NEOLIBERALISMO E SOFRIMENTO MENTAL ENTRE SERVIDORES DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-037X.2023.46003Palavras-chave:
Educação, Trabalho., Saúde MentalResumo
O objetivo deste estudo foi investigar as repercussões das transformações no âmbito da educação pública advindas do sistema neoliberal na saúde mental e no trabalho de docentes e técnico-administrativos do ensino público federal. Trata-se de um estudo de corte transversal de prevalência de absenteísmo por Transtornos Mentais e Comportamentais (TMC) entre os servidores de uma instituição de ensino. Buscou-se integrar de forma interdisciplinar os diferentes referenciais teóricos e modelos da saúde mental relacionada ao trabalho, resguardadas as diferenças epistemológicas, bem como escapar do reducionismo diante de um tema de tal complexidade. Os resultados evidenciaram que as dinâmicas laborais impostas pelo neoliberalismo afetam a relação entre saúde mental e trabalho dos servidores, repercutindo na intensificação do trabalho, dimensão “demanda”, nas formas de organização e gestão, dimensões “apoio da chefia” e “mudanças”, com o agravante do cenário de instabilidade e insegurança da educação pública. A pesquisa acionou um alerta sobre a importância de políticas públicas para promover cuidados e atenção à saúde mental de servidores públicos federais.
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