v. 13 n. 24 (2019): Diários, correspondências, fotografias: a vida privada na cultura judaica
Apresentação
Christiane Stallaert (Universidade de Antuérpia, Bélgica), Eduardo França Paiva (Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil) e Lyslei Nascimento (Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil)
A Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG recebeu, neste dossiê, artigos de Bianca Bruel e Rosana Bines, que aproximou Paul Celan de Samuel Rawet, enfocando o acervo desse último e sua importância para a literatura brasileira; Carolina Bertin, que analisou o testemunho reinventado a partir de fotografias em Maus, de Art Spielgelman; Christine Lia e Katani Ruffato, que revelaram a importância das memórias do fotógrafo Sioma Breitman para a história judaica brasileira; Elcio Cornelsen, que analisou a gênese de O diário de Anne Franki, e apontou para esse livro como um legado para a humanidade; Filipe Menezes, que aproximou a violência cotidiana no diário de Anne Frank com o romance Diário da queda, de Michael Laub; Jorge de Freitas, que apresentou uma leitura do discurso “O meridiano”, de Paulo Celan; Lyslei Nascimento e Saul Kirschbaum, que efetuaram uma leitura comparada do romance Sob céus estranhos, de Ilse Losa, e Sob céus estranhos: uma história de exílio, de Daniel Blaufuks; Marta Topel, que, a partir de fotografias de família, refletiu sobre a memória, a pós-memória e a autobiografia; Natália Hateau, Maria Celina Lima, Marcio Acselrad, que analisaram a língua materna no exílio na obra de Aharon Appelfeld; e Sandra Almada Arantes, que analisou o ofício do escritor e o legado da tradição judaica em De amor e trevas, de Amos Oz. Os artigos de Abraham Shemesh, sobre dragões e unicórnios na Arca de Noé; Diego Rosain e Roberto Saya, com uma leitura da divindade na obra de Jorge Luis Borges; e Victor Pena, com um estudo sobre a linguagem mítica em O complexo Portnoy, de Philip Roth, também compõe este número. A edição publicou, ainda, os contos: “O caso dos descendentes de Lot”, de Juliano Klevanskis, e “No alfabeto obscuro”, de Maria José de Queiroz; as resenhas "O último Shabat de Oliver Sacks", de Breno Fonseca e “Ensaios contra a inércia da repetição e da neutralidade diante da Shoah”, de Paulo Rosenbaum; as crônicas: “Autobiografia”, de Meir Kucinski, “Quando Amós Oz chegou ao Brasil”, de Nancy Rozenchan, “Shoah: o indizível que força um dizer”, de Silvia Myssior, e “Minha Jerusalém”, de Uri Lam; a tradução do conto “Bat Israel (Uma filha de Israel), de Yaacov Steinberg, realizada por Gabriel Steinberg; os poemas: “Olhos” e “Depois de Auschwitz”, de Yehuda Amichai, com tradução de Moacir Amâncio; as tiras: “No ventre, Esaú e Jacó” e “Por uma sopa de beterraba”, de Adam Grzybowski e Luis Goldman; e a arte “Razão dos sonhos”, de Vlad Eugen Poenaru.