O estudo do choro como ferramenta e estímulo à aprendizagem musical

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2022.35058

Palavras-chave:

Aprendizagem musical, Choro, Improvisação, Música brasileira, Performance musical

Resumo

Este artigo pretende discutir e trazer à reflexão o papel do gênero Choro na formação do músico instrumentista. Buscou-se fomentar elementos norteadores para linhas de atuações no cenário pedagógico-musical, subsidiadas pela caracterização do Choro no estudo do instrumento musical, sobretudo na performance musical e, dentro dela, a improvisação. Ressalta-se, ainda, que o gênero em questão é bastante difundido no meio musical, em que seus preceitos composicionais têm sido utilizados na formação do jovem músico aprendiz. O tema mostra outro aspecto do ensino musical: a inserção dessa música brasileira, de cunho popular, nas diretrizes acadêmicas escolares, buscando evidências plausíveis à questão da aprendizagem e do estímulo musicais. 

Biografia do Autor

  • Johnson Joanesburg Anchieta Machado, Universidade Federal de Goiás

    Possui o doutorado em música (Performance em Clarineta) pela The University of Kansas/EUA, como bolsista da CAPES/FULBRIGHT, com orientação do Dr. Larry Maxey, Dra. Roberta Schwartz e Dra. Stephanie Zelnick. Mestrado em Música (Performance em Clarineta) pela The University of Miami (1998), sob orientação da Dra. Margaret Donaghue, Especialização pela UFRJ (1994) com o Prof. José Carlos de Castro e Bacharel em Clarineta pela Universidade de Brasília (1991) na classe do Prof. Luiz Gonzaga Carneiro. No Brasil, participou da Banda do Colégio Piamarta (Fortaleza); estudou no Conservatório Alberto Nepomuceno (Fortaleza); no Curso de Licenciatura da Universidade Estadual do Ceará/UECe (1986); no Conservatório de Tatuí/SP, com o Prof. Nivaldo Donegá (1987); Realizou, ainda, o Festival de Campos do Jordão, Curitiba e Vitória com José Botelho; e Festival de Brasília, com Paulo Sergio Santos. Atuou sob a batuta dos seguintes Maestros: Isaac Karabtchevsky, Henrique Morelenbaum, Sílvio Barbato, Ernani Aguiar, Leonardo Bruno, Helder Trefzger, Modesto Flávio, Glicínia Mendes, Thomas Sleeper, Gary Green, John Lynch, David Neely, Emílio de Cesar, Joaquim Jayme, entre outros. Nos EUA, participou do Brevard Music Festival, estudando com o Prof. Steve Cohen, bem como Masterclass com Elsa Verderhn, David Shrifin, Maurita Mead, Loren Kitt, Paul Garner e Michael Wayne. Já se apresentou como solista com a Orquestra Sinfônica da UFRJ, da Orquestra Filarmônica do ES, com a Camerata do SESI, Mozarteum Vitoria-ES, Orquestra Jovem de Goiás e Sinfônica de Goiânia.

  • Roberto Stepheson Anchiêta Machado, Colégio Pedro II

    Doutor em música pela UNIRIO e é professor do Departamento de Educação Musical do Colégio Pedro II, onde atua no ensino, na pesquisa e coordena o grupo de pesquisa GEAPEM. É compositor, arranjador, flautista e saxofonista. Possui dois trabalhos fonográficos com o grupo Sembatuta – “Sembatuta” (1997) e “Sembatuta Com Tempero” (2005) – e três trabalhos solos: “Olha o Pife” (2006), inspirado nas bandas de pífanos do Nordeste brasileiro, “Paisagem” (2003), duo de saxofone e piano, e “Noite Samba Jazz” (2021/2022), projeto mais recente calcado no samba jazz. Como músico profissional, tocou, arranjou e/ou gravou com vários artistas da música brasileira, dentre eles Elba Ramalho, Emílio Santiago, Leny Andrade, Marcelo Camelo, Maria Rita, Simone, Moraes Moreira, atuando com este último por 27 anos.

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Publicado

2022-06-04

Edição

Seção

Artigos em Português/Espanhol

Como Citar

“O Estudo Do Choro Como Ferramenta E estímulo à Aprendizagem Musical”. 2022. Per Musi, nº 42 (junho): 1-12. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2022.35058.

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