Doenças respiratórias em crianças após a vacina pneumocócica 10: valente

Autores

  • Evilin Cristine Sousa Silva São LuizMA, Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia , Brasil
  • Ana Cristina Pereira de Jesus São LuizMA, UFMA, Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia , Curso de Enfermagem, Brasil
  • Maria Ribeiro de Jesus dos Santos São LuizMA, UFMA, Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia , Curso de Enfermagem, Brasil
  • Thiago Moura de Araújo São LuizMA, UFMA, Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia , Curso de Enfermagem, Brasil
  • Márcio Flávio Moura de Araújo São LuizMA, UFMA, Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia , Curso de Enfermagem, Brasil
  • Neiva Francenely Cunha Vieira FortalezaCE, Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem , Curso de Enfermagem, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-9389.2013.50200

Palavras-chave:

Doenças Respiratórias, Vacinas, Criança

Resumo

A infância é uma fase de mudanças. Principalmente maturação fisiológica do sistema respiratório e fatores internos e externos tornam as crianças menores de dois anos mais suscetíveis a desenvolver doenças respiratórias. O objetivo do presente estudo foi identificar a ocorrência de doenças respiratórias após a administração da vacina pneumocócica 10-valente em crianças menores de dois anos e correlacionar com as variáveis clínicas e sociodemográficas. A pesquisa foi realizada com 90 crianças menores de dois anos que já tinham recebido pelo menos três doses da vacina, atendidas em Unidades Básicas de Saúde no município de Imperatriz-MA. As variáveis quantitativas foram apresentadas em frequência e porcentagem. Para testar a associação das variáveis, foi utilizado o teste qui-quadrado. A maioria das crianças tinha mais de um ano de idade (52,2%), era de cor parda referida pelos responsáveis (71,1), com renda familiar acima de um salário mínimo (70,0%), escolaridade dos responsáveis entre 8 e 12 anos de estudo (62,2%), convive com fumantes (61,1%), não teve evento de internação hospitalar (63,3%). Quanto à ocorrência de doenças após a vacina, 32,3% desenvolveram algumas doenças respiratórias (pneumonia, meningite, otite e faringite). De acordo com os resultados encontrados, observa-se que quanto mais tarde foi iniciado o esquema vacinal, menos eficácia a vacina teve. Os resultados deste estudo evidenciam que há necessidade de avaliar outros aspectos que predispõem ao acometimento por doenças respiratórias, tais como as condições econômicas, sociodemográficas e nutricionais, e não somente relacionar as doenças à efetividade, duração ou idade de administração da vacina pneumocócica 10-valente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Organização Mundial da Saúde. Mudando a história. Genebra: OMS; 2004.

Brasil. Ministério da Saúde. AIDPI Atenção Integral às Doenças Prevalentes na

Infância: curso de capacitação. Introdução: módulo 1. Organização Mundial

da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. 2ª ed. Brasília: Ministério

da Saúde; 2003.

Yoshioka CRM, Martinez MB, Brandileone MCC, Ragazzi SB, Guerra MLL,

Santos SR. Análise das cepas de Streptococos pneumoniae causadoras de

pneumonia invasiva: sorotipos e sensibilidade aos microbianos J Pediatr (Rio

J). 2010 out; 87(1):70-5.

Bonfin C, Durigon GA, Noegueira ML, Simas PVM, Souza FP. Frequent

respiratory pathogens of respiratory tract infectionsis children attending

daycare centers. J Pediatr. 2011 jun; 87 (5):439-44.

Sigaud CHS, Veríssimo MLR. Enfermagem pediátrica: o cuidado de enfermagem

à criança e ao adolescente. São Paulo: Pedagógica e Universitária; 1996.

Duarte DMG, Botelho C. Perfil clínico de crianças menores de cinco anos

com infecção respiratória aguda. J Pediatr (Rio J). 2000; 76:207-12.

Macedo SEC, Menezes SEC, Albenaz E, Post P, Knost M. Fatores de risco para

internação por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade.

Rev Saúde Pública. 2007 jun; 41(3):351-8.

Lissauer T, Clayder G. Manual Ilustrado de Pediatria. 3ª ed. Rio de Janeiro (RJ):

Elsevier; 2009.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Informe Técnico

da Vacina Pneumocócica 10- Valente (CONJUGADA). Brasília: Secretaria de

Vigilância em Saúde; 2010.

Organização Mundial da Saúde. Nota Informativa. Pneumococcal conjugate

vaccine for childhood immunization. Wkkly Epidemiol Rec. 2007 mar;

(12): 93-107.

Oliveira RG. Black book- Pediatria. 4ª ed. Belo Horizonte: Black Book; 2011.

França E, Souza JM, Guimarães EMA, Colosimo E, Antunes CMF. Association

between socioeconomic factors and infant deaths due to diarrhea,

pneumonia, and malnutrition in a metropolitan area of Southeast Brazil: a

case-control study. Cad Saúde Pública. 2001 nov/dez; 17(6): 1437-47.

Sousa ALTM, Florio A, Kawamoto EE. O neonato, a criança e o adolescente.

São Paulo: EPU; 2001.

Brooks WA, Yunus SM, Mathuram SH. Zinc for severe pneumonia in very

young children: double-blind placebo controlled trial. Lancet. 2004; 3:1683-8.

Paiva MAS, Reis FJC, Fisher GB, Rozov T. Pneumonias na criança. I Consenso

Brasileiro sobre pneumonias. J Pneumol. 1998; 24:101-8.

Pio A. Standard case management of pneumonia in children in developing

countries: the cornerstone of the acute respiratory infection programme.

Bull World Health Organ. 2003 maio; 81: 298-300.

Rudan I, Pinto CB, Biloglav Z, Campbell H. Epidemiology and etiology of

childhood pneumonia. Bull World Health Organ. 2008; 86:408-16.

Silva RMG, Valente JG, Lemos MGF, Sichieri R. Tabagismo no domicilio e

doença respiratória em crianças menores de cinco anos. Cad Saúde Pública.

; 22:579-86.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Informe

Epidemiológico Influenza Pandêmica (H1N1) 2009. 11ª ed. Brasília: Secretaria

de Vigilância em Saúde; 2009.

Dias MCAP, Freire LMS, Franceschini SCC. Recomendações para alimentação

complementar de crianças menores de dois anos. Rev Nutr. 2010 mai/jun;

(3):475-86.

Caetano M, Otiz TTO, Silva SGL, Souza FIS, Sarni ROS. Complementary

feeding: inappropriate practices in infants. J Pediatr. 2010 Mar; 86(3):196-201.

Whitney CG, Hadler J, Harisson LH, Bennet NM, Jackson D. Decline

in invasive pneumococcal disease after the introduction of proteinpolysacharidevonjugate vaccine. N Engl J Med. 2003; 348: 1737-46.

Dominguez A, Salleras L, Fedson DS, Izquierdo C, Ruiz L, Ciruela P, et al.

Effectiveness of pneumococcal vaccination for elderly people in Catalonia

Spain: a case –control study. Clin Infect Dis. 2005; 40: 1250–7.

Sinha A, Levine O, Knoll MD, Muhib F, Lieu TA. Cost-effectiveness of

pneumococcal conjugate vaccination in the prevention of child mortality:

an international economic analysis. Lancet. 2007 Fev; 369:389-96.

Valenzuela MT, Gomes E, Constenla D, Sinha A, Valencia J.E. The burden

of pneumococcal disease among Latin American and Caribbean children:

review of the evidence. Rev Panam Salud Pública. 2009: 25:270-9.

Timo V. Immunogenicity of the 10-valent pneumococcal non

typeableHaemophilusinfluenzae protein D conjugate vaccine (PHiD-CV)

compared to the licensed 7vCRM vaccine. Pediatr Infect Dis J. 2009: 28:66-76.

Ochoa TJ, Egoavil M, Castillo ME, Reyes I, Chaparro, E Silva, W, et al. Invasive

pneumococcal diseases in hospitalized children in Lima,Perú. Rev Panam

Salud Pública. 2010 Jul; 28 (2): 121-7.

Ingels H, Lambirtsen L, Rasmussen JN, Glismann S, Hoffmann S, Andersen

PH. Impact of pneumococcal vaccination in Denmark during the first 3

years after PVC introduction in the childhood immunization programme.

Vaccine. 2012 Jun 6; 30(26):3944-50.

Riva E, Salvini F, Garlashi ML, Rodaelli G, Giovannini M. The status of invasive

pneumococcal disease among children younger than 5 years of age in northwest. Lombardy: Biomed Central; 2012.

Publicado

01-12-2013

Como Citar

1.
Silva ECS, Jesus ACP de, Santos MR de J dos, Araújo TM de, Araújo MFM de, Vieira NFC. Doenças respiratórias em crianças após a vacina pneumocócica 10: valente. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de dezembro de 2013 [citado 17º de julho de 2024];17(4). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50200

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.