Wilson Simonal em campo

reflexões sobre o álbum México 70

Autores

Palavras-chave:

Wilson Simonal, México 70, Música Popular Brasileira

Resumo

Análise do álbum México 70 de Wilson Simonal, lançado pela gravadora Odeon mexicana em 1970. Buscamos compreender como as dimensões internas do disco, especialmente no que tange às orientações estético-musicais, condensaram alguns conflitos simbólicos presentes no processo de internacionalização da cultura e da consolidação da indústria fonográfica no Brasil. Após articular as relações entre futebol, imprensa, música popular e Estado com uma apreciação musical de cada faixa do álbum, confrontamos nossas conclusões com alguns conceitos recorrentes na literatura que trata da cultura e da música popular brasileira na década de 1970, a fim de sugerir um possível enfoque analítico para pensar a relação entre música popular brasileira e o contexto político-cultural desse período.

Biografia do Autor

  • Renan Paiva Chaves, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

    Graduando em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas. Em 2010, participou como bolsista do convênio entre a UNICAMP e a Universidad Nacional del Litoral, onde desenvolveu pesquisas sobre a música popular e folclórica argentina. Foi bolsista de iniciação científica pela FAPESP na área de trilhas sonoras para cinema e possui artigo publicado na Revista de Ciências Humanas da UFSC e na Revista Estudos e Pesquisas em Psicologia da UERJ.

  • Eduardo de Lima Visconti, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

    Bacharel em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Mestre e Doutor em Música (UNICAMP). Desenvolve pesquisas nos seguintes temas: etnomusicologia, música popular,
    musicologia, ideologia, identidade cultural, análise musical, arranjo, improvisação, harmonia, guitarra e violão. Foi professor temporário durante 5 anos (2007-2012) de Guitarra elétrica (I-VIII) e Prática de Conjunto (I-VIII) na graduação em música popular da UNICAMP. Participou, em julho de 2012, como professor de guitarra/violão e improvisação na música popular no IX Festival de Música em Ibiapaba no Ceará. Atualmente, iniciou pesquisa de pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB -USP) sobre arranjo e sonoridade no samba da década de 1970, com supervisão do prof. Dr. Walter Garcia e bolsa de pós-doutorado júnior do CNPq.Tem se apresentado regularmente com seu trio e quarteto no Brasil e no exterior.

Referências

ALEXANDRE, R. Não vem que não tem: A vida e o veneno de Wilson Simonal. Rio de Janeiro: Ed. Globo, 2009.

BOSCO, F. Mó num pá tropi: a graça e a desgraça de Wilson Simonal. In: Revista Cult, n. 138, São Paulo: Ed. Bregantine, 2009.

CHAVES, R. P. País Tropical e seu mimetismo: o discurso ufanista associado a Wilson Simonal e a desinvenção tropicalista. In: Revista de Ciências Humanas, v. 44, n. 2, Florianópolis: UFSC, 2010.

BRANCO, C. Os papéis sociais do futebol brasileiro revelados pela Música Popular (1915-1990). In: TEIXEIRA DA SILVA, F.; SANTOS, R. (Org.) Memória social dos esportes: futebol e política: a construção de uma identidade nacional. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2006.

DAMATTA, R. Esporte na sociedade: um ensaio sobre o futebol brasileiro. Universo do futebol: esporte e sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Editora Pinakotheke, 1982.

FERREIRA, G.A.A. Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga: Wilson Simonal e os limites de uma memória tropical. Niterói: UFF, 2007. Dissertação de Mestrado.

GONÇALVES, Eloá G.. Banda Black Rio: O Soul no Brasil na década de 70. Campinas: UNICAMP/IA, 2011. Dissertação de Mestrado.

HARTWIG, A. A pérola negra regressa ao ventre da ostra: Wilson. Simonal em suas relações com indústria cultural (1963 a 1971). Marechal Cândido Rondon: UNIOESTE, 2008. Dissertação de Mestrado.

MORELLI, R. O campo da MPB e o mercado moderno de música no Brasil: do nacional-popular à segmentação contemporânea. In: Revista ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n. 16, jan.-jun. 2008.

NAPOLITANO, M. MPB: totem-tabu da vida musical brasileira. In: Anos 70: trajetórias. São Paulo: Itaú Cultural/Iluminuras, 2005.

______. A música popular brasileira (MPB) dos anos 70: resistência política e consumo cultural. In: Anais do IV Congresso da IASPM-AL, México, 2002.

ORTIZ, R. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 2001.

PIEDADE, A. Perseguindo os fios da meada: pensamentos sobre hibridismo, musicalidade e tópicas. In: Per Musi. Belo Horizonte: UFMG, n.23, 2011.

TATIT, L. A canção moderna. In: Anos 70: trajetórias. São Paulo: Itaú Cultural/Iluminuras, 2005.

VICENTE, E. Segmentação e consumo: a produção fonográfica brasileira – 1965/1999. In: Revista ArtCultura, Uberlândia: UFU, v. 10, n. 16, p.103-121, jan.-jun. 2008.

Discografia

Wilson Simonal – México 70. Odeon, 1970.

Filmografia

SIMONAL - ninguém sabe o duro que dei. Direção de Calvito LEAL, Cláudio MANOEL e Micael LANGER. Rio de Janeiro: Biscoito Fino Brasil, 2009. DVD

Downloads

Publicado

2013-11-10

Edição

Seção

Articles in Portuguese/Spanish

Como Citar

“Wilson Simonal Em Campo: Reflexões Sobre O álbum México 70”. 2013. Per Musi, nº 28 (novembro): 1-9. https://periodicos.ufmg.br/index.php/permusi/article/view/39642.

Artigos Semelhantes

1-10 de 114

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)