Emiliano Di Cavalcanti e Massimo Campigli e a vertigem das figuras femininas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2022.40903

Palavras-chave:

Massimo Campigli, Emiliano Di Cavalcanti, figura feminina, arte moderna, etruscos

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir a maneira como os artistas Massimo Campigli e Emiliano Di Cavalcanti trabalharam a representação da figura feminina em suas criações artísticas naprimeira metade do século 20. Embora atuantes em países distintos – França e Itália no caso de Campigli, Brasil no de Di Cavalcanti –, suas inúmeras criações de figuras femininas carregam intersecções significativas em dois sentidos: como reflexos do fenômeno do “retorno à ordem” e das políticas vigentes em seus países; e como formas de apropriação da figura feminina.

 

Referências

AQUINO, Flavio de. 50 anos de sensualismo tropical. Revista Manchete, Rio de Janeiro, ed. 1024, 1971.

BATCHELOR, David; FER, Briony; WOOD, Paul. Realismo, Racionalismo, Surrealismo – a arte no entreguerras. São Paulo: Cosac Naify, 1998.

CALANDRA, Elena. Massimo Campigli e la Folgorazione per L’arte Etrusca. In: ANAIS Museo Claudio Faina. v. XXIV. Orvieto, 2017.

CAMPIGLI, Massimo. Massimo Campigli. Prefazione dello stesso. Milão: Hoelpli, 1931.

CAMPIGLI, Massimo. Nuovi Scrupoli. Turim: Umberto Allemandi, 1995.

CAMPIGLI, Massimo. On View in the New York Galleries. Parnassus, v. 3, n. 8, Dec. 1931. Disponível em: www.jstor.org/stable/770560. Acesso em: 18 maio 2020.

CAMPIGLI, Massimo. Scrupoli. Veneza: Cavallino, 1955.

CAMPIGLI, Nicola;WEISS, Eva;WEISS, Marcus; ARCHIVES Campigli Saint-Tropez. Campigli: catalogue raisonné. Milão: Silvana Editoriale, 2013. v. II.

CARDOSO, Rafael. Modernidade em Preto e Branco – arte e imagem, raça e identidade no Brasil, 1890-1945. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

CHAMOM, Andrea R. M.; NASCIMENTO, Adriano R. A. As “mulatas“ de Di Cavalcanti: um estudo em psicologia social. Memorandum, n. 35, p. 133-160, nov. 2018.

CHIARELLI, Tadeu. Naturalismo, Regionalismo e Retorno à Ordem no Ocaso do Modernismo Brasileiro (1996). In: CHIARELLI, Tadeu. Um modernismo que veio depois. Sao Paulo: Alameda, 2012.

CORGNATI, Martina. L’ombra lunga degli etruschi. Echi e suggestioni dell’arte del Novecento. Monza: Johan & Levi, 2018.

DI CAVALCANTI, Emiliano. Realismo e Abstracionismo. Boletim SATMA, Rio de Janeiro, n. 23, 1949.

DI CAVALCANTI, Emiliano. Viagem da minha vida (memórias): I - O testamento da alvorada. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1955.

ECO, Umberto. A vertigem das listas. Rio de Janeiro: Record, 2010.FERRARIO, Rachele. Les italiens:sette artisti italiani alla conquista di Parigi. Turim: Utet, 2017.

GARB, Tamar. Gênero e Representação. In: FRASCINA, Francis et al.Modernidade e Modernismo: a pintura francesa no século XIX. São Paulo: Cosac & Naify, 1998.

GOLAN, Romy. Modernity and Nostalgia: Art and Politics in France Between the Wars. Londres: Yale University Press, 1995.

GRINBERG, Piedade Eptein. Os desenhos de Di Cavalcanti. Diálogo com José Geraldo Vieira. In: GRINBERG, Piedade Eptein. Di Cavalcanti: um mestre além do cavalete. São Paulo: Metalivros, 2005.

HARARI, Maurizio. Etruscologia e Fascismo. In: ATHENAEUM, Studi di Letteratura e Storia dell’Antichità, Università di Pavia, v. 100, 2012.

MANTURA, Bruno; ROSAZZA, Patrizia (org.). Massimo Campigli. Milão: Electa, 1994. Catálogo de exposição, 01 maio - 24 jul. 1994. Palazzo della ragione, Pádua, Itália.

O'DOHERTY, Brian. Studio and Cube: On The Relationship Between Where Art is Made and Where Art is Displayed. Nova York: Princeton Architectural Press, 2009.

REINHEIMER, Patricia. Identidade Nacional Como Estratégia Politica. MANA, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 153-179, abr. 2007.

RIBEIRO, Djamila. O teu discurso não nega, racista. CartaCapital, São Paulo, 10 fev. 2017. Disponívelem: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-teu-discurso-nao-nega-racista/. Acesso em: 14 jun. 2022.

RIBEIRO, José Augusto. No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2017. Catálogo de exposição, 02 set. 2017 – 29 jan. 2018.

SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Di Cavalcanti ilustrador: trajetória de um jovem artista gráfico na imprensa (1914-1921). São Paulo: Editora Sumaré, 2002.

SIMIONI, Ana Paula. Modernismo no Brasil: Campo de Disputas. In: BARCINSKI, Fabiana (org.). Sobrea Arte Brasileira: da Pré-História aos Anos 1960. Sao Paulo: Martins Fontes: Sesc, 2014.

SIMIONI, Ana Paula. Mulheres Modernistas. Estratégias de consagração na arte brasileira. São Paulo: Edusp, 2022.

UN’ORA CON MASSIMO CAMPIGLI. Direção: Gastone Favero. Incontri, RAI TV, 1969. (51’58). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Tf2d45KPU6w. Acesso em: 12 mar. 2022.

Downloads

Publicado

2022-12-19

Como Citar

ROCCO, R. D. F. M. Emiliano Di Cavalcanti e Massimo Campigli e a vertigem das figuras femininas. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 12, n. 26, p. 130–152, 2022. DOI: 10.35699/2237-5864.2022.40903. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/40903. Acesso em: 18 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos