O signo-carranca na artesania afetiva da Dama do Barro
Leituras em torno dos processos criativos de Ana das Carrancas
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2024.52745Palavras-chave:
Artesanato de barro, Ana das Carrancas, Corporeidade, carrancas do rio São FranciscoResumo
Este trabalho parte de uma abordagem compreensiva da linguagem artística de Ana das
Carrancas, uma artesã da cidade de Petrolina, localizada às margens do rio São Francisco, no estado de Pernambuco, Brasil. Trata-se de refletir a sua produção de carrancas no rio São Francisco como um registro revelador de encontros entre a artista e a alteridade do mundo. A partir de uma pesquisa documental, analisamos jornais impressos digitalizados, revistas e notícias veiculadas em sites jornalísticos da internet sobre a sua vida e obra. Observamos, por fim, que há uma emergência do signo-carranca nas vivências dos barqueiros, assim como na arte de Ana das Carrancas, estimulando processos de corporificações e produções simbólicas de semioses afetivas.
Referências
ANDRADE, Emanuel. A Dama do Barro. Petrolina: Editora Franciscana, 2006.
AQUINO, Sonha Maria Coelho de; EPIPHANIO, Erika Hofling. Vida e arte de Ana das Carrancas: uma
análise sob o olhar da logoterapia. Travessias, Cascavel, v. 16, n. 2, p. 104-117, ago. 2022.
BRAGA, Bya. Mascaramento corporal e diversidade em saberes. In: ICA-CONGRESO INTERNACIONAL
DE AMERICANISTAS, 56., 2018, Salamanca. Memoria del 56º Congreso Internacional de
Americanistas. Salamanca: Ediciones Universidad Salamanca, 2018. p. 1113-1120.
BRAGA, Bya; PEREIRA, Gabriel, MARSCHNER, Jaciara. Cores, corporeidades e alegrias de viver:
convívios com as máscaras e mascaramentos dos teatros de tradição popular de Minas Gerais no
Brasil. Revista Aspas, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 26-38, dez. 2022.
BRUM, Eliane. Ana das carrancas deu adeus a Zé dos Barros. Revista Época, Rio de Janeiro, 9 out.
Disponível em: https://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT14415-15228-14415
,00.html. Acesso em: 12 maio 2021.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 12. ed. São Paulo: Global, 2012.
FULY, André. Carrancas do São Francisco. [S. l.: s. n.], 2008. 1 vídeo (6 min). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vgvCHDxVAbI. Acesso: 1 maio 2024.
GIUDICE, Dante Severo. História cultura turismo e desenvolvimento em Juazeiro - BA. Revista de
Desenvolvimento Econômico, Salvador, ed. esp., p. 540-557, dez. 2015.
GUALBERTO, Tiago. Ana das Carrancas, a Dama do Barro. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2017. p. 1-4.
Disponível em: http://www.museuafrobrasil.org.br/docs/default-source/publica
%C3%A7%C3%B5es/gualberto-tiago-ana-das-carrancas.pdf?sfvrsn=0. Acesso: 22 ago. 2024.
INNIS, Robert. Between Philosophy and Cultural Psychology. Cham: Springer, 2020.
LE BRETON, David. Antropologia dos sentidos. Petrópolis: Vozes, 2016.
MACHADO, Regina Coeli Vieira. Carrancas do São Francisco. Recife: Fundação Joaquim Nabuco,
MACHADO, Vinicius Torres. A máscara no teatro moderno: do avesso da tradição à
contemporaneidade. São Paulo: Editora Unesp, 2018.
MELO, Francisco Bandeira de. Conversa com Ana das Carrancas à margem do São Francisco. Diário de
Pernambuco, Recife, edição 164, 3º caderno, p. 2, 12 jul. 1970.
MIRANDA, Rosélia. O desenho das carrancas e seus significados. In: SEMINÁRIO DO PROGRAMA DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENHO, CULTURA E INTERATIVIDADE, 14., 2019, Feira de Santana. O pensar
desenho: reflexões culturais e interdisciplinares. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de
Santana, 2019. p. 1-16.
NEVES, Zanoni. Os remeiros do São Francisco na literatura. Revista de Antropologia, v. 46, n. 1, p.
-210, dez. 2003.
NOGUEIRA, Lucas. O amor e arte de Ana e José. Petrolina: Marcia Ribeiro Editoração, 2022.
PARDAL, Paulo. Carrancas do São Francisco. 2. ed. Rio de Janeiro: Serviços de Documento Geral da
Marinha, 1981.
PINHEIRO, Marina Assis. Body, Affectivity and Language: The Affective Semiosis of the Emergence of
the New. In: INNIS, Robert E. (org.). Between Philosophy and Cultural Psychology. Cham: Springer,
p. 97-105.
PINHEIRO, Marina Assis. Psicologia, Arte e Vida: o cotidiano como gestação do inédito. In: MELLO, Ana
Maria A.; HAZIN, Izabel (org.). Nordeste Criança: olhares da infância. Brasília: Conselho Federal de
Psicologia, 2021. p. 36-44.
PINHEIRO, Marina Assis; MÉLO, Roberta de Sousa. Diários de confinamento: a emergência do novo na
intimidade da relação eu-outro-mundo. Psicologia & Sociedade, v. 32, p. 1-18, 2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Roberta de Sousa Mélo, Rafael De Oliveira Rodrigues
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.