La ficción del “poder por el poder”
problematizaciones sobre la finalidad del Estado en la filosofía práctica de Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2023.45928Palabras clave:
Aristóteles, Ética, Política, Bien comúnResumen
Este ensayo tiene como objetivo i) argumentar la relevancia de los valores morales en la determinación de las acciones políticas; ii) presentar un panorama de las formas de poder político en la antigüedad y la modernidad, destacando, a través del paralelismo entre las experiencias históricas de las polis y los estados-nación, sus debidas similitudes y diferencias; iii) explorar algunos puntos críticos de la filosofía práctica de Aristóteles en cuanto al concepto de “bien común” como fin natural de la comunidad y su identificación con el fin humano, la felicidad; iv) esbozar una defensa de la necesidad del bien común como valor normativo que sustente la construcción de una concepción de la ciencia política poderosa en nuestro tiempo en vista de sus posibilidades efectivas. En este recorrido, buscamos reflexionar sobre algunas cuestiones a la luz del pensamiento aristotélico para evaluar el lugar que ocupa el sentido de la vida política, es decir, el “bien común” -vinculado esencialmente, en su teoría, a la justicia, la promoción de la virtud y de la condición de libertad-, como concepto que moviliza problemas para la ciencia política de nuestro tiempo.
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