Doenças respiratórias em crianças após a vacina pneumocócica 10 - valente
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20130066Palavras-chave:
Doenças Respiratórias, Vacinas, CriançaResumo
A infância é uma fase de mudanças. Principalmente maturação fisiológica do sistema respiratório e fatores internos e externos tornam as crianças menores de dois anos mais suscetíveis a desenvolver doenças respiratórias. O objetivo do presente estudo foi identificar a ocorrência de doenças respiratórias após a administração da vacina pneumocócica 10-valente em crianças menores de dois anos e correlacionar com as variáveis clínicas e sociodemográficas. A pesquisa foi realizada com 90 crianças menores de dois anos que já tinham recebido pelo menos três doses da vacina, atendidas em Unidades Básicas de Saúde no município de Imperatriz-MA. As variáveis quantitativas foram apresentadas em frequência e porcentagem. Para testar a associação das variáveis, foi utilizado o teste qui-quadrado. A maioria das crianças tinha mais de um ano de idade (52,2%), era de cor parda referida pelos responsáveis (71,1), com renda familiar acima de um salário mínimo (70,0%), escolaridade dos responsáveis entre 8 e 12 anos de estudo (62,2%), convive com fumantes (61,1%), não teve evento de internação hospitalar (63,3%). Quanto à ocorrência de doenças após a vacina, 32,3% desenvolveram algumas doenças respiratórias (pneumonia, meningite, otite e faringite). De acordo com os resultados encontrados, observa-se que quanto mais tarde foi iniciado o esquema vacinal, menos eficácia a vacina teve. Os resultados deste estudo evidenciam que há necessidade de avaliar outros aspectos que predispõem ao acometimento por doenças respiratórias, tais como as condições econômicas, sociodemográficas e nutricionais, e não somente relacionar as doenças à efetividade, duração ou idade de administração da vacina pneumocócica 10-valente.Downloads
Referências
1. Organização Mundial da Saúde. Mudando a história. Genebra: OMS; 2004.
2. Brasil. Ministério da Saúde. AIDPI Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância: curso de capacitação. Introdução: módulo 1. Organização Mundial da Saúde. Organização Pan Americana da Saúde. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2003.
3. Yoshioka CRM, Martinez MB, Brandileone MCC, Ragazzi SB, Guerra MLL, Santos SR. Análise das cepas de Streptococos pneumoniae causadoras de pneumonia invasiva: sorotipos e sensibilidade aos microbianos J Pediatr (Rio J). 2010 out; 87(1):70-5.
4. Bonfin C, Durigon GA, Noegueira ML, Simas PVM, Souza FP. Frequent respiratory pathogens of respiratory tract infectionsis children attending daycare centers. J Pediatr. 2011 jun; 87 (5):439-44.
5. Sigaud CHS, Veríssimo MLR. Enfermagem pediátrica: o cuidado de enfermagem à criança e ao adolescente. São Paulo: Pedagógica e Universitária; 1996.
6. Duarte DMG, Botelho C. Perfil clínico de crianças menores de cinco anos com infecção respiratória aguda. J Pediatr (Rio J). 2000; 76:207-12.
7. Macedo SEC, Menezes SEC, Albenaz E, Post P, Knost M. Fatores de risco para internação por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade. Rev Saúde Pública. 2007 jun; 41(3):351-8.
8. Lissauer T, Clayder G. Manual Ilustrado de Pediatria. 3ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2009.
9. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Informe Técnico da Vacina Pneumocócica 10- Valente (CONJUGADA). Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde; 2010.
10. Organização Mundial da Saúde. Nota Informativa. Pneumococcal conjugate vaccine for childhood immunization. Wkkly Epidemiol Rec. 2007 mar; 82(12): 93-107.
11. Oliveira RG. Black book- Pediatria. 4ª ed. Belo Horizonte: Black Book; 2011.
12. França E, Souza JM, Guimarães EMA, Colosimo E, Antunes CMF. Association between socioeconomic factors and infant deaths due to diarrhea, pneumonia, and malnutrition in a metropolitan area of Southeast Brazil: a case-control study. Cad Saúde Pública. 2001 nov/dez; 17(6): 1437-47.
13. Sousa ALTM, Florio A, Kawamoto EE. O neonato, a criança e o adolescente. São Paulo: EPU; 2001.
14. Brooks WA, Yunus SM, Mathuram SH. Zinc for severe pneumonia in very young children: double-blind placebo controlled trial. Lancet. 2004; 3:1683-8.
15. Paiva MAS, Reis FJC, Fisher GB, Rozov T. Pneumonias na criança. I Consenso Brasileiro sobre pneumonias. J Pneumol. 1998; 24:101-8.
16. Pio A. Standard case management of pneumonia in children in developing countries: the cornerstone of the acute respiratory infection programme. Bull World Health Organ. 2003 maio; 81: 298-300.
17. Rudan I, Pinto CB, Biloglav Z, Campbell H. Epidemiology and etiology of childhood pneumonia. Bull World Health Organ. 2008; 86:408-16.
18. Silva RMG, Valente JG, Lemos MGF, Sichieri R. Tabagismo no domicilio e doença respiratória em crianças menores de cinco anos. Cad Saúde Pública. 2006; 22:579-86.
19. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Informe Epidemiológico Influenza Pandêmica (H1N1) 2009. 11ª ed. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde; 2009.
20. Dias MCAP, Freire LMS, Franceschini SCC. Recomendações para alimentação complementar de crianças menores de dois anos. Rev Nutr. 2010 mai/jun; 23(3):475-86.
21. Caetano M, Otiz TTO, Silva SGL, Souza FIS, Sarni ROS. Complementary feeding: inappropriate practices in infants. J Pediatr. 2010 Mar; 86(3):196-201.
22. Whitney CG, Hadler J, Harisson LH, Bennet NM, Jackson D. Decline in invasive pneumococcal disease after the introduction of proteinpolysacharidevonjugate vaccine. N Engl J Med. 2003; 348: 1737-46.
23. Dominguez A, Salleras L, Fedson DS, Izquierdo C, Ruiz L, Ciruela P, et al. Effectiveness of pneumococcal vaccination for elderly people in Catalonia Spain: a case –control study. Clin Infect Dis. 2005; 40: 1250–7.
24. Sinha A, Levine O, Knoll MD, Muhib F, Lieu TA. Cost-effectiveness of pneumococcal conjugate vaccination in the prevention of child mortality: an international economic analysis. Lancet. 2007 Fev; 369:389-96.
25. Valenzuela MT, Gomes E, Constenla D, Sinha A, Valencia J.E. The burden of pneumococcal disease among Latin American and Caribbean children: review of the evidence. Rev Panam Salud Pública. 2009: 25:270-9.
26. Timo V. Immunogenicity of the 10-valent pneumococcal non typeableHaemophilusinfluenzae protein D conjugate vaccine (PHiD-CV) compared to the licensed 7vCRM vaccine. Pediatr Infect Dis J. 2009: 28:66-76.
27. Ochoa TJ, Egoavil M, Castillo ME, Reyes I, Chaparro, E Silva, W, et al. Invasive pneumococcal diseases in hospitalized children in Lima,Perú. Rev Panam Salud Pública. 2010 Jul; 28 (2): 121-7.
28. Ingels H, Lambirtsen L, Rasmussen JN, Glismann S, Hoffmann S, Andersen PH. Impact of pneumococcal vaccination in Denmark during the first 3 years after PVC introduction in the childhood immunization programme. Vaccine. 2012 Jun 6; 30(26):3944-50.
29. Riva E, Salvini F, Garlashi ML, Rodaelli G, Giovannini M. The status of invasive pneumococcal disease among children younger than 5 years of age in northwest. Lombardy: Biomed Central; 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2013 Reme: Revista Mineira de Enfermagem

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.