Tratamento enzimático em farelo de crambe e aplicação em dietas para Rhamdia quelen
Palavras-chave:
Proteína vegetal. Antinutrientes. Crescimento. Fitase. Metabolismo.Resumo
Utilizar enzimas no tratamento de ingredientes vegetais pode melhorar a disponibilidade e utilização de nutrientes em dietas para peixes. Este estudo objetivou melhorar o valor nutricional do farelo de crambe através do tratamento com fitase comercial - FIT ou preparação enzimática não comercial (ação de fitase e tanase) – FIT+TAN e posterior utilização como substitutos proteicos na alimentação do jundiá. Verificou-se a eficiência dos tratamentos analisando compostos fenólicos, taninos (total, hidrolisáveis e condensados) e ácido fítico. A FIT atuou sobre o ácido fítico e a FIT+TAN reduziu taninos (total e hidrolisáveis). Os farelos foram então incluídos como substitutos parciais às farinhas de origem animal. Um tratamento com farinha de peixe e de carne e ossos como base proteica foi considerado o controle. O experimento durou nove semanas e encerrou com a avaliação do crescimento e aproveitamento de nutrientes. A substituição de farinhas de origem animal por farelo de crambe (ambos os tratamentos enzimáticos) reduziu o crescimento dos animais. Os parâmetros morfométricos (altura de vilosidades intestinais e espessura da camada muscular) foram reduzidos nos peixes alimentados com o farelo tratado com FIT+TAN. Neste tratamento também ocorreu redução de lipase, aumento de glicogênio e glicose hepáticos e menor proteína tecidual. Apesar da remoção parcial de antinutrientes do farelo, a substituição parcial das farinhas animais pelos ingredientes tratados não igualou o crescimento dos animais. No entanto, menores alterações digestivas e metabólicas foram observadas quando os juvenis de jundiá receberam o farelo tratado com FIT, com menos taninos e ácido fítico.
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