Revisitando Edward Yang
Imagética, autoficção e temporalidade
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2019.16115Palavras-chave:
Edward Yang, Regimes Narrativos, Linguagem do cinemaResumo
Este ensaio consiste no estudo da imagética, da história e da temporalidade em Edward Yang. Busca investigar como essas dimensões são configuradas em um regime de imagéité que, a partir da concepção de rede cinematográfica, estrutura-se em graus de aproximações e distanciamentos entre visibilidade e invisiblidade, na materialidade narrativa da história e na temporalidade labiríntica e circular. Com a análise fílmica e contextual de Aquele dia na praia (1983), Um dia quente de verão (1991) e As coisas simples da vida (2000), conclui-se que, ao configurarem regimes narrativos sobre questões centrais do cinema (imagéticos, históricos e temporais), os filmes se constituem como linguagem na dialética com a realidade que abordam e com o mundo histórico que (re)inventam, com doses significativas de autoficcionalização e intersecção entre histórias individuais e coletivas.
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