profissão, 24(2), 14–23. https://www.scielo.br/j/pcp/a/YDL7fhTPbzb9tQvd7YLKgSz/?format=pdf&lang=pt

Gatti, B. A., Tartuce, G. L. B. P., Nunes, M. M. R., & Almeida, P. C. A. (2009). Atratividade da carreira docente no Brasil. Fundação Victor Civita.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2023). Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2023. Inep. https://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2023/resumo_tecnico_do_censo_da_educacao_superior_2023.pdf

Kaddouri, M. (2009). Dinâmicas identitárias e relações com a formação. In V. L. F. A. Brito (Ed.), Professores: identidade, profissionalização e formação (pp. 23–45). Argumentum.

Lei nº 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996 (1996). Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União.

Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014 (2014). Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União.

Lima, E. C. K., & Vasconcelos, S. D. (2009). Envolvimento em atividades extra-classe, avaliação do curso e perspectivas de Licenciandos em Biologia da Universidade Federal de Pernambuco. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 9(3), 1–19. https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/3995/2559

Lippe, E. M. O., & Bastos, F. (2008). Formação inicial de professores de biologia: fatores que influenciam o interesse pela carreira do magistério. In F. Bastos, & R. Nardi (Orgs.), Formação de Professores e Práticas Pedagógicas no Ensino de Ciências: contribuições da pesquisa na área (pp. 49–60). Escrituras.

Ministério da Educação. (2001). Parecer CNE/CES nº 1.301, de 6 de novembro de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Ciências Biológicas. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior.

Ministério da Educação. (2022). Mapeamento da adequação docente no Brasil. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira/MEC. https://www.gov.br/mec/pt-br/programas-e-acoes/MapeamentodaAdequaoDocentenoBrasil_111220221_compressed.pdf

Richardson, R. J. (2017). Pesquisa Social: Métodos e técnicas. Atlas.

Semesp - Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo. (2022). Risco de apagão de professores no Brasil. https://www.semesp.org.br/pesquisas/risco-de-apagao-de-professores-no-brasil/

Silva, J. R. F. (2015). Documentos legais para a formação profissional: é possível fazer emergir o professor de Ciências e Biologia? Revista de Ensino de Biologia da SBENBio, 8(1), 4–14.

Teixeira, P. M. M. (2003). Iniciação à pesquisa: um eixo de articulação no processo formativo de professores de ciências biológicas. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 5(1), 5–18. https://doi.org/10.1590/1983-21172003050102

Ventura, R. C. (2015). Trajetórias profissionais de egressos do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFRJ: Um estudo sobre (não)atratividade da docência [Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro].

Downloads

Publicado

2025-04-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

As Atividades Extracurriculares em Uma Licenciatura em Ciências Biológicas: Formação e Identificação Profissional. (2025). Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, e56287, 1-24. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2025u297320