Conflito e consenso
como pensar a democracia
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2022.38182Palavras-chave:
Razão, Paixão, Democracia, Socialismo , Debate PúblicoResumo
Este artigo visa, depois de reconhecer a importância da perspectiva de Mouffe ao sublinhar que o conflito é inerente à sociedade, superar as limitações que sua abordagem mostra ao lidar com a dualidade do conflito e do consenso. Para isso, apresenta a idéia de que o trio medieval de verdade, bondade e beleza é um conceito-limite inatingível, mas necessário para legitimar o processo político. Nesta perspectiva, é possível reimaginar o debate público: é necessário superar sua esterilidade contemporânea, causada pela imaginação da democracia como um mercado de idéias, onde não há intercâmbio, mas apenas competição entre diferentes posições e onde o fator determinante é a força (sublimada no número de votos). O artigo tenta oferecer algumas formas alternativas de imaginar a democracia como um processo contínuo que respeita o pluralismo e torna o debate público construtivo.
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