Características físico-químicas do queijo Minas Frescal comercializados em feiras livres da cidade de Montes Claros, Minas Gerais

Autores

  • Handray Fernandes de Souza Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Montes Claros, MG, Brasil
  • Gabriel Sthefano Lourenço Pereira Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Montes Claros, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0003-1549-9054
  • Fernanda Guimarães Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Montes Claros, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0003-1144-0880
  • Lílian Ferreira Neves Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Montes Claros, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3690-1252
  • Sandro Braga Soares Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Montes Claros, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0002-5342-7230
  • Bruna Mara Aparecida de Carvalho Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Montes Claros, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0001-8980-8599
  • Igor Viana Brandi Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Agrárias. Montes Claros, MG, Brasil https://orcid.org/0000-0001-6714-7996

DOI:

https://doi.org/10.35699/2447-6218.2019.3055

Palavras-chave:

Norte de Minas Gerais, Produção queijeira, Produção artesanal, Derivado do leite

Resumo

O queijo Minas Frescal representa a maioria dos queijos comercializados em feiras e mercearias em consequência do alto rendimento na fabricação e preço acessível à população. Diante disso, o objetivo com este trabalho foi avaliar as características físico-químicas deste queijo comercializado em feiras livres na cidade de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Após a coleta de queijos em cinco diferentes feiras, foram avaliadas as características referentes ao pH, acidez, umidade, proteína e gordura. Observou-se falta de padronização na produção associada a variação nos teores de umidade (32,62 a 54,06%), proteínas (34,21 a 49,43%) e gordura no extrato seco (41,30 a 58,41%). Em relação aos valores de pH e acidez dos produtos, a temperatura de armazenamento pode torná-los mais ácidos em consequência do tempo de exposição nos locais de venda. Conclui-se que a aplicação de procedimentos operacionais e tecnológicos adequados pode melhorar a qualidade dos produtos, cuja maior procedência é artesanal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Association of Official Agricultural Chemists – AOAC. 1995. Official methods of the Association of the Agricultural Chemists. 16. ed. Washington DC, v. 2, 1094 p.

Bemfeito, R. M.; Rodrigues, J. F.; Silva, J. G.; Abreu, L. R. 2016. Temporal dominance of sensations sensory profile and drivers of liking of artisanal Minas cheese produced in the region of Serra da Canastra, Brasil. Journal of Dairy Science 99: 7886-7897. Doi: 10.3168/jds.2016-11056.

Benaouadj, F.; Ziane-Zafour, A. H.; Rebiha, M. 2016. Effects of modified starch and fat on the rheological characteristics of newly formulated processed cheese: use of experimental design method. Journal of Dispersion Science and Technology 38: 693-698. Doi: 10.1080/01932691.2016.1189833.

Bynum, O. G.; Barbano, M. D. 1985. Whole milk reverse osmosis retentates for cheddar cheese manufacture: Chemical changes during aging. Journal of Dairy Science, 68: 1–10. Doi: 10.3168/jds.S0022-0302(85)80789-X.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2004. Instrução Normativa n. 04 de 01 de março de 2004. Alteram a Portaria n. 352 de 04 de setembro de 1997. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 05 (Seção 1). Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/1431339/pg-36-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-08-09-1997.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1997. Portaria n. 352 de 04 de setembro de 1997. Regulamento técnico de identidade e qualidade de queijos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília 04 (Seção 1). Disponível em: https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/legislacoes/portaria-ma-352-de-04-09-1997,644.html.

Caruso, E. C.; Oliveira, A. 1999. Quantificação de lactose em queijos minas frescal. Scientia Agricola 56: 243-246. Doi: 10.1590/S0103-90161999000100033.

Cavalcante, J. F. M.; Andrade, N. J.; Furtado, M. M.; Ferreira, C. L. L. F.; Pinto, C. L. O.; Elard, E. 2007. Processamento do queijo coalho regional empregando leite pasteurizado e cultura lática endógena. Ciência e Tecnologia de Alimentos 27: 205-214. Doi: 10.1590/S0101-20612007000100036.

Correia, P. M. R.; Vitor, A.; Tenreiro, M.; Correira, A. C; Pinto, A; Barracosa, P.; Madanelo, J.; Vacas, M.; Guiné, R. P. F. 2014. Influence of different processing parameters in physical and sensorial properties of Serra de Estrela cheese. Journal of Hygienic Engineering and Design 8: 135-140. Disponível em: http://repositorio.ipv.pt/bitstream/10400.19/2424/1/SCAN_JHED_Cheese.pdf.

Dias, B. F.; Ferreira, S. M.; Carvalho, V. S.; Soares, D. S. B. 2016. Qualidade microbiológica e físico-química de queijo minas frescal artesanal e industrial. Revista de Agricultura Neotropical 3: 57-64. Doi:10.32404/rean.v3i3.1211.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 2015. Produção da Pecuária Municipal. Rio de Janeiro, v. 43, p. 1-49. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/84/ppm_2015_v43_br.pdf.

Martins, J. M.; Galinari, E.; Pimentel-Filho, N. J.; Ribeiro Júnior, J. I.; Furtado, M. M.; Ferreira, C. L. L. F. 2015. Determining the minimum ripening time of artisanal Minas cheese, a traditional Brazilian cheese. Brazilian Journal of Microbiology 46: 219-230, 2015. Doi: 10.1590/S1517-838246120131003.

Montes Claros. 2010. Prefeitura Municipal de Montes Claros. Queijos artesanais em Montes Claros movimentam a economia da cidade. Disponível em: http://www.montesclaros.mg.gov.br/agencia_noticias/2010/fev10/not_18_02_10_0863.php.

Nassu, R. T.; Araújo, R. S.; Guedes, C. G. M.; Rocha, R. G. A. Diagnóstico das condições de processamento e caracterização físico-química de queijos regionais e manteiga no Rio Grande do Norte. Fortaleza: Embrapa

Agroindústria Tropical, 2003. 24 p. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPAT/7823/1/bd_11.pdf.

Oliveira, J. S. Queijo: fundamentos tecnológicos. São Paulo: Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia / Fundação Tropical de Pesquisas e Tecnologia, 1981.

Perin, L. M.; Bello, B. D.; Belviso, S.; Zeppa, G.; Carvalho, A. F.; Cocolin, L.; Nero, L. A. 2015. Microbiota of Minas cheese as influenced by the nisin producer Lactococcus lactis subsp. lactis GLc05. International Journal of Food Microbiology 214: 159-167. Doi: 10.1016/j.ijfoodmicro.2015.08.006.

Queiroga, R. C. R. E.; Guerra, I. C. D.; Oliveira, C. E. V.; Oliveira, M. E. G.; Souza, E. L. 2009. Elaboração e caracterização físico-química, microbiológica e sensorial de queijo “tipo minas frescal” de leite de cabra condimentado. Revista Ciência Agronômica 40: 363-372. Disponível em: http://ccarevista.ufc.br/seer/index.php/ccarevista/article/view/755/354.

Singh, T. K.; Drake, M. A.; Cadwallader, K. R. 2003. Flavor of Cheddar cheese: A chemical and sensory perspective. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety, 2: 139–161. Doi: https://doi.org/10.1111/j.1541-4337.2003.tb00021.x.

Silva, T. V.; Santos, M.; Takaki, A. M.; Mimura, H. J.; Alvarez, D. C. 2008. Caracterização físico-química de queijos tipo minas Frescal produzidos por pequenos produtores do município de Guarapuava e região. In: SALÃO DE EXTENSÃO E CULTURA. Anais... Unicentro, Paraná, 2008. Disponível em: http://www.unicentro.br/proec/publicacoes/salao2008/.

Van Nieuwenhove, C. P.; Cano, P. G.; Chaia, A. B. P.; González, S. N. 2007a. Chemical composition and fatty acid content of buffalo cheese from Northwest Argentina: effect on lipid composition of mice tissues. Journal of Food Lipids 14: 232-243. Doi: 10.1111/j.1745-4522.2007.00082.x.

Van Nieuwenhove, C. P.; Oliszewski, R.; González, S. N. ; Chaia, A. B. P. 2007b. Influence of bacteria used as adjunct culture and sunflower oil addition on conjugated linoleic acid content in buffalo cheese. Food Research International 40: 559-564. Doi: 10.1016/j.foodres.2006.08.003.

Yunes, V. M.; Benedet, H. D. 2000. Desenvolvimento experimental de queijo fresco de leite da espécie bubalina. Ciência e Tecnologia de Alimentos 20: 285-290. Doi: 10.1590/S0101-20612000000300002.

Downloads

Publicado

2019-08-26

Como Citar

Souza, H. F. de, Pereira, G. S. L., Guimarães, F., Neves, L. F., Soares, S. B., Carvalho, B. M. A. de, & Brandi, I. V. (2019). Características físico-químicas do queijo Minas Frescal comercializados em feiras livres da cidade de Montes Claros, Minas Gerais. Caderno De Ciências Agrárias, 11, 1–5. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2019.3055

Edição

Seção

COMUNICAÇÕES CIENTÍFICAS
Share |

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)