Editorial
DOI:
https://doi.org/10.17851/1983-3652.10.2.i-iiPalavras-chave:
editorialResumo
Esta segunda edição do volume 10 de 2017 traz várias contribuições no que diz respeito a novos objetos de estudo que as tecnologias e seu uso apresentam, além de diferentes olhares teórico-metodológico sobre eles.No primeiro eixo temático ou trilha, Linguística e Tecnologia, Andréa Pisan Soares Aguiar, em “Jogos eletrônicos e ensino de língua portuguesa: algumas reflexões”, propõe reflexões sobre o uso de jogos eletrônicos no ensino de língua portuguesa, especificamente, no ensino de gêneros textuais orais e escritos pela perspectiva sociointeracional da linguagem. Em “Convergência de mídias e o ensino de língua adicional como negócio eletrônico: análise do canal Open English Brasil no YouTube”, Bruna Helena Rech Rocha e Marcelo Spalding Perez fazem um levantamento teórico da convergência de mídias e suas implicações mercadológicas no segmento de ensino de Língua adicional, especificamente inglês. Priscilla Tulipa da Costa, em seu artigo “Os verbos frasais mais frequentes na escrita de aprendizes: um estudo contrastivo”, analisa dois corpora contendo ensaios escritos em inglês por estudantes universitários, os quais são examinados qualitativamente com o suporte do software AntConc para o tratamento e a análise dos dados.
Na trilha Educação e Tecnologia, Pablo Rodrigo Bes Oliveira, em “Pokémon GO: discutindo dispositivos e a pedagogia dos jogos eletrônicos”, analisa práticas discursivas e não discursivas do jogo Pokémon GO, para desvendar os conceitos pressupostosnesse aplicativo, mostrando a visão consumista implícita em suas práticas. Tacia Rocha e Luciana C. F. Dias Di Raimo, em “Prática de leitura em sala de aula a partir dos pressupostos foucaultianos”, propõem uma prática de leitura como processo discursivo para o Ensino Superior, a partir de uma materialidade audiovisual com a temática tecnologia na educação. Em “O Ensino Híbrido como modalidade de interação ativa e reflexão crítica: relato de uma experiência docente no Brasil”, Débora Montenegro Pasin e Heloísa Orsi Koch Delgado relatam exemplos de ações na área da educação mediada por tecnologias no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, e demonstram o uso do modelo híbrido de ensino em uma disciplina do curso de Licenciatura em Letras em uma universidade particular brasileira. Alexandre Gomes Soares, em “Desafios da gestão em educação a distância: uma análise a partir da visão do gestor”, apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo compreender os limites e possibilidades da gestão em curso a distância, com foco na percepção do gestor sobre sua gestão e sobre as consequências dela na atuação da equipe multidisciplinar de suporte. No artigo em inglês “Language learning in Blended And Tandem with Brazilian partners: flexible learning models”, Ulisses Oliveira compartilha uma experiência com um programa desenvolvido com enfoque na abordagem do blended learning, além de descrever uma mesclagem com o tandem learning num projeto piloto de uma disciplina curricular de Inglês na Escola de Negócios e Hospitalidade de uma universidade brasileira. Keyseane Santos da Silva, em “Análise reflexiva dos telecentros como espaços de inclusão digital no Amazonas”, discute a dimensão política e social dos telecentros comunitários em Manaus a partir da análise das políticas públicas de inclusão digital, assinalando pontos críticos e contribuindo para a compreensão da dinâmica de inclusão digital e desenvolvimento social no Amazonas. Wilkens Lenon Silva de Andrade, em “Reflexões sobre educação, sociedade e tecnologia, numa perspectiva libertadora”, analisa as contradições existentes entre a produção do conhecimento no contexto da cultura escolar, sobretudo no âmbito da academia, e a privatizazão do conhecimento a partir das novas práticas capitalistas no mundo globalizado. Em “Aplicativo digital: uma contribuição para o processo de ensino-aprendizagem”, Renata Barbosa Vicente e Matheus Yuri Bezerra da Silva Araújo apresentam a elaboração do aplicativo educacional “Escolinha do Letramento” e seu sistema de funcionamento para atender crianças quecursam entre o 1º e o 2º ano doensino fundamentalI. Sabrina Bagetti, Eunice Maria Mussoi e Elena Maria Mallmann, em “Fluência tecnológico-pedagógica na produção de Recursos Educacionais Abertos (REA)”, expõem resultados de uma investigação sobre as implicações da fluência tecnológico-pedagógica na produção de videoaulas no formato Recursos Educacionais Abertos (REA). Tiago Barbosa Souza e Maria Iara Zilda Návea da Silva Mourão, em “Ensinar francês por dispositivos móveis: uma experiência com Duolingo e WhatsApp”, relatam uma prática pedagógica que enfatizou o uso de ferramentas tecnológicas no ensino de língua francesa em uma universidade pública no ano de 2015.
Iniciamos a trilha “Semiótica e Tecnologia” com o artigo de Mário Sérgio Teodoro da Silva Junior, “Formas da expressão animatorial: o sentido dos movimentos na animação Disney”, no qual ele explora, dentro da perspectiva da semiótica discursiva, alguns conceitos de desenho animado, presentes na produção de filmes de animação dos estúdios da Walt Disney. Em “Castelo Rá-Tim-Bum: Das práticas educativas às formas de vida”, Carolina Mazzaron de Castro e Naiá Sadi Câmara analisam, também pela semiótica francesa, estratégias de interação do programa Castelo Rá-Tim-Bum, considerando-o como um gênero didático pedagógico produzido no universo de práticas educativas não formais. Juliane Bassanufa Oliveira e Carlos Francisco de Morais, em “Anna Karenina no cinema: o primeiro encontro de Anna e Vronski nos filmes de 1935, 1948 e 2012”, analisam a primeira cena de encontro entre Anna Karenina e Alexei Vronski nas adaptações cinematográficas de 1935 (Clarence Brown), 1948 (Julien Duvivier) e 2012 (Joe Wright) e do texto literário de Tolstói (1877), mostrando as diferentes formas de realizar adaptações. Mauriceia Silva de Paula Vieira, Paula Silva Abreu, em “Letramento multimodal e argumentação: análise de estratégias persuasivas no anúncio publicitário”, analisam, com base na Gramática do Design Visual, anúncios publicitários veiculados no YouTube, com vistas a compreender como os diferentes recursos semióticos contribuem para que o anúncio possa significar mais e atingir o público-alvo.
Na trilha “Produção Textual e Tecnologia”, o artigo de Jorge Fernando Barbosa do Amaral, “Arnaldo Antunes, poesia primitiva”, investiga, a partir da análise do poema “sem saída”, de Augusto de Campos, a poesia interativa, disponibilizada na internet, que tem como condição de desenvolvimento a interação direta com o interlocutor, além de analisar a poesia multimídia de Arnaldo Antunes a partir de seu exercício de manipulação dos recursos materiais da palavra. Por fim, em “Produção textual e autoria em ambiente virtual de aprendizagem: uma escrita dialógica”, Claudemir Sousa discute uma concepção dialógica de escrita, com base em uma interação virtual escrita de estudantes de uma universidade pública do estado de São Paulo, baseando-se nos pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin.
Desejamos a todos uma produtiva leitura desses textos que trazemos à luz nesta edição.
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Publicado
28-12-2017
Edição
Seção
Editorial
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Como Citar
Editorial. Texto Livre, Belo Horizonte-MG, v. 10, n. 2, p. i-ii, 2017. DOI: 10.17851/1983-3652.10.2.i-ii. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/textolivre/article/view/16757. Acesso em: 18 dez. 2024.