A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e seu desmonte por parte do governo Bolsonaro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2525-8036.2022.35917

Palavras-chave:

Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Justiça de transição, Direito à memória e à verdade, Ditadura militar brasileira, Governo Bolsonaro

Resumo

Após períodos de intensa repressão e violações massivas e sistemáticas de direitos humanos, como a ditadura militar brasileira, deve haver a implantação de mecanismos de justiça de transição, com o intuito de assegurar o direito à verdade e à memória, a reparação das vítimas, as reformas institucionais e a responsabilização penal e civil dos autores de violações aos direitos humanos. A transição brasileira, contudo, foi negociada, o que impediu uma ruptura total e definitiva com o regime anterior e permitiu a manutenção do poder entre as forças dominantes. Consequentemente, ainda há na sociedade brasileira fortes políticas de esquecimento e revisionismo histórico acerca dos crimes cometidos durante a ditadura. Nesse cenário, tendo em vista a relevância da efetivação do direito à memória e à verdade para a consolidação de uma democracia após períodos autoritários, o objetivo do presente trabalho é analisar a atuação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, destacando suas contribuições para a efetivação de tais objetivos da justiça transicional e descrevendo como se deu seu desmonte por parte do governo Bolsonaro. Pretende-se demonstrar que, apesar dos avanços obtidos através das atividades da Comissão Especial, as políticas do atual governo representam um grande retrocesso na justiça de transição brasileira. Analisou-se a lei que instituiu a CEMDP e as leis que a modificaram, bem como outros documentos oficiais, como relatórios de atividades, atas de reuniões e publicações feitas pela própria Comissão. Ademais, foram estudadas notícias jornalísticas, livros e outras publicações acadêmicas acerca do tema.

Biografia do Autor

  • Júlia Melo Fonseca Ribeiro, Univerdade Federal de Minas Gerais

    Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pós-graduanda em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Servidora do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Realiza pesquisa na área do Direito Público, com ênfase em Direito Administrativo, Direito Constitucional e Administração Pública. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9254-6961. Contato: jmelofonsecar@gmail.com.

Referências

AMADO, Guilherme. Governo Bolsonaro emitiu atestado de que pai de Santa Cruz foi morto pelo Estado. O Globo, [s.l.], 29/07/2019.

ANDRADE, Henrique Ratton Monteiro; HOLL, Jessica. Os desafios da Justiça de Transição ante a consolidação do Estado Democrático de Direito: as dificuldades enfrentadas pelo processo transicional brasileiro expressas nas reformas institucionais para a implementação da democracia. In: MEYER, Emílio Peluso Neder; CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade (orgs.). Justiça de transição nos 25 anos da Constituição de 1988. Belo Horizonte: Initia Via, 2014.

ANGELO, Tiago. Se houvesse Justiça de transição, defensores da ditadura não estariam na vida pública: entrevista com Eugênia Gonzaga, Procuradora Regional da República. Revista Consultor Jurídico, [S.l.], 2 mar. 2020. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-mar-02/entrevista-eugenia-gonzaga-procuradora-regional-republica. Acesso em: 15 jul. 2021.

BARROS, Filipe. Site oficial. [S.l.], [S.d.]. Disponível em: https://www.filipebarros.com.br/. Acesso em: 15 jul. 2021.

BAUER, Caroline Silveira. Como será o passado?: História, Historiadores e Comissão Nacional da Verdade. Jundiaí, SP : Paco, 2017.

BRASIL DE FATO. Familiares de vítimas da ditadura vão à OEA contra declarações de Bolsonaro: Uma carta foi enviada nesta quinta (1º) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciando conduta do presidente. São Paulo, 1 ago 2019. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2019/08/01/familiares-de-mortos-e-desaparecidos-vao-a-oea-contra-declaracoes-de-jair-bolsonaro. Acesso em: 17 jul. 2021.

BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Relatório da Comissão Nacional da Verdade; v. 1. Brasília, dez. 2014. Disponível em: http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/images/pdf/relatorio/volume_1_digital.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

BRASIL. Lei nº 10.536, de 14 de agosto de 2002. Altera dispositivos da Lei no 9.140, de 4 de dezembro de 1995, que reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou de acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, e dá outras providências. Brasília, 14 ago. 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10536.htm. Acesso em: 15 jul. 2021.

BRASIL. Lei nº 10.875, de 1º de junho de 2004. Altera dispositivos da Lei no 9.140, de 4 de dezembro de 1995, que reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas. Brasília, 1º jun. 2004. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.875.htm. Acesso em: 15 jul. 2021.

BRASIL. Lei nº 9.140, de 4 de dezembro de 1995. Reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, e dá outras providências. Brasília, 4 dez. 1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9140.htm. Acesso em: 15 jul. 2021.

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Nota à imprensa sobre a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Brasília, 1º ago. 2019. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2019/agosto/nota-a-imprensa. Acesso em: 15 jul. 2021.

BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Nota de Esclarecimento - Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Brasília, 17 jan. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/janeiro/nota-de-esclarecimento-comissao-especial-sobre-mortos-e-desaparecidos-politicos. Acesso em: 15 jul. 2021.

BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Direito à verdade e à memória. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. Disponível em: https://bibliotecadigital.mdh.gov.br/jspui/bitstream/192/459/1/BRASIL_Direito_2007.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

CERIONI, Clara. Bolsonaro troca membros da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos: Mudança, que colocou militares e membros do PSL no órgão, acontece três dias depois de o presidente ter questionado morte de Fernando Santa Cruz. Exame, São Paulo, 1 ago. 2019. Disponível em: https://exame.com/brasil/bolsonaro-troca-membros-da-comissao-de-mortos-e-desaparecidos-politicos/. Acesso em: 15 jul. 2021.

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS (CEMDP). Ata da 2ª Reunião Extraordinária da CEMDP. Brasília, 8 ago. 2019. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/ata-da-2-reuniao-extraordinaria-da-cemdp. Acesso em: 15 jul. 2021.

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS (CEMDP). Ata da 3ª Reunião Extraordinária da CEMDP. Brasília, 19 nov. 2019. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/ata-da-3-reuniao-extraordinaria-de-2019. Acesso em: 15 jul. 2021.

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS (CEMDP). Ata da 78ª Reunião Ordinária da CEMDP. Brasília, 20 dez. 2018. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/ata-da-78-reuniao-ordinaria-da-cemdp. Acesso em: 15 jul. 2021.

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS (CEMDP). Relatório Trimestral de Atividades n. 01/2019. Brasília, 30 ago. 2019. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/resolucoes3. Acesso em: 15 jul. 2021.

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS (CEMDP). Resolução nº 1, de 27 de janeiro de 2016. Aprova o Regimento Interno da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Brasília, 27 jan. 2016. Disponível em: https://www.diariodasleis.com.br/legislacao/federal/232390-mortos-e-desaparecidos-poluticos-aprova-o-regimento-interno-da-comissuo-especial-sobre-mortos-e-desaparecidos-poluticos.html. Acesso em: 15 jul. 2021.

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS (CEMDP). Resolução nº 2, de 29 de novembro de 2017. Estabelece o procedimento para emissão de atestados para fins de retificação de assentos de óbito das pessoas reconhecidas como mortas ou desaparecidas políticas, nos termos da Lei nº 9.140, de 4 de dezembro de 1995, e da Lei nº 12.528, de 18 de novembro de 2011. Brasília, 29 nov. 2017. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-2-de-29-de-novembro-de-2017-887773. Acesso em: 15 jul. 2021.

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS (CEMDP). Resolução nº 4, de 14 de janeiro de 2020. Aprova o Regimento Interno da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Brasília, 14 jan. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/resolucoes5. Acesso em: 15 jul. 2021.

Familiares de pessoas mortas e desaparecidas vítimas da repressão política da ditadura militar brasileira. Carta de Brasília. Brasília, 4 dez. 2018. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2018/dezembro/familiares-de-mortos-e-desaparecidos-durante-a-ditadura-divulgam-a-carta-de-brasilia/CartadeBraslia.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

HESPANHA, Luiz. A primeira comissão da verdade. BRASIL. Ministério da Justiça. Comissão de Anistia. Vala clandestina de Perus: desaparecidos políticos, um capítulo não encerrado da história brasileira. São Paulo, 2012. INSTITUTO VLADIMIR HERZOG (IVH). IVH repudia ingerência na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. [S.l.], 1 ago. 2019. Disponível em: https://vladimirherzog.org/instituto-vladimir-herzog-repudia-ingerencia-sobre-comissao-especial-sobre-mortos-e-desaparecidos-politicos/. Acesso em: 15 jul. 2021.

ISTO É. Indicado por Damares atribui ‘desmandos’ à antecessora por investigar mortes. [S.l.], 5 mar. 2020. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/indicado-por-damares-atribui-desmandos-a-antecessora-por-investigar-mortes/. Acesso em: 15 jul. 2021.

JORNAL TVI. Governo brasileiro reduz competências da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos: Uma das novas de funcionamento retira o poder da Comissão de emitir atestados de óbito. [S.l.], 17 jan. 2020. Disponível em: https://tvi24.iol.pt/internacional/17-01-2020/governo-brasileiro-reduz-competencias-da-comissao-de-mortos-e-desaparecidos-politicos. Acesso em: 15 jul. 2021.

LORRAN, Tácio. Crítico ao STF, novo integrante da CEMDP exalta Ustra: Weslei Antônio Maretti foi escolhido, nesta quinta-feira (01/08/2019), para compor a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. Metrópoles, [S.l.], 1 ago. 2019. Disponível em: https://www.metropoles.com/brasil/politica-brasil/divulgador-de-fake-news-novo-integrante-da-cemdp-exalta-ustra. Acesso em: 15 jul. 2021.

MAZUI, Guilherme. Bolsonaro: 'Se o presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu no período militar, eu conto para ele': Felipe Santa Cruz é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, que desapareceu na ditadura. Segundo o presidente, advogado não terá interesse em saber a 'verdade'. O Globo, Brasília, 29 jul. 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/07/29/se-o-presidente-da-oab-quiser-saber-como-o-pai-desapareceu-no-periodo-militar-eu-conto-para-ele-diz-bolsonaro.ghtml. Acesso em: 15 jul. 2021.

MAZUI, Guilherme. Petição inicial em Ação Civil Pública com pedido de tutela antecipada. Porto Alegre e Rio de Janeiro, 27 set. 2019b. Disponível em: https://justicadetransicao.mpf.mp.br/documentos-1/inicial-acp.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

MCARTHUR, Fabiana Godinho. Justiça de Transição: o caso brasileiro. BRASIL. Comissão - de Anistia. Ministério da Justiça. Revista Anistia Política e Justiça de Transição. N. 7 (jan/jun. 2012). Brasília: Ministério da Justiça, p. 78 - 107.

MEYER, Emílio Peluso Neder. Crimes contra a Humanidade, Justiça de Transição e Estado de Direito: Revisitando a Ditadura Brasileira. Journal for Brazilian Studies, Brasiliana, Vol. 4, n.1, Agosto, 2015.

MEYER, Emílio Peluso Neder. Criminal Responsibility in Brazilian Transitional Justice: A Constitucional Interpretation Process Under the Paradigm of International Human Rights Law. The Indonesian Journal of International & Comparative Law. Indonésia, 2017.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF). Relatório final da presidência da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos exercida entre os anos de 2014 e 2019. São Paulo, 9 ago. 2019. Disponível em: http://s.oab.org.br/arquivos/2019/09/9847ceea-ee33-4df3-a03a-0b28b304a5c5.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

MORAES, Mário Sérgio de. 50 anos construindo democracia: do golpe de 1964 à Comissão Nacional da Verdade. São Paulo: Instituto Vladimir Herzog, 2014.

NUZZI, Vitor. Movimento pela memória não tem volta, ‘não depende de comissão’, diz procuradora exonerada: Retirada sem aviso da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga ressalta papel das famílias e critica o presidente. Rede Brasil Atual, São Paulo, 1 ago. 2019. Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/08/movimento-pela-memoria-nao-tem-volta-nao-depende-de-comissao-diz-procuradora-exonerada/. Acesso em: 15 jul. 2021.

NUZZI, Vitor. MPF tenta anular decreto de Bolsonaro sobre mortos e desaparecidos na ditadura: Para procuradores, ato presidencial teve desvio de finalidade ao trocar integrantes da Comissão de Mortos e Desaparecidos formada para apurar crimes, e incluir nela apoiadores do regime. Rede Brasil Atual, São Paulo, 2 out. 2019. Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/10/mpf-justica-decreto-mortos-desaparecidos/. Acesso em: 15 jul. 2021.

REDE BRASIL ATUAL (RBA). Damares anula mais de 150 reconhecimentos de anistiados políticos: Nas portarias publicadas no Diário Oficial, ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos alega “ausência de comprovação” de perseguição política. São Paulo, 11 mar. 2021. Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2021/03/damares-anula-reconhecimentos-anistiados-politicos/. Acesso em: 15 jul. 2021.

REMÍGIO, Rodrigo Ferraz de Castro. Democracia e anistia política: rompendo com a cultura do silêncio, possibilitando uma justiça de transição. BRASIL. Ministério da Justiça. Comissão de Anistia. Revista Anistia Política e Justiça de Transição. Nº 1, (jan/jun. 2009). Brasília: Ministério da Justiça, p. 178 - 201.

SANTOS, Sheila Cristina. A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e a reparação do Estado às vítimas da ditadura militar no Brasil. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2008 (Dissertação, Mestrado em Ciências Sociais).

SILVA FILHO, José Carlos Moreira da. Dever da memória e a construção da história viva: a atuação da Comissão de Anistia do Brasil na concretização do direito à memória e à verdade. In: SANTOS, Boaventura de Souza. ABRÃO, Paulo. SANTOS, Cecília McDowell. TORELLY, Marcelo D. (orgs.). Repressão e memória política no contexto ibero-brasileiro: estudos sobre Brasil, Guatemala, Moçambique, Peru e Portugal. Brasília: Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Portugal: Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Sociais, 2010.

SOUSA, Luiza Erundina de. A vala de Perus. BRASIL. Ministério da Justiça. Comissão de Anistia. Vala clandestina de Perus: desaparecidos políticos, um capítulo não encerrado da história brasileira. São Paulo, 2012.

TEITEL, Ruti G. Transitional Justice Genealogy. Harvard Human Rights Journal, v. 16, 2003, p. 69-94.

TORELLY, Marcelo D. Justiça transicional, memória social e senso comum democrático: notas conceituais e contextualização do caso brasileiro. In: SANTOS, Boaventura de Souza. ABRÃO, Paulo. SANTOS, Cecília McDowell. TORELLY, Marcelo D. (orgs.). Repressão e memória política no contexto ibero-brasileiro: estudos sobre Brasil, Guatemala, Moçambique, Peru e Portugal. Brasília: Ministério da Justiça, Comissão de Anistia; Portugal: Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Sociais, 2010.

Downloads

Publicado

26-05-2022

Como Citar

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e seu desmonte por parte do governo Bolsonaro . Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 1–29, 2022. DOI: 10.35699/2525-8036.2022.35917. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e35917. Acesso em: 18 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 294

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.