Editorial
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editorialResumen
Os tempos de pandemia de COVID-19, vivenciados desde 2020, nos colocaram em várias situações de risco. Entre elas, professores e alunos, em diferentes níveis de ensino foram expostos, muitas vezes pela primeira vez, a contextos de ensino-aprendizagem formal mediado pelas tecnologias digitais. Outros professores e alunos já habituados ao uso delas em sala de aula se viram diante de uma rotina cansativa de exposição a essas tecnologias. Vários problemas, de naturezas diferentes, surgiram ou retornaram no ensino remoto, como a gestão do tempo, a adequação das atividades das disciplinas ao perfil dos alunos, a desigualdade no acesso aos recursos necessários para participação das atividades educativas (internet, computadores, ambiente tranquilo e silencioso para as aulas, por exemplo), depressão decorrente do conturbado momento histórico vivenciado, entre outros.
Cenários como esse demandam pesquisas que busquem soluções. Alguns artigos apresentados no número 1 do volume 14 de 2021, da revista Texto Livre: Linguagem e Tecnologia, dialogam com esse contexto de pandemia. Outros não fazem isso diretamente, mas podem contribuir para novas pesquisas, para fornecer repertório de experiências de ensino importantes para inspirar professores e promover reflexões diversas.
O leitor encontrará no eixo Educação e Tecnologia artigos que tratam do contexto da pandemia relacionado ao TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), por Sineide Gonçalves e Bárbara Eduarda Barbosa Ferreira, e às práticas e papéis na educação, por Joyce Vieira Fettermann e Annabell Dell Real Tamariz. Encontra ainda trabalhos sobre a aprendizagem da tecnologia na área de língua espanhola e suas literaturas (Elisabeth Melguizo Moreno), abordagem conceitual de três tipos de letramento (Julián Rodríguez López, Maricela López Ornelas, Katiuska Fernández Morales e Javier Organista Sandoval), uso da Wikiversidade no ensino do jornalismo científico (Daniel Almeida Abrahão Dieb, João Alexandre Peschanski e Fernando Jorge da Paixão), formação de professores de Música pelas TIC (Fernando José Sadio-Ramos, María Angustias Ortiz-Molina e María del Mar Bernabé-Villodre), fatores que influenciam a utilização das redes sociais (Melchor Gómez-García, Moussa Boumadan, Roberto Soto-Varela e Ángeles Gutiérrez-García), quadro Comparativo Europeu DigCompEdu e Quadro Comum para o Ensino de Competência Digital (Julio Cabero-Almenara, Juan Jesús Gutiérrez-Castillo, Antonio Palacios-Rodríguez, Julio Barroso-Osuna), produção científica de aprendizagem invertida e sala de aula invertida (Jesús López-Belmonte, Antonio-José Moreno-Guerrero, Juan-Antonio López-Núñez e Santiago Pozo-Sánchez) e práticas educativas ambientais na formação de educadores das infâncias (Eliane Lima Piske, Narjara Mendes Garcia e Maria Angela Mattar Yunes).
No eixo Produção Textual e Tecnologia, foram publicados neste número textos sobre: construção e ressignificação das práticas tecnológicas em entornos escolares (Ana Yamile Pérez Puentes e Juan Guillermo Diaz Bernal) e competência léxica e escrita acadêmica (Gabriel Valdés-León).
Em Linguística e Tecnologia, encontram-se reunidos artigos sobre: narrativas de evolução (Mauricio Teixeira Mendes), principais vertentes dos estudos do letramento no Brasil (Cícero da Silva e Adair Vieira Gonçalves), concepções de letramento para o ensino da língua portuguesa em tempos de uso de artefatos digitais (Márcia Aparecida Vergna), letramentos e novas tecnologias no contexto da Educação do Campo (Carlos Henrique Silva de Castro), ensino síncrono e assíncrono a distância de anáfora em línguas estrangeiras (Amanda Maraschin Bruscato e Jorge Baptista), análise de pedidos de ajuda multimodais de um grupo de Facebook (Theodoro Casalotti Farhat e Paulo Roberto Gonçalves-Segundo), desenvolvimento de corretor ortográfico (Leonardo Carneiro de Araujo, Aline de Lima Benevides e João Pedro Hallack Sansão) e análise dos novos anglicismos léxicos na língua espanhola no contexto das obras e corpus acadêmico digital (David Giménez Folqués).
No eixo Comunicação e Tecnologia, fala-se da crise sócio-ecológica e comunicação durante a Maré Vermelha de Chiloé (2016) (Jorge Valdebenito Allendes), do contágio emocional nas redes sociais (Cynthia Pasquel-López e Gabriel Valerio-Ureña) e de marketing digital e posicionamento web na comunicação científica (Sara Mandiá Rubal e Maricela López Ornelas).
No eixo Ensino Superior e Tecnologia, temos um estudo de caso no mestrado-integrado de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Portugal (Cleber Augusto Pereira, Paulo Moura Oliveira e Manuel José Cabral dos Santos Reis).
No eixo Robótica pedagógica, os leitores encontram formas de explorar a matemática e a física com o robô seguidor de linha na perspectiva da robótica livre (Daniel da Silveira Guimarães, Élida Alves da Silva e Fernando da Costa Barbosa).
No eixo Tradução e Tecnologia, encontramos um trabalho sobre Dicionários contextuais (Wafa Bedjaoui, Bahia Zemni, Hayfa Almalki e Marwa Elsaadany) e um sobre pesquisa terminológica e tradução automática (Bahia Zemni, Wafa Bedjaoui e Marwa Elsaadany).
Finalizamos este editorial desejando que os artigos publicados sejam produtivos e incentivem novas pesquisas nas áreas em que se inscrevem.
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