Necessidades Formativas de Professores de Química para a Inclusão de Alunos com Deficiência Visual

Authors

DOI:

https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2017173853

Keywords:

Necessidades Formativas, Alunos com deficiência visual, Ensino de Química.

Abstract

Este trabalho tem por objetivo discutir as necessidades formativas de professores de Química, para a inclusão de alunos com deficiência visual. Os dados foram constituídos a partir do levantamento bibliográfico sobre a temática estudada, por meio de entrevistas com pesquisadores da área do Ensino de Ciências e mediante a análise dos currículos dos cursos de licenciatura em Química, vigentes nas Instituições Federais de Ensino superior, a fim de identificar e analisar as disciplinas de Educação Especial e Inclusiva presentes nos referidos cursos. Para a análise destes dados utilizamos a metodologia de Análise Textual Discursiva. Constatamos através da análise dos dados, que a formação dos professores de Química deve contemplar a discussão sobre a dependência da visão na abordagem de conceitos químicos; o contexto comunicacional a ser adotado, que considere a presença destes alunos em sala de aula; e a reflexão sobre a realização de atividades comuns para alunos com e sem deficiência visual.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Tatiane Estácio de Paula, Instituto Federal Catarinense - Campus Avançado Sombrio

Licenciada em Química pela pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória em 2012, Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela UFPR em 2015 e atua desde 2016 como professora na área de Ensino de Química no Instituto Federal catarinense - Campus Avançado Sombrio-SC.

Orliney Maciel Guimarães, Universidade Federal do Paraná

Professora Titular/Pesquisadora do Departamento de Química da UFPR desde 1992, Doutora em Ciências pela USP de São Carlos, orientadora no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da UFPR de 2010-2014 e atualmente no Programa de Pós-Graduação em Educação.

Camila Silveira da Silva, Universidade Federal do Paraná

Licenciada em Química pela UNESP de Araraquara, Mestre e Doutora em Educação para a Ciência pela Unesp - Bauru (2012). Professora do Departamento de Química da UFPR, onde atua desde 2013 e orientadora no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática da Universidade Federal do Paraná (2014).

References

Aguiar, M. V. F., & Lima, M. C. B. (2011). Como pensam os professores de Física de um colégio público em relação ao Ensino de Física para deficientes visuais. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências. Campinas, SP.
Anjos, P. T. A., & Camargo, E. P. (2011). Didática Multissensorial e o Ensino Inclusivo de Ciências. Revista de la Facultad de Ciencia y Tecnologia, 17(n. especial), 192–196.
Antunes, K. C. V., & Glat, R. (2011). Formação de professores na perspectiva da Educação Inclusiva: os cursos de pedagogia em foco. In M. D., Pletsch & A., Damasceno (Org.). Educação Especial e Inclusão Escolar: reflexões sobre o fazer pedagógico. Seropédica: Edur/UFRRJ, 188–201.
Aragão, A. S., & Silva, G. M. (2010). Reflexões de uma licenciada em Química sobre a Inclusão Escolar de alunos com Deficiência Visual. In XV Encontro Nacional do Ensino de Química. Brasília, DF.
Aranha, M. S. F. (2002). Formando Educadores para a Escola Inclusiva. Brasília: MEC/ SED.
Batista, M. A. R. S., Field’s, K. A., Silva, L., & Benite, A. M. C. (2011). O diário virtual coletivo: um recurso para investigação da formação de professores de ciências de deficientes visuais. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Campinas, SP.
Benite, C. R. (2011). Formação e Docência em Rede Social: Estudos sobre a Inclusão Escolar e o Pensar Comunicativo. (Tese de Doutorado em Química). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
Bertalli, J. G. (2010). Ensino de Geometria Molecular, para alunos com e sem deficiência visual, por meio de um modelo atômico alternativo. (Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências). Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul.
Beyer, H. O. A. (2003). A Educação Inclusiva: incompletudes escolares e perspectivas de ação. Santa Maria. Cadernos de Educação Especial, (22), 1–8, 2003.
Camargo, E. P. (2010). A Comunicação como barreira á inclusão de alunos com deficiência visual em aulas de mecânica. Ciência & Educação, 16(1), 258–275.
Camargo, E. P. (2012). Saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas de Física. São Paulo: UNESP.
Camargo, E. P., Beneti, A. C., Molero, I. A., Nardi, R., & Sutil, N. (2009). Inclusão no Ensino de Física: Materiais adequados ao Ensino de Eletricidade para Alunos com e sem Deficiência visual. In XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física. Vitória, ES.
Camargo, E. P., & Nardi, R. (2008). O emprego de linguagens acessíveis para alunos com deficiência visual em aulas de Óptica. Revista Brasileira de Educação Especial, 14(3), 405–426.
Camargo, E. P., & Nardi, R. (2007). Dificuldades e alternativas encontradas por licenciandos para o planejamento de atividades de ensino de óptica para alunos com deficiência visual. Revista Brasileira de Ensino de Física, 29(1), 115–126.
Camargo, E. P., Nardi, R., & Lippe, E. M. O. (2009). Panorama das dificuldades e viabilidades para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas de termologia. In 2° Congresso Brasileiro de Educação. Bauru, SP.
Camargo, E. P., Nardi, R., & Verastzo, E. V. (2008). A comunicação como barreira na inclusão o de alunos com deficiência visual em aulas de óptica. Revista Brasileira de Ensino de Física, 30(3), 3401.1–3401.13.
Dechichi, C. (2001). Transformando o Ambiente da Sala de Aula em um Contexto Promotor do Desenvolvimento do Aluno Deficiente Mental. (Tese de Doutorado em Psicologia da Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Duarte, C. S. B. (2009). Análise das Necessidades de Formação Contínua de Professores dos Cursos de Educação e Formação. (Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação) Universidade de Lisboa, Lisboa.
Duk, C. (2005). Educar na diversidade: material de formação docente. Brasília: MEC/ SEESP.
Ferreira, A. C., & Dickman, A. G. (2007). Ensino de Física à Estudantes Cegos na Perspectiva dos professores. In VI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, SC.
Gibbs, G. (2009). Análise de Dados Qualitativos. Tradução de: Costa, Roberto Cataldo. Porto Alegre: Artmed.
Gonçalves, F. P., Regiani A. M., Auras, S. R., Silveira, T. S., Coelho, J. C., & Hobmeier, A. K. T. (2013). Educação Inclusiva na Formação de Professores e no Ensino de Química: A Deficiência Visual em Debate. Química Nova na Escola, 35(4), p. 264–271.
IFAP (2010). Projeto Plano do Curso Superior de Licenciatura em Química do Instituto Federal do Amapá. Recuperado de http://www.ifap.edu.br/index.php/cursos/graduacao.
IFB (2014). Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Brasília. Recuperado de http://www.ifb.edu.br/estude-no-ifb/3435.
IFBA (2014). Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal da Bahia. Recuperado de http://portal.ifba.edu.br/conquista/capas-e-paginas-menu-cursos/licenciatura-em-quimica.
IFRN (2009). Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Recuperado de http://portal.ifrn.edu.br/antigos/ipanguacu/arquivos/Licenciatura_Quimica_jun2009.pdf
Johnstone, A. H. (1993). The Development of Chemistry Teaching: a changing response to changing demand, Journal of Chemical Education, 70(9), 701–705. A
Libardi, H., Pedroso, A. P., Mendes, T. P., Braz, F. F., & Oliveira, G. A. (2011). O Pibid e a educação inclusiva de alunos com deficiência visual: materiais manipulativos e linguagem matemática para o ensino de ciências. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Campinas, SP.
Lima, M. C. B., & Castro, G. F. (2012). Formação inicial de professores de Física: a questão da inclusão de alunos com deficiências visuais no ensino regular. Ciência & Educação, 18(1), 81–98. Artigo periódico eletrônico.
Lima, M. C. B., & Machado, M. A. D. (2011). As representações sociais dos licenciandos de física referentes à inclusão de deficientes visuais. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 13(3), 19–131.
Lippe, E. M. O. (2010). Ensino de Ciências e Deficiência Visual: Uma investigação das percepções das professoras de ciências e da sala de recursos com relação à inclusão. (Dissertação de Mestrado em Educação para a Ciência). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências, Bauru.
Lüdke, M. & André, M. E. D. A. (2013). Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: EPU.
Mello, E. M. (2013). O professor, Alunos Cegos e a Linguagem Matemática. Revista Paranaense de Ensino de Matemática, 2(2), 132–143.
Mendes, E. G. (2006). A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista Brasileira de Educação. 11(33), 387–405.
Ministério da Educação (2006). Saberes e Práticas da Inclusão: Desenvolvendo Competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com baixa visão. 2. ed. Brasília: MEC/SEESP.
Ministério da Educação (2008). Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP.
Ministério da Educação (2015). Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília: MEC/CNE/CP.
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2013). Análise Textual Discursiva. 2. ed. Ijuí: Unijuí.
Nunes, B. C., Duarte, C. B., Padim, D. F., Melo, I. C., Almeida, J. L., & Teixeira Júnior, J. G. (2010). Propostas de atividades experimentais elaboradas por futuros professores de Química para alunos com deficiência visual. In XV Encontro Nacional do Ensino de Química. Brasília, DF.
Passoni, I. R., & Garcia, J. C. D. (2008). Tecnologias Assistivas nas Escolas. São Paulo: Instituto de Tecnologia Social. Brasília: MEC.
Pimentel, S. C. (2012). Formação de professores para a inclusão: Saberes necessários e percursos formativos. In T. G., Miranda., T. A., Glavão Filho. O professor e a Educação Inclusiva: Formação, Práticas e Lugares (pp. 139–157). Salvador: EDUFBA.
Pires, L. A. (2013). O Projeto “Ensino de Química para alunos com deficiência visual” da UnB: 8 anos depois. (Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Química). Universidade Estadual de Brasília, Brasília.
Pires, R. F. M. (2010). Proposta de Guia para apoiar a prática pedagógica de professores de Química em sala de aula inclusiva com alunos que apresentam Deficiência Visual (Dissertação de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências). Universidade de Brasília, Brasília.
Pletsch, M. D. (2009). A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes políticas e resultados de pesquisas. Educar, Curitiba, 33(1), 143–156.
Prieto, R. G. (2006). Atendimento Escolar de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais: Um Olhar Sobre as Políticas Públicas e a Educação no Brasil. In M. T. E., Mantoan, R. G. Prieto & V. A, Arantes. Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos. (pp. 31–73). São Paulo: Summus.
Raposo, P. N., & Mól, G. de S. (2010). A Diversidade para Aprender Conceitos Científicos: a ressignificação do Ensino de Ciências a partir do trabalho pedagógico com alunos cegos. In W. L. P., Santos &, O. A., Maldaner. Ensino de Química em Foco. 4 ed. (pp. 287–311). Ijuí: Unijuí.
Razuck, R. C. S. R., Guimarães, L. B., & Rotta, J. C. (2011). O Ensino de Modelos Atômicos a deficientes visuais. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Campinas, SP.
Regiani, A. M., & Almeida, M. P. (2012). Formação de Professores de Química na perspectiva da inclusão de alunos cegos. In XVI Encontro Nacional do Ensino de Química. Salvador, BA.
Regiani, A. M., & Mól, G. S. (2013). Inclusão de uma aluna cega em um curso de licenciatura em Química. Ciência & Educação, 19(1), 123–134.
Retondo, C. G., & Silva, G. M. (2008) Ressignificando a Formação de Professores de Química para a Educação Especial e Inclusiva: Uma História de Parcerias. Química Nova na Escola, 30(1), 27–33.
Rodrigues, D. (2008). Desenvolver a Educação Inclusiva: Dimensões do Desenvolvimento Profissional. Inclusão. Revista da Educação Especial, 4(2), 8–16.
Sassaki, R. K. (2005). Inclusão: o paradigma do século 21. Inclusão: Revista da Educação Especial, 1(1), 19–23.
Sassaki, R. K. (2010). Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de janeiro: WVA, 8ª ed.
Silva, M. O. E. (2008). Inclusão e Formação Docente. Revista Científica, 10(2), p. 479–498.
Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a Pesquisa Qualitativa em Educação. São Paulo: Atlas.
Vitaliano, C. R. V., & Manzini, E. J. (2010). A Formação Inicial de Professores para a Inclusão de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. In C. R. Vitaliano. Formação de professor para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (pp. 50–112). Eduel: Londrina.
Vitaliano, C. R., & Valente, S. M. P. (2010) A formação de professores reflexivos como condição necessária para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. In C. R, Vitaliano. Formação de professor para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (pp. 38–48). Eduel: Londrina.

Published

2017-12-20

How to Cite

de Paula, T. E., Guimarães, O. M., & Silva, C. S. da. (2017). Necessidades Formativas de Professores de Química para a Inclusão de Alunos com Deficiência Visual. Brazilian Journal of Research in Science Education, 17(3), 853–881. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2017173853