Revisitando Edward Yang

Imagética, autoficção e temporalidade

Autores

  • Marcos Aurélio Felipe Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2019.16115

Palavras-chave:

Edward Yang, Regimes Narrativos, Linguagem do cinema

Resumo

Este ensaio consiste no estudo da imagética, da história e da temporalidade em Edward Yang. Busca investigar como essas dimensões são configuradas em um regime de imagéité que, a partir da concepção de rede cinematográfica, estrutura-se em graus de aproximações e distanciamentos entre visibilidade e invisiblidade, na materialidade narrativa da história e na temporalidade labiríntica e circular. Com a análise fílmica e contextual de Aquele dia na praia (1983), Um dia quente de verão (1991) e As coisas simples da vida (2000), conclui-se que, ao configurarem regimes narrativos sobre questões centrais do cinema (imagéticos, históricos e temporais), os filmes se constituem como linguagem na dialética com a realidade que abordam e com o mundo histórico que (re)inventam, com doses significativas de autoficcionalização e intersecção entre histórias individuais e coletivas.

Biografia do Autor

Marcos Aurélio Felipe, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Brasil

Professor associado do Centro de Educação-CE, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN. Integra o corpo docente do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo (DPEC). Tem graduação em história, mestrado e doutorado em educação pela UFRN. Atua nos componentes da área das tecnologias e linguagens na educação. Tem publicações em periódicos nacionais e internacionais. Pesquisa história e linguagem do documentário, cinematografias contemporâneas e, atualmente, desenvolve projeto de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM/UFPE) sobre cinema indígena, a partir das produções audiovisuais e das dimensões formativas da ONG Vídeo nas Aldeias (VNA).

 

PUBLICAÇÕES – ÚLTIMOS TRÊS ANOS

 

Publicações de artigos - 2018:

FELIPE, Marcos Aurélio. Aportes para análise fílmica em contextos educativos: o cinema de Aloysio Raulino (1968-1980)”. IN: NORONHA, Claudianny Amorim; BARBOSA, Tatyana Mabel Nobre; ARAÚJO, Magnólia Floriano Fernandes de (Orgs.). Leitura e escrita em diferentes contextos de aprendizagem: letramentos, sustentabilidade e perspectiva de ensino.São Paulo:Editora Livraria da Física, 2018. p. 259-287

FELIPE, Marcos Aurélio. O filme documentário (1922-1960): artifício, registro e (re)produção da realidade. Doc On-line – Revista Digital de Cinema Documentário, n. 23, p. 105-128, mar.  2018. DOI: http://dx.doi.org/10.20287/doc.d23.ar02

FELIPE, Marcos Aurélio. 2018. Escrituras fílmicas problematizadoras do mundo histórico: a ‘questão indígena’ no Brasil. Famecos – mídia, cultura e tecnologia, v. 25, n. 2, p. 1-30, mai./ago. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.15448/1980-3729.2018.2.29351

FELIPE, Marcos Aurélio. Problemáticas do contemporâneo em Tsai Ming-Liang: memória, distanciamentos e sexualidade. Aniki – Revista Portuguesa da Imagem em Movimento, v. 5, n. 2, p. 257-283, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.14591/aniki.v5n2.361

 

Publicações de artigos - 2019

FELIPE, Marcos Aurélio. Variações sobre o cinema de Vincent Carelli: múltiplos reflexos – DOC On-line – revista digital do cinema documentário– Universidade da Beira Interior (UBI, Portugal / Unicamp). DOI: http://dx.doi.org/10.20287/doc.d25.dt01

FELIPE, Marcos Aurélio. Contranarrativas fílmicas Guarani Mbya: atos decoloniais de desobediência estética e institucionais – Matrizes – Revista da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP).DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i1p231-254

 

Artigos aceites - 2019:

FELIPE, Marcos Aurélio. Dimensões (Auto)biográficas em Hou Hsiao-hsien – E-Compós– Revista da Compós - dos Programas de Pós-graduação em Comunicação. Brasil. Publicação prevista para 2019.2.

FELIPE, Marcos Aurélio. Escrituras documentárias contra a barbárie – Caiana– Revista de Historia del Arte y Cultura Visual  del Centro Argentino (Caia). Argentina. Publicação prevista para julho/2019.

Referências

AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. Dicionário teórico e crítico de cinema. 5. ed. Campinas: Papirus, 2012.

BADIOU, Alain. O cinema como experimentação filosófica. In: YOEL, Gerardo (org.). Pensar o cinema. São Paulo: Cosac Naify, 2015. p. 31-82.

BURDEAU, Emmanuel. Rencontre avec Hou Hsiao-hsien. In: FRODON, Jean-Michel (org.). Hou Hsiao-hsien. Paris: Editions Cahiers du Cinema, 2005. p. 65-133.

CHIAO, Peggy. Aux sources du sentiment national. In: FRODON, Jean-Michel (org.). Hou Hsiao-hsien. Paris: Editions Cahiers du Cinema, 2005. p. 49-51.

CHION, Michel. A audiovisão. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2016.

COLONNA, Vincent. Tipologia da autoficção. In: NORONHA, Jovita Maria Gerheim (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 39-68.

GASPARINI, Philippe. Autoficção é o nome de quê? In: NORONHA, Jovita M. Gerheim (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 21-38.

FELIPE, Marcos Aurélio. Problemáticas do contemporâneo em Tsai Ming-liang: memória, distanciamentos e sexualidade. Aniki, v. 5, n. 2, p. 257-283. 2018.

FELIPE, Marcos Aurélio. Dimensões (auto)biográficas em Hou Hsiao-hsien. E-compós, v. 22, p. 1-23, 2019.

FRODON, Jean-Michel. En Haut du Manguier de Fengshan, Immergé dans L’espace et le Temps. In: FRODON, Jean-Michel; SALLES, Walter (org.). Hou Hsiao-hsien. Paris: Editions Cahiers du Cinema, 2005. p. 11-28.

FRODON, Jean-Michel. Le cinema d’Edward Yang. Paris: Éditions de l’éclat, 2010.

JEANNELLE, Jean-louis. A quantas anda a reflexão sobre autoficção? In: NORONHA, Jovita Maria Gerheim (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 127-164.

LECARME, Jacques. Autoficção: um mau gênero? In: NORONHA, Jovita Maria Gerheim (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 67-110.

LEJEUNE, Philippe. Peça em cinco atos. In: NORONHA, Jovita Maria Gerheim (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 21-38.

LOPES, Frederico. Um certo sorriso e a urgência do olhar. Doc On-line, n. 2, p. 130-134, jul. 2007.

MONTEIRO, Lúcia Ramos. Diante da catástrofe. Imagem em movimento, imagemapagamento e cemitério marinho. Ars, n. 33, ano 16, p. 197-217, 2018

PEREIRA, Ana Catarina. A insustentável leveza do ser em Yi Yi. O Olhar, São Carlos, n. 24-25, p. 1-9, jan./dez. 2011.

RANCIÈRE, Jacques. O destino das imagens. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

RANCIÈRE, Jacques. Historicidade no cinema. Significação, São Paulo, v. 44, n. 48, p. 245-263, jul./dez. 2017.

WU, Isabelle. Edward Yang: cine-topographie. In: FRODON, Jean-Michel. Le cinéma d’Edward Yang. Paris: Éditions de l’éclat, 2010. p. 216-220.

Downloads

Publicado

2019-11-22

Como Citar

FELIPE, M. A. Revisitando Edward Yang: Imagética, autoficção e temporalidade. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 9, n. 18, p. 286–311, 2019. DOI: 10.35699/2237-5864.2019.16115. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/16115. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Seção aberta