Partes para percussão solo em Antinomies I de Rogério Duprat

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2023.48632

Palavras-chave:

Antinomies I, Rogério Duprat, Partituras gráficas, Percussão múltipla, Notação para percussão

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as partes de percussão solo de Antinomies I, escrita para orquestra de câmara pelo compositor brasileiro Rogério Duprat (1932–2006) em 1962. O compositor usa a indeterminação da partitura, caracterizada pela notação gráfica, para conduzir a orquestra a um paradigma não convencional de criação sonora. A análise centra-se na gama de escolhas do percussionista, a fim de compreender como elas afetam os elementos macro e microestruturais da obra. Há uma margem considerável para escolhas na parte de percussão de Antinomias I, que requer o uso de “multipercussão”. Oito das trinta e duas estruturas circulares que formam a partitura são solos de percussão. É um número significativo, superior ao de qualquer outro instrumentista individual da orquestra de câmara. Esses círculos formam um grupo heterogêneo com diferentes graus de indeterminação cuja análise revela o processo interpretativo de uma partitura gráfica em sons de percussão.

Biografia do Autor

  • Ricardo Stuani, Universidade de Canterbury, Nova Zelândia

    Doutor pela Universidade de Canterbury (Nova Zelândia). Mestre em Musicologia pela UNESP, orientador Prof. Dr.Carlos Stasi, onde também cursou o Bacharelado em Música com Habilitação em Instrumento: Percussão. Foi membro do Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP (grupo PIAP) de 1989 a 1992; De 1991 a 1997 foi membro da Orquestra Experimental de Repertório, onde trabalhou obras do repertório orquestral e também da música popular brasileira; Participou da montagem da peça Mistérios Gozozos, de Oswald de Andrade, direção de José Celso Martinez Correa; Em 1991 ganhou 1º lugar em composição e 2º lugar em interpretação com a peça ?Um Coração Bate na Curva do Rio? no concurso Ritmo e Som promovido pela UNESP; Participou do VII Prêmio Eldorado de Música em 1995 promovido pela Rádio Eldorado, como solista, com composições próprias; De 1997 a 1999 morou em Rotterdam, na Holanda, onde cursou o Conservatório de Rotterdam no departamento de Latin Music. Teve a oportunidade de realizar diversas participações como baterista e percussionista em concertos, eventos, shows em casas noturnas e clubes de Jazz nas cidades de Amsterdam, Rotterdam, Haia, Utrecht, Delft entre outras. Na Alemanha, em cidades como Berlim, Bonn, Colonia e Nuremberg. Na Eslovênia em Liubliana e Postojna. Radicado em Portugal de 1999 a 2008, realizou apresentações como baterista e percussionista em diversas cidades de Portugal, também na Espanha e nas ilhas dos Açores; Educador Musical do Projeto Guri em São Paulo desde agosto de 2009 até 2013. Educador de percussão do projeto Fábricas de Cultura do Governo do Estado de São Paulo desde 2013. Participou da montagem do musical ?Eu sou o Samba? de Carlinhos de Jesus, no Teatro Santa Cruz em setembro de 2009; Participou da montagem ?O Rei e Eu?, de Jorge Takla, no teatro Alfa, de Janeiro a Maio de 2010; Em 2008, com pareceria de Itamar Vidal, teve a peça ?Passes Mágicos? executada em evento dos selecionados do Prêmio RUMOS Itaú Cultural-Categoria Homenagem, na Unicamp, Campinas (SP); Selecionado no Prêmio RUMOS Itaú Cultural-Categoria Homenagem 2010-2012; Foi Bolsista pela CAPES.

Referências

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Publicado

2023-12-11

Edição

Seção

Sessão Temática RePercussions

Como Citar

“Partes Para percussão Solo Em Antinomies I De Rogério Duprat”. 2023. Per Musi 24 (dezembro): 1-21. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2023.48632.