Esta é uma versão desatualizada publicada em 2024-05-09. Leia a versão mais recente.

O graffiti do rio de Belém (PA)

o signo visual da arte na Ilha do Combu

Autores

  • Will Montenegro Teixeira Faculdade Paraense de Ensino (Fapen) e Faculdade Pan Amazônica (Fapan)
  • Lucilinda Ribeiro Teixeira Universidade da Amazônia (Unama)
  • José Ferreira Junior Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-2046.2024.45234

Palavras-chave:

graffiti, Street River, Ilha do Combu, interseção, significação

Resumo

Este artigo analisa o graffiti com o foco na produção de sentido e na construção de significados, produzidos pelo projeto Street River, na Ilha do Combu, em Belém (PA). O escopo teórico está baseado pelas filosofias de Peirce (2017) e Dewey (2010) e subsidiados por Santaella (1994, 1995, 2002, 2004, 2006, 2012, 2013, 2017, 2019, 2020), Santaella e Nöth (2001, 2017), Silva (2014), Cauquelin (2007, 2005). A abordagem metodológica, com base na semiótica aplicada, ocorreu por intermédio de pesquisas exploratória, descritiva e explicativa, com coleta de dados em pesquisas documental, bibliográfica e de campo. O artigo conclui que a interação é o ponto da confluência da interseção e o ingrediente da experiência no qual a significação se faz presente.

Biografia do Autor

  • Will Montenegro Teixeira, Faculdade Paraense de Ensino (Fapen) e Faculdade Pan Amazônica (Fapan)

    Doutor em Comunicação, Linguagens e Cultura pela Universidade da Amazônia (Unama). Mestre em Ciências Sociais - área de concentração em Sociologia - pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Artes Visuais: Cultura e Criação pelo Senac (Senac/RJ). Pós-graduado em Aperfeiçoamento para a Sustentabilidade e Responsabilidade Social pela Fundação Dom Cabral (FDC/MG). Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade da Amazônia (Unama). Professor adjunto nos cursos de graduação da Faculdade Paraense de Ensino (Fapen) e da Faculdade Pan Amazônica (Fapan). Pesquisador do grupo de pesquisa Comunicação, linguagens, discursos e memórias na Amazônia da UFPA (certificado pelo CNPq). Integrante do grupo de pesquisa Interfaces do Texto Amazônico (Gita) da Unama (certificado pelo CNPq).

  • Lucilinda Ribeiro Teixeira, Universidade da Amazônia (Unama)

    Estágio pós-doutoral pela Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3. Doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Tem licenciatura plena em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora titular da Universidade da Amazônia (Unama), exercendo a docência nos cursos de graduação em Letras e em Moda. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (Mestrado e Doutorado) da Unama, atuando na linha de pesquisa Linguagem, Identidade e Cultura da/na Amazônia. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: Processos de Criação Literária e Artística, Apropriação, Semiótica, Literatura e Criação.

  • José Ferreira Junior, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

    Pós-Doutorado em Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Estágio pós-doutoral na Université Sorbonne Nouvelle (2022). Doutor e mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Graduado em Comunicação Social, habilitação Jornalismo, pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professor titular da graduação em Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult) da Universidade Federal do Maranhão, exercendo a função de docente permanente na Linha de Pesquisa Expressões e Processos Socioculturais. Docente permanente e ex-coordenador do Programa do Pós-Graduação em Comunicação (Mestrado Profissional - PPGCOMPro), da UFMA, campus São Luís.

Referências

ALMEIDA, M. de S. Elaboração de projeto, TCC, dissertação e tese: uma abordagem simples, prática e objetiva. São Paulo: Atlas, 2011.

APOLLINARIO, Fábio. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

ASSIS, S. A. B de. Mulheres Artistas: narrativas, poéticas, subversões e protestos do feminino na arte contemporânea paraense. 2012. 128 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes). Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Arte. Belém, 2012.

BATALHA, E. de J. F. Espaço público e movimento Hip Hop: Batalhas de MCs, identidade, sociabilidade e cidadania em Belém, Pará. 2019. 171 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido). Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos. Belém, 2019.

BORGES, D. D. Entre a cenarização e a realidade: construções de sentido na internet sobre a ilha do Combu na Amazônia Paraense. 2020. 96 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura). Universidade da Amazônia, Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. Belém, 2020.

CAMPOS, S. M. C. T. L. A imagem como método de pesquisa antropológica: um ensaio de antropologia visual. In: Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo, 6, p. 275-286, 1996. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.1996.109274. Acesso: 31 jan. 2023.

CANCLINI, N. G. Culturas Híbridas - estratégias para entrar e sair da modernidade.Tradução de Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: EDUSP, 2003.

CAUQUELIN, A. A invenção paisagem. São Paulo: Martins, 2007.

CAUQUELIN, A. Arte contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins, 2005.

CHAVES RODRIGUES, A. F. A. A produção do espaço pelo e para o turismo na Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu (Belém-Pará). 332 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido). Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Belém, 2018

DENCKER, A. de F. M.; VIA, S. C. da. Pesquisa empírica em ciências humanas (com ênfase em comunicação). São Paulo: Futura, 2001.

FARTHING. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.

COSME, P. B. Entre a cultura popular e arte urbana: A cidade de São Caetano de Odivelas – Pará nos murais contemporâneos de And Santtos e Adriano DK. 2020. 183 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação). Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2020.

DEWEY, J. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

FERREIRA, L. C. L. Manas: Mulheres negras construindo o Movimento Hip Hop em Belém do Pará. 2019. 349 páginas. Tese (Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia). Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2019.

FERREIRA, L. C. L. “E aí, vai ficar de toca? Cola com nós”: lata na mão, grafiteiros na rua, arte nas paredes: a juventude grafiteira em Belém. 2013. 263 páginas. Dissertação (Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais). Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2013.

FREITAS, T. T. Pintando com elas: uma etnografia a partir do coletivo de graffiti Freedas Crew. 2017. 171 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia). Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2017.

GANZ, N.; MANCO, T. (Org.). O mundo do grafite: arte urbana dos cinco continentes. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GITAHY, C. O que é graffiti. São Paulo: Brasiliense, 1999.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M de A. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LASSALA, G. Pichação não é pichação. São Paulo: Altamira Editorial, 2010.

LIPOVETSKY, G.; SERROY, J. A estetização do mundo: Viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

LOIZOS, P. Vídeo, filme e fotografias como documentos de pesquisa. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. (Orgs.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

LOUREIRO, V. R. A pesquisa nas ciências sociais e no direito. Belém (PA): Cultural Brasil: UFPA/Naea, 2018.

MACHADO. C. M. B de S. Olhando pro muro, enxerguei o mundo! uma visão sobre a poética de quatro grafiteiros do Cosp Tinta Crew. 2015. 153 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes). Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Arte. Belém, 2015.

NUNES, S. G. C. O grafite em Belém e a poética visual nos grafites de Drika Chagas. 2014. 143 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura). Universidade da Amazônia, Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. Belém, 2014.

OLIVEIRA, B. A. M. Paisagem, patrimônio e arte: o projeto Rota Urbana pela Arte no centro histórico em Belém-PA. 2016. 119 páginas. Monografia (Especialização no Programa de Pós-Graduação Lato Sensu de Formação de Especialistas em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas FIPAM-XXVI). Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos. Belém, 2016.

OLIVEIRA, R. C. de. O Trabalho do Antropólogo: olhar, ouvir e escrever. In: Revista de Antropologia. São Paulo, USP, 1996, v. 39, nº 1, p. 13-37. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/111579/109656. Acesso: 31 jan. 2023.

PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. 4. ed. 3ª reimp. São Paulo: Perspectiva, 2017.

RINK, A. Graffiti: intervenção urbana e arte – Apropriação dos espaços urbanos com arte e sensibilidade. 1 ed. Curitiba: Appris, 2013.

SAMAIN, E. “Ver” e “Dizer” na tradição etnográfica: Bronislaw Malinowski e a fotografia. In: Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, ano 1, n. 2, p. 23-60, jul./set., 1995. Disponível em: http://www.cchla.ufpb.br/etienne_samain_unicamp/wp-content/uploads/2018/01/Samain-1995-Ver-e-dizer-Malinowski.pdf. Acesso em: 31 jan. 2023.

SANTAELLA, L. (Org.). Charles Sanders Peirce. Excertos. São Paulo: Paulus, 2020.

SANTAELLA, L. Estética & Semiótica. Série Excelência em Jornalismo. Curitiba: Intersaberes, 2019.

SANTAELLA, L. Epistemologia Semiótica. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/13531. Acesso em: 1º ago 2012.

SANTAELLA, L. Charles Sanders Peirce (1839-1914). In: AGUIAR, L.; BARSOTTI, A. (Orgs.). Clássicos da comunicação: os teóricos: de Peirce a Canclini. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. p. 20-35.

SANTAELLA, L. Percepção: fenomenologia, ecologia, semiótica. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

SANTAELLA, L. A relevância da fenomenologia Peirceana para as ciências. In: TEIXEIRA, L. Leituras Intersemióticas. Coleção Linguagens: estudos interdisciplinares e multiculturais. Belém: Editora Unama, 2006. p. 161-178.

SANTAELLA, L. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora, visual, verbal: aplicações na hipermídia. 3 ed. São Paulo. 4 reimp., 2013. Iluminuras: Fapesp, 2005.

SANTAELLA, L. Por que as comunicações e as artes estão convergindo? São Paulo: Paulus, 2005.

SANTAELLA, L. O método anticartesiano de C. S. Peirce. São Paulo: Editora Unesp, 2004.

SANTAELLA, L. Semiótica Aplicada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

SANTAELLA, L. A Teoria Geral dos Signos: semiose e autogeração. São Paulo: Editora Ática, 1995.

SANTAELLA, L. Estética de Plantão a Peirce. São Paulo: Experimento, 1994.

SANTAELLA, L.; NÖTH, W. Introdução à semiótica: passo a passo para compreender os signos e a significação. Coleção Introduções. São Paulo: Paulus, 2017.

SANTAELLA, L; NÖTH, W. Imagem: cognição, semiótica e mídia. 3 ed. São Paulo: Iluminuras, 2001.

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

SILVA, A. Atmosferas urbanas: grafite, arte urbana, nichos estéticos. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2014.

SILVA, C. N. da. A presença indígena nos grafites de Belém: entre fraturas e resistências. 2017. 119 páginas. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação). Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2017.

TEIXEIRA, W. M. Conjunto de casas recebe a manifestação artística no Furo da Paciência na Ilha do Combu em 2017. 2017. 1 fotografia digital.

TEIXEIRA, W. M. Casa participante do projeto em 2018 no Igarapé da Ilha do Combu. 2018. 1 fotografia digital.

TEIXEIRA, W. M. Artistas na fachada da moradia na execução do graffiti. 2018. 1 fotografia digital.

TEIXEIRA, W. M. Justaposição das tábuas com as interseções na vertical em estabelecimento no Igarapé do Combu. 2018. 1 fotografia digital.

TEIXEIRA, W. M. Tábuas justapostas na vertical e na horizontal nas casas do Furo da Paciência. 2018. 1 fotografia digital.

TEIXEIRA, W. M. Efeito de luz e sombra sob a casa do Furo da Paciência às 10h da manhã. 2017. 1 fotografia digital.

TEIXEIRA, W. M. Efeito de luz e sombra sob a casa do Furo da Paciência ao meio-dia. 2018. 1 fotografia digital.

VIEIRA, M. do C.; SANTOS, L. G. C. dos. Street River: práticas de convergência midiática e de identidade nos rios da Amazônia. In: Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación. Comunicação, educação, tecnologia e desenvolvimento. Ano 14, n. 26 (1º sem. 2017). São Paulo: ALAIC, 2016.

ZUIN, A. L. A. Semiótica e arte: os grafites de Vila Mariana: uma abordagem sociossemiótica. 1 ed. Curitiba: Appris, 2018.

Downloads

Publicado

2024-04-01 — Atualizado em 2024-05-09

Versões

Edição

Seção

Artigos - Seção aberta

Como Citar

O graffiti do rio de Belém (PA): o signo visual da arte na Ilha do Combu. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 14, n. 30, p. 272–309, 2024. DOI: 10.35699/2238-2046.2024.45234. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/45234. Acesso em: 26 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.