Gravações mecânicas no Brasil e em Portugal (1900-1927)
entre indústria fonográfica, soundscapes e arquivos etnográficos
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-6377.2017.5167Palavras-chave:
Gravações mecânicas, registros etnográficos, indústria fonográfica brasileira, indústria fonográfica portuguesaResumo
A partir do conceito de soundscapes tal como entendido por SAMUEL et AL (2010), o artigo tem por objetivo realizar uma análise comparativa entre processos de gravações comerciais mecânicas realizadas em Brasil e Portugal entre 1900 e 1927. Na primeira parte, utilizando estudos como COTRELL (2010), GARCIA (2010) e GUTIÉRREZ (2014), procuro discutir as relações – por vezes contíguas, por vezes ambivalentes – entre “gravações etnográficas” e “gravações comerciais” nos primeiros anos do século XX. O segundo tópico é dedicado à análise comparativa entre processos de gravação mecânica em Portugal e Brasil: partindo da premissa de que os dois países faziam parte da periferia do capitalismo mundial da época, procuro apontar paralelos entre o desenvolvimento de suas respectivas indústrias fonográficas, salientando o papel central exercido por pequenos comerciantes como mediadores entre as grandes majors e os públicos locais. Finalmente, na conclusão, realizo uma breve análise de algumas gravações mecânicas do período, argumentando que tais registros sonoros nos permitem entender parte das paisagens sonoras (soundscapes) urbanas da época e, desta forma, poderiam ser analisadas como documentos etnográficos.
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