O NÃO LUGAR DA FORMAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA

REFLEXÕES À LUZ DA BNCC E DA BNC-FORMAÇÃO

Autores

Palavras-chave:

Conteúdos curriculares, Docentes em formação, Educação Ambiental

Resumo

Os lugares ocupados pelas discussões no currículo dizem muito sobre a intencionalidade e sobre os interesses que circundam os documentos norteadores da educação brasileira. À vista disso, e com base no aporte teórico relacionado ao pensamento complexo e à Educação Ambiental crítica, o presente estudo versa sobre a identificação do lugar ocupado pela formação ambiental na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na Base Nacional Comum para a formação inicial e continuada de professores da Educação Básica (BNC-Formação), verificando, por meio de um estudo documental e à luz da Análise Textual Discursiva, que o que de fato se delineia nos documentos mencionados e utilizados como fontes de análise é um não-lugar para a formação ambiental, convergindo, assim, para o silenciamento dos preceitos da Educação Ambiental crítica na Educação Básica e no Ensino Superior, este último no que diz respeito a cursos de licenciatura. Nesse sentido, os resultados desvelaram que a discussão socioambiental é objeto de generificação na BNCC e de invisibilização na BNC-Formação, demonstrando, desse modo, como tais documentos configuram-se como instrumentalizadores de uma formação reprodutora dos interesses da ordem dominante e do status quo e arraigada ao paradigma simplista e fragmentador da produção do conhecimento, o que impossibilita a percepção crítica e complexa da realidade.

Biografia do Autor

  • Aline Lima de Oliveira Nepomuceno, Universidade Federal de Sergipe

    Doutora em Educação (PPGED-UFS-2017), mestre em Educação (PPGEduc-UFRRJ-2012), graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) (UFS- 2009). Desempenha pesquisas junto ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental de Sergipe (GEPEASE-UFS), ao Projeto Sala Verde na UFS, ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade (GEPEADS-UFRRJ) e ao Grupo de Estudos em Educação Científica (GEPEC-UFS), atuando nas áreas de Educação Ambiental, Formação de Professores, Metodologias Participativas, Metodologias para o Ensino de Ciências e Biologia. É professora do ensino superior efetiva do Departamento de Biologia da UFS e membro permanente do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED) - UFS.

  • Monica Andrade Modesto, Universidade Federal de Sergipe

    Pedagoga. Mestra e Doutora em Educação. Professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe - Campus Prof. Alberto Carvalho. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental de Sergipe (GEPEASE/CNPq).

  • Mariana Reis Fonseca, Universidade Federal de Sergipe

    Professora de Ciências, Biologia e Educadora Ambiental. Mestranda em Educação pelo Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental de Sergipe (GEPEASE/CNPq).

  • Hevely Catharine dos Anjos Santos, Universidade Federal de Sergipe

    Bióloga Licenciada pela Universidade Federal de Sergipe. Mestranda no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental de Sergipe (GEPEASE/CNPq).

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Publicado

2021-12-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O NÃO LUGAR DA FORMAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA: REFLEXÕES À LUZ DA BNCC E DA BNC-FORMAÇÃO. (2021). Educação Em Revista , 37(1). https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/26552

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