A reinvenção de um gesto
o desenho e suas origens
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2024.47874Palavras-chave:
Dibutades, Desenho, Sombras, ProjeçãoResumo
Este artigo revisita a lenda de Dibutades contada por Plínio, o Velho, a partir da perspectiva da linguagem do desenho, procurando analisar os principais elementos fundadores dessa história, como as sombras, a inscrição, a projeção e suas relações com uma fenomenologia do desenhar. O caminho que transforma a lenda da origem da pintura em lenda da origem do desenho, ao mesmo tempo que reforça o seu caráter mítico, prepara a autonomia do desenho na arte.
Referências
ATHÉNAGORE. Supplique aux sujets des Chrétians. Tradução de Gustave Bardi. Paris: Edições du
Cerf, 1943.
D’ARGENVILLE, Dezzalier. Discours préliminaire sur la connaissance des dessins. Abrégé de la vie
des plus fameux peintres avec leurs portraits gravés en taille douce et les indications des leurs
principaux ouvrages. Paris: [s. n.], 1762. (tomo 1).
BERGER, John. The Sense of Sight: Writings. New York: Vintage Books, 1993.
BISCHOFF, Ulrich. Eduard Munch. Paris: Taschen, 1993.
BISMARK, Mário. Contornando a origen do desenho. Psiax: Estudos e Reflexões sobre Desenho e
Imagem, n. 3, p. 36-38, 2004. Disponível em: https://sigarra.up.pt/faup/pt//pub_geral.pub_view?
pi_pub_base_id=103310. Acesso em: 26 fev. 2024.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Le disegno de Vasari, ou le bloc-notes magique de l’histoire de l’art. La
Part de L’oeil, Bruxelas, n. 6, dossier dessin, p. 31-51, 1990.
DUBOIS, Philippe. L’acte photographique. Paris: Nathan, 1990.
ELIADE, Mircea. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, 1972.
FRESNAULT-DERUELLE, Pierre. Le reflet opaque: le revenant, la mort, le diable (petite iconologie de
l’ombre portée). Semiotica, v. 79, n. 1-2, p. 137-153, out. 1990.
GOGUEL, Catherine Monbeig. La science du connaisseur. In: L’oeil du connaisseur: hommage à
Philip Pouncey. Catálogo da exposição. Paris: Musée du Louvre, 1992. p. 23-30.
GONÇALVES, Flávio. Um percurso para o olhar: o desenho e a terra. Revista Porto Arte, Porto
Alegre, v. 13, n. 23, p. 31-40, nov. 2005. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/index.php/PortoArte/article/view/27917. Acesso em: 26 fev. 2024.
GONÇALVES, Flávio. Através. Revista-Valise, Porto Alegre, v. 3, n. 5, ano 3, p. 95-108, jul. 2013.
Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/RevistaValise/article/view/41369/26209. Acesso em:
fev. 2024.
GOMBRICH, Ernst H. Ombres Portées: leur représentation dans l’art occidental. Paris: Gallimard,
HAAS, Patrick de. Entre projectile et projet: aspects de la projection dans les années vingt. In: PAÏNI,
Dominique (dir.). Projections: les transports de l’image. Paris: Hazan: Le Fresnoy, 1997. p. 95-125.
(Publicação que acompanha a exposição de mesmo título, realizada de nov. 1997-jan. 1998, no
Fresnoy, Studio national des arts contemporains, Tourcoing, França).
HUTTER, Heribert. Drawing: History and Technique. London: Thames and Hudson, 1968.
KAUFMANN, Thomas da Costa. The Perspective of Shadows: The History of the Theory of Shadow
Projection. Journal of the Warburg and Courtald Institutes, London, v. 38, p. 258-287, 1975.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Phenomenologie de la perception. Paris: Gallimard, 1998.
MONDZAIN, Marie-Jose. What does seeing an image means? Journal of Visual Culture, n. 9-3, p.
-315, 2010.
MUECKE, Frances. Taught by love: The Origin of Painting Again. Art Bulletin, v. 81, n. 2, p. 297-302,
jun. 1990.
NOUGARET, Pierre Jean-Baptiste. Anecdotes des Beaux-Arts, volume I: Contenant Tout Te Que la
Peinture, la Sculpture, la Gravure, l’Architecture, la Littérature, la Musique, & C. Paris: Jean François
Bastien, 1776.
PANOFSKY, Erwin. Idea: a evolução do conceito de belo. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
PEIRCE, Charles Sanders. The New Elements of Mathematics, Vol. 4. New Jersey: Humanities
Press, 1960.
PLINY. The Natural History. Edited by John Bostock and H. T. Riley. London: Taylor & Francis, 1855.
Disponível em: http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext
%3A1999.02.0137%3Abook%3D35%3Achapter%3D43. Acesso em: 26 fev. 2024.
PLINY. Pliny Natural History: with an english translation in ten volumes. Tradução H. Rackham.
Harvard: Harvard University Press, 1961. (volume IX, livro XXXV).
ROSAND, David. Drawing Acts: Studies in Graphic Expression and Representation. Cambridge:
University Press, 2002.
ROSE, Bernice. Drawing Now. Catálogo de exposição. New York: Museum of Modern Art, 1976. 96 p.
Disponível em: https://www.moma.org/calendar/exhibitions/2034?locale=pt. Acesso em: 26 fev.
ROSEBLUM, Robert. The Origin of Painting: A problem in the Iconography of Romantic Classicism.
The Art Bulletin, v. 39, n. 4, p. 279-290, Dec. 1957.
SANTAELLA, Lúcia. O método anticartesiano de C. S. Peirce. São Paulo: Editora Unesp, 2004.
STOICHITA, Victor. Short History of Shadows. London: Reaktion Books, 1997.
TISSERON, Serge. Le Dessein du Dessin: geste graphique et processus du deuil. In: WIART, Claude et
al. Art et Fantasme. Paris: Champ Valon, 1984. p. 91-105.
VÁLERY, Paul. Degas Dance Dessin. Paris: Gallimard, 1983.
Downloads
Publicado
Versões
- 2024-05-13 (2)
- 2024-04-01 (1)
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Flávio Roberto Gonçalves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado
- É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A Revista PÓS não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.