Brazil for what/to whom?

Authors

DOI:

https://doi.org/10.35699/2525-8036.2023.46040

Keywords:

Brazil, Nation, Darcy Ribeiro, Brasilianity, Philosophy of the State

Abstract

To think about a given nation is to recognize and dispute it at the same time. To understand the general framework of power which constitute and fight for brasilianity is a task that belongs solely to the Philosophy of the State, enriched by all scientific contributions which allows it to do so. This article seeks to carry out a reading of Brazil in three moments that all continue to act and dispute, by themselves or by agents, the meaning of true brasilianity. Brazil in-itself is a nation of affections and pain, a people whose rich traditions enchants and whose hardships arouse interest, its projects are of timid external projection and a sense of leaving itself to the existence of its people alone. Brazil for-itself, in turn, is a mercantile nation, intrepid and rational, albeit profoundly violent, and whose projects are based on maintaining Brazil’s insertion in a world economic order in which our position is already given. Brazil in-itself-for-itself emerges between the previous two, and is a nation of passions and joy, a people whose traditions amalgamate and ceaselessly reconnect to form the new, and whose projects seeks to guarantee a place for Brazil in the world for its uniqueness and pridefulness. Understanding the extent to which one or another dimension of the Brazilian nation conquers political power and what kind of projects it outlines for the future of our State seems to be an essential exercise for us to become aware of the central power dynamics in Brazil and, eventually, position ourselves accordingly in face of the demands and perspectives of each one of them.

Author Biography

  • Hugo Rezende Henriques, Universidade Federal de Uberlândia

    Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, Brasil. É doutor em Direito pela UFMG, mestre em Direito pela USP, Mestre em Biologia pela USP, bacharel em Direito pela USP e bacharel em Biologia pela UFMG. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4629-270X. Contato: hugohenriques@ufu.br.

References

ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

BALESTRA, Vinícius Batelli de Souza; HENRIQUES, Hugo Rezende. As três caravelas ou de Peri, pelo Abapuru, aos mais doces bárbaros: contribuições para uma história da cultura brasileira. Revista de Ciências do Estado. Belo Horizonte, v. 4, n. 2, p. 01-17, 2019.

BARROSO, Gustavo. Brasil, colônia de banqueiros: história dos empréstimos de 1824 a 1934. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1934.

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

CABRAL, Severino. Brasil Megaestado: nova ordem mundial multipolar. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.

CALDEIRA, Jorge. A nação mercantilista: ensaio sobre o Brasil. São Paulo: Editora 34, 1999.

CALDEIRA, Jorge. História do Brasil com empreendedores. São Paulo: Mameluco, 2009.

CASTRO, Ruy. Metrópole à beira-mar: o Rio moderno dos anos 1920. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1998.

D’HONDT, Jacques. Hegel. Lisboa: Edições 70, 1999.

DRUMMOND DE ANDRADE. Em face dos últimos acontecimentos. In: DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Brejo das almas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

ECO, Umberto. O nome da rosa. Trad. Aurora Fornoni Bernardini; Homero Ereitas de Andrade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. São Paulo: Globo, 2012.

FAUSTO, Boris. A revolução de 1930: historiografia e História. São Paulo: Companhia das letras, 1997.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.

GADAMER, Hans-Georg. A atualidade do belo: a arte como jogo, símbolo e festa. Trad. Celeste Ainda Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1985.

GURGEL, Cristina. Doenças e curas: o Brasil nos primeiros séculos. São Paulo: Contexto, 2010.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Filosofia da História. Trad. Maria Rodrigues e Hans Harden. Brasília: Editora UnB, 1995.

HENRIQUES, Hugo Rezende; AMORIM, Stephane Bragança. O ódio ao parlamento: organização do Estado na alvorada da República brasileira. In: SALGADO, Karine; et. al. [orgs.]. Virtudes da República. Belo Horizonte: Initia Via, 2019.

HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.

HOLANDA, Sérgio Buarque. Visão do paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2000.

HORTA, José Luiz Borges. História do Estado de Direito. São Paulo: Alameda, 2011.

LYNCH, Christian Edward Cyril. Da monarquia à oligarquia: história institucional e pensamento político brasileiro [1822-1930]. São Paulo: Alameda, 2014.

LYNCH, Christian Edward Cyril. Necessidade, urgência e contrafactualidade: a queda do Império reconsiderada. Topoi. Rio de Janeiro, v. 19, n. 38, p. 190-21, mai./ago., 2018.

MARTINS, Wilson. História da inteligência brasileira [v. I – 1550-1794]. São Paulo: T.A. Queiroz, 1992.

MEIRELLES, Cecilia. Romanceiro da Inconfidência. São Paulo: Global, 2013.

MOUFFE, Chantal. Sobre o político. Trad. Fernando Santos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2015.

NABUCO, Joaquim. Discursos Parlamentares. São Paulo: Instituto Progresso, 1949.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A gaia ciência. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

NOBREGA, Manoel. Cartas Jesuíticas: cartas do Brasil [1549-1560]. Salvador: Edição P55, 2021.

OLIVEIRA VIANA, Francisco José de. Instituições políticas brasileiras. Brasília: Editora do Senado Federal, 1999.

ORTEGA Y GASSET, José. O homem e os outros. Trad. Felipe Denardi. Campinas: Vide Editorial, 2017.

PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012.

QUEIROZ, Rachel. O quinze. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2016.

RIBEIRO, Darcy. Aos trancos e barrancos: como o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1985.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1995.

SALGADO, Joaquim Carlos. Estado Ético e Estado poiético. Revista do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, v. 27, n. 2, p. 37-68, abr./jun., 1998.

SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil [1500-1627]. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1954.

SIMAS, Luis Antonio. Umbandas: uma história do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2021.

SONHOS. Direção: Akira Kurosawa. Produção: Akira Kurosawa USA. Japão/EUA: Warner Bros, 1990, DVD.

SOUZA NETO, Cézar Carodso. Reforma guibelina: o Concílio Vaticano II à luz da Filosofia do Estado e da Filosofia da Cultura. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2017, (Tese, Doutorado em Direito).

SOUZA, Octávio Tarquínio. Fatos e personagens em torno de um regime: história dos fundadores do Império do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.

VIEIRA, Padre Antônio. História do Futuro [v. 1]. Belém: UNAMA, sem data.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. Trad. Mário Moraes. São Paulo: Martins Claret, 2016.

Published

2023-06-23

How to Cite

Brazil for what/to whom?. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 8, n. 1, p. 1–23, 2023. DOI: 10.35699/2525-8036.2023.46040. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e46040. Acesso em: 19 dec. 2024.

Similar Articles

1-10 of 109

You may also start an advanced similarity search for this article.