Princípios de Design Sobre o uso do Facebook Como Mediação Para Discutir Temas de Física na Escola
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2022u12431264Palavras-chave:
Ensino de Física, Princípios de Design, FacebookResumo
Este artigo é uma Pesquisa em Design Educacional (PDE), cujo compromisso é desenvolver contribuições teóricas e soluções práticas, simultaneamente, em contextos reais, em conjunto com as partes interessadas. Por isso, buscou-se estudar alternativas, com o uso das TDIC, para problemas sobre o ensino de física, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). O objetivo deste trabalho envolveu a análise de uma intervenção e construção de princípios de Design sobre a aprendizagem do tema da relatividade do tempo, na Física de Einstein, com o uso do Facebook como suporte para mediar as discussões. Para tal, usamos as quatro fases do processo de desenvolvimento de intervenções com o uso das TDIC apontadas por Reeves (2000) dentro do escopo do referencial da PDE. Os resultados mostram que houve desenvolvimento da equipe, ao observarmos as decisões que foram necessárias ao longo do processo. Observou-se que, para atingir uma meta sob um conjunto de restrições, houve a necessidade de desenvolver um entendimento sobre as próprias metas e restrições para as quais está se projetando, além de observar melhor os recursos disponíveis para a construção de um design. Identificamos um desenvolvimento em duas categorias: Habilidade para contornar as dificuldades, em vez de desistir; e capacidade de reavaliar a influência do contexto do design. Por fim, construiu-se seis princípios que podem orientar novas atividades em contextos similares.
Referências
Barnett, M., Keating, T., Harwood, W., & Saam, J. (2002). Using Emerging Technologies To Help Bridge The Gap Between University Theory And Classroom Practice: Challenges And Successes. School Science And Mathematics, 102(6), 299–312. https://doi.org/10.1111/j.1949-8594.2002.tb17887.x
Blonder, R., & Shelley, R. (2015). I Like Facebook: Exploring Israeli High School Chemistry Teachers’ Tpack And Self-Efficacy Beliefs. Education and Information Technologies, 22, 697–724. http://dx.doi.org/10.1007/s10639-015-9384-6
Braaten, M., & Windschitl, M. (2011). Working Toward A Strong Conceptualization Of Scientific Explanation For Science Education. Science Education, 95(4), 639–669. https://doi.org/10.1002/sce.20449
Chassot, A. (2000). Alfabetização Científica: Questões E Desafios Para A Educação. Editora Unijuí.
Coll, M., & Monereo, C. (Orgs.) (2010). Psicologia Da Educação Virtual: Aprender E Ensinar Com As Tecnologias Da Informação E Comunicação. Armed.
Diogo, R. C., & Gobara, S. T. (29 de Janeiro–02 de Fevereiro, 2007). Sociedade, Educação E Ensino De Física No Brasil: Do Brasil Colônia Ao Fim Da Era Vargas. XVII Simpósio Nacional De Ensino De Física, São Luís, Maranhão.
Edelson, D. C. (2002.). Design Research: What We Learn When We Engage In Design. The Journal of the Learning Science, 11(1), 105–121. https://doi.org/10.1207/S15327809JLS1101_4
Engeström, Y. (1999). Innovative Learning In Work Teams: Analyzing Cycles Of Knowledge Creation In Practice. In Y. Engeström, R. Miettinen, & R-J. Punamäki (Eds.), Perspectives On Activity Theory (pp. 377–404). Cambridge University Press.
Engeström, Y., & Sannino, A. (2010). Studies Of Expansive Learning: Foundations, Findings And Future Challenges. Educational Research Review, 5(1), 1–24. https://doi.org/10.1016/j.edurev.2009.12.002
Engeström, Y., & Sannino, A. (2011). Discursive Manifestations Of Contradictions In Organizational Change Efforts: A Methodological Framework. Journal Of Organizational Change Management, 24(3), 368–387. https://doi.org/10.1108/09534811111132758
Engeströn, Y. (2012). Aprendizagem Expansiva: Por Uma Conceituação Pela Teoria Da Atividade. In K. Illeris (Org.), Teorias Contemporâneas Da Aprendizagem (pp. 68–90). Editora Penso.
Enyedy, N., & Hoadley, C. M. (2006). From Dialogue To Monologue And Back: Middle Spaces In Computer-Mediated Learning. Computer-Supported Collaborative Learning, 1, 413–439. https://doi.org/10.1007/s11412-006-9000-2
Friedman, A. J., & Ginsburg, A. (2013). Monitoring What Matters About Context And Instruction In Science Education: A Naep Data Analysis Report. https://www.nagb.gov/reports-media/reports/monitoring-what-matters.html
Gaspar, A. (2004). Cinquenta Anos De Ensino De Física. Educação: Revista De Estudos Da Educação, Ano 13, (21), 71–91.
Gunawardena, C. N., Lowe, C. A., & Anderson, T. (1997). Analysis Of A Global Online Debate And The Development Of An Interaction Analysis Model For Examining Social Construction Of Knowledge In Computer Conferencing. Journal Of Educational Computing Research, 17(4), 397–431. https://doi.org/10.2190/7MQV-X9UJ-C7Q3-NRAG
Henri, F. (1992). Computer Conferencing And Content Analysis. In A. R. Kaye (Ed.), Collaborative Learning Through Computer Conferencing (pp. 117–136). Springer-Verlag.
Lemke, J. L. (1990). Talking Science: Language, Learning, And Values. Greenwood Press.
Maltese, A. V., & Tai, R. H. (2010). Eyeballs In The Fridge: Sources Of Early Inter. International Journal of Science Education, 32(5), 669–685. https://doi.org/10.1080/09500690902792385
Mcneill, K. L., Lizotte, D. J., Krajcik, J., & Marx, R. W. (2006). Supporting Students’ Construction Of Scientific Explanations By Fading Scaffolds In Instructional Materials. Journal Of The Learning Sciences, 15(2), 153–191. https://doi.org/10.1207/s15327809jls1502_1
Mckenney, S., & Reeves, T. (2012). Conducting Educational Design Research. Routledge.
Mckenney, S. & Reeves, T. C. (2019). Conducting Educational Design Research (2nd ed.). Routledge.
Mckenney, S., Nieveen, N., & Van den Akker, J. (2006). Design Research From A Curriculum Perspective. In J. Van den Akker, K. Gravemeijer, S. McKenney, & N. Nieveen (Eds.), Educational Design Research (pp. 67–90). Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203088364
Mishra, P., & Koehler, M. (2006). Technological Pedagogical Content Knowledge: A Framework For Teacher Knowledge. Teachers College Record, 108(6), 1017–1054. https://doi.org/10.1111/j.1467-9620.2006.00684.x
Moreira, M. A. (2018). Uma Análise Crítica Do Ensino De Física. Estudos Avançados, 32(94), 73–80. https://doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0006
Mwanza, D. (2001, June 09–13). Where Theory Meets Practice: A Case For An Activity Theory-Based Methodology To Guide Computer System Design. Proceedings Of Interact’ 2001: Eighth Ifip Tc 13 Conference On Human-Computer Interaction, Tokyo, Japan.
Nieveen, N., Mckenney, S., & Van den Akker, J. (2006). Educational Design Research: The Value Of Variety. In J. Van den Akker, K. Gravemeijer, S. McKenney, & N. Nieveen (Eds.), Educational Design Research (pp. 151–158). Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203088364
Nieveen, N. (2009). Formative Evaluation In Educational Design. In T. Plomp, N. Nieveen (Eds.), An Introduction To Educational Design Research (pp. 89–101). Slo.
Nolan, C. (Direção). (2014). Interstelar [Filme]. Warner Bros.
Ogborn, J., Kress, G., Martins, I., & Mcgillicuddy, K. (1996). Explaining science in the classroom. Open University Press.
Osborne, J., & Dillon, J. (2008). Science Education In Europe: Critical Reflections. The Nuffield Foundation.
Pedrisa, C. M. (2001). Características Históricas Do Ensino De Ciências. Ciências em Foco, 1(1), 1–7. https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cef/article/view/9161
Pimentel, D. S., & Mcneill, K. L. (2013). Conducting Talkin Secondary Science Classrooms: Investigating Instructional Moves And Teachers’ Beliefs. Science Education, 97(3), 367–394. https://doi.org/10.1002/sce.21061
Plomp, T., Nieveen, N., Nonato, E., & Matta, A. (2018). Pesquisa-Aplicação Em Educação: Uma Introdução. Artesanato Educacional Ltda.
Rap, S., & Blonder, R. (2016). Let’s Face(Book) It: Analyzing Interactions In Social Network Groups For Chemistry Learning. Journal of Science Education and Technology, 25, 62–76. https://doi.org/10.1007/s10956-015-9577-1
Reeves, T. C. (2000). Socially Responsible Educational Technology Research. Educational Technology, 40(6), 19–28. http://www.jstor.org/stable/44428634
Reeves, T. C. (2006). Design Research From A Technology Perspective. In J. Van den Akker, K. Gravemeijer, S. McKenney, & N. Nieveen (Eds.), Educational Design Research (pp. 52–66). Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203088364
Rogoff, B. (1998). Observando A Atividade Sociocultural Em Três Planos: Apropriação Participatória, Participação Guiada E Aprendizado. In J. V. Wertsch, P. Del Río, A. Alvarez, A. (Eds.), Estudos Socioculturais Da Mente (pp 123–142). Artmed.
Rogoff, B. (2005). A Natureza Cultural Do Desenvolvimento Humano. Artmed.
Rosa, C. W., & Rosa, A. B. (2005). Ensino De Física: Objetivos E Imposições No Ensino Médio. Revista Electrónica De Enseñanza De Las Ciencias, 4(1), 1–18. http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen4/ART2_Vol4_N1.pdf
Rosa, C. W., & Rosa, A. B. (2007). Ensino Da Física: Tendências E Desafios Na Prática Docente. Revista Iberoamericana De Educación, 43(1), 1–12. https://rieoei.org/RIE/article/view/2343
Rosa, C. W., & Rosa, A. B. (2012). O Ensino De Ciências (Física) No Brasil: Da História Às Novas Orientações Educacionais. Revista Ibero-Americana De Educação, 58(2), 1–24. https://doi.org/10.35362/rie5821446
Santaella, L. (2013). Leitor Prossumidor: Desafios Da Ubiquidade Para A Educação. Revista Ensino Superior Unicamp. https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/artigos/desafios-da-ubiquidade-para-a-educacao
Wang, F., & Hannafin, M. J. (2005). Design-Based Research And Technology-Enhanced Learning Environments. Education Technology Research And Development, 53(4), 5–23. https://doi.org/10.1007/BF02504682
Wertsch, J. V. (2008). The Narrative Organization Of Collective Memory. Ethos, 36(1), 120–135. https://www.jstor.org/stable/20486564
Wertsch, J. V., Del Río, P., & Alvarez, A. (1998). Estudos Socioculturais Da Mente. Artmed.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Raul dos Santos Neto, Susan McKenney, Miriam Struchiner
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores são responsáveis pela veracidade das informações prestadas e pelo conteúdo dos artigos.
Os autores que publicam neste periódico concordam plenamente com os seguintes termos:
- Os autores atestam que a contribuição é inédita, isto é, não foi publicada em outro periódico, atas de eventos ou equivalente.
- Os autores atestam que não submeteram a contribuição simultaneamente a outro periódico.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à RPBEC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores atestam que possuem os direitos autorais ou a autorização escrita de uso por parte dos detentores dos direitos autorais de figuras, tabelas, textos amplos etc. que forem incluídos no trabalho.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Em caso de identificação de plágio, republicação indevida e submissão simultânea, os autores autorizam a Editoria a tornar público o evento, informando a ocorrência aos editores dos periódicos envolvidos, aos eventuais autores plagiados e às suas instituições de origem.