A linguagem queer e a desmistificação do monumental
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2023.41723Palavras-chave:
Teoria queer, artes, escrita acadêmica, performanceResumo
A partir da ideia de que as funções de escrita acadêmica estão inscritas em práticas normativas e não podem existir para além das fronteiras das práticas convencionais, ou para usar um termo mais adequado, “heterossexuais”, a autora articula a noção de escrita queer para a produção científica em artes. A partir de uma abordagem metodológica que envolve a scavenger methodology (Halberstam), o conceito de “sublime no banal”, de Denilson Lopes (2007) e a “desaquendação” da colonialidade, o texto, ao investir em novas lógicas e abordagens inovadoras, encontra formas de resistir à normalização dos discursos dominantes na sala de aula e reivindica um sentido de agência na e através da escrita, que em última análise, funciona para silenciar vozes dissidentes.
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