Estratégias ativas de ensino e aprendizagem
percepções de estudantes de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20180067Palavras-chave:
Educação em Enfermagem, Educação Superior, Enfermagem Obstétrica, Enfermagem Pediátrica, Estudantes de EnfermagemResumo
Diante da necessidade de mudança no modelo tradicional de ensino e aprendizagem, um grupo de docentes das disciplinas Atenção à Saúde da Mulher e da Criança de um curso de Enfermagem de uma universidade pública decidiu incorporar metodologias ativas de ensino. Este estudo teve como objetivo compreender a vivência do estudante após mudanças no método de ensino e bem como o processo de implementação das novas estratégias. A coleta de dados foi realizada em junho de 2016 com o grupo de estudantes que cursou a disciplina. Foi aplicado questionário de avaliação da disciplina composto por questões fechadas e uma questão dissertativa, com o intuito de que os estudantes elaborassem uma narrativa. Foram realizadas análise estatística descritiva e análise de conteúdo dos dados. Os principais resultados mostraram que, na avaliação geral da disciplina, a maioria atribuiu conceito ótimo e bom, os aspectos mais citados foram “professores”, “campos de prática” e “aulas de laboratório”. Na prática clínica foram destacadas “autonomia”, “discussão de casos” e “consulta de enfermagem” como pontos positivos; entre os negativos foram identificadas a “relação com o enfermeiro do serviço” e “recepção da equipe”. Da análise de conteúdo das narrativas emergiram os seguintes temas: “vivendo a metodologia ativa”, “observado associação entre teoria e prática” e “indo para além da técnica”. No processo vivenciado, os estudantes destacaram experiências para além do aprendizado técnico, como aquisição de valores morais, crescimento como ser humano, importância para a cidadania, respeito e sensibilidade nas relações humanas, incorporando conceitos como integralidade, horizontalidade e autonomia.
Referências
Taroco APRM, Tsuji H, Higa EFR. Currículo orientado por competência para a compreensão da integralidade. Rev Bras Educ Méd. 2017[citado em 2017 nov. 20];41(1):12-21. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v41n1/1981-5271-rbem-41-1-0012.pdf
Lima VV, Feuerwerker LCM, Padilha RQ, Gomes R, Hortale VA. Ativadores de processos de mudança: uma proposta orientada à transformação das práticas educacionais e da formação de profissionais de saúde. Ciênc Saude Coletiva. 2015[citado em 2017 nov. 20];20(1):279-88. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015000100279&lng=en.
Lima VV. Espiral construtivista: uma metodologia ativa de ensinoaprendizagem. Interface (Botucatu). 2017[citado em 2017 dez. 10];21(61):421-34. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832017000200421&lng=en.
Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 36ª ed. São Paulo: Paz e Terra; 1996.
Paranhos VD, Mendes MMR. Currículo por competência e metodologia ativa: percepção de estudantes de enfermagem. Rev Latino-Am Enferm. 2010[citado em 2017 nov. 14];18(1):109-15. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692010000100017&lng=pt. doi: 10.1590/S0104- 116920100 00100017.
Freitas RAMM. Ensino por problemas: uma abordagem para o desenvolvimento do aluno. Educ Pesq. 2012[citado em 2017 dez. 12];38(2):403-18. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022012000200009.
Almeida MTC, Batista NA. Ser docente em métodos ativos de ensinoaprendizagem na formação do médico. Rev Bras Educ Med. 2011[citado em 2017 out. 28];35(4):468-76. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v35n4/a05v35n4.pdf
Luna WF, Bernardes JS. Tutoria como estratégia para aprendizagem significativa do estudante de medicina. Rev Bras Educ Med. 2016[citado em 2017out. 14];40(3):653-62. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022016000400653&script=sci_abstract&tlng=pt.
Gomes MPCG, Ribeiro VMB, Monteiro DM, Leher EMT, Louzada RCR. O uso de metodologias ativas no ensino de graduação nas ciências sociais e da saúde: avaliação dos estudantes. Ciênc Educ. 2010[citado em 2017 out. 10];16(1):181-98. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132010000100011.
Bogdan RC, Biklen SK. Investigação qualitativa em educação. 12ª ed. Portugal: Porto Editora; 2013.
Bardin L. Análise do conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em Saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec; 2015.
Silva AH, Fossá MIT. Análise de conteúdo: exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Rev Eletrônica Qualit@s. 2015[citado em 2018 jun. 10];17(1):1-14. Disponível em: http://oficinas.incubadora.ufsc.br/index.php/Lucasfranco/article/view/2336/2155.
Ferraz Júnior AML, Miranda NR, Assunção R, Silva SA, Oliveira FAM, Oliveira RG. Percepção de estudantes de Odontologia sobre metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem. Rev ABENO. 2016[citado em 2017 dez. 03];16(3):666-77. Disponível em: https://revabeno.emnuvens.com.br/revabeno/article/view/272/248.
Prado ML, Velho MB, Espíndola DS, Sobrinho SH, Backes VMS. Arco de Charles Maguerez: refletindo estratégias de metodologia ativa na formação de profissionais de saúde. Esc Anna Nery Rev. 2012[citado em 2017 dez. 09];16(1):172-7. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-814520120001 00023&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452012000100023.
Mitre SM, Siqueira-Batista R, Girardi-de-Mendonça JM, Morais-Pinto NM, Meirelles CAB, Pinto-Porto C, et al. Metodologias ativas de ensinoaprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc Saúde Coletiva. 2008[citado em 2017 out. 31];13(Supl.2):2133- 44. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000900018&lng=en.
Bento LMA, Andrade LP, Sales A, Souza AP, Souza AFP, Batiston GT, et al. Percepção dos alunos de medicina quanto a aprendizagem x ansiedade na metodologia ativa. Rev Ensino Educ Cienc Human. 2017[citado em 2018 jun. 03];18(2):178-82. Disponível em: http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/ensino/article/view/4612/3586
Silva RHA, Miguel SS, Teixeira LS. Problematização como método ativo de ensino-aprendizagem: estudantes de farmácia em cenários de prática. Trab Educ Saúde. 2011[citado em 2018 jun. 02]9(1):77-93. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tes/v9n1/v9n1a06.pdf.
Valença CN, Germano RM, Malveira FAS, Azevêdo LMN, Oliveira AG. Articulação teoria/prática na formação em saúde e a realidade do Sistema Único de Saúde. Rev Enferm UERJ. 2014[citado em 2017 out. 04];22(6). Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v22n6/v22n6a17.pdf
Campos LR, Ribeiro MR, Depes VB.Autonomia do graduando em enfermagem na (re)construção do conhecimento mediado pela aprendizagem baseada em problemas. Rev Bras Enferm. 2014[citado em 2017 dez. 29];67(5):818-24. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672014000500818&lng=en.
Mulato SC. Enfermagem tradicional, atual e do futuro: a visão de docentes de enfermagem. Rev Enferm UERJ. 2010[citado em 2017 nov. 05];18:572-7. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v18n4/v18n4a12.pdf
Christofoletti G, Fernandes JM, Martins AS, Oliveira Junior SA, Carregaro RL, Toleto AM. Grau de satisfação discente frente à utilização de métodos ativos de aprendizagem em uma disciplina de Ética em saúde. Rev Eletrônica Educ. 2014[citado em 2017 nov. 05];8(2):188-97. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/823/334.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Reme: Revista Mineira de Enfermagem

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.