Editorial Comemorativo dos 20 anos da RBPEC
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2021u563593Palavras-chave:
RBPEC, Editorial 20 anos, Editoração de Revista Científica, Pesquisa em Educação em CiênciasResumo
Em 2001 aconteceu a publicação do primeiro volume da Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências — RBPEC. No segundo número da Revista, um editorial escrito pelo Professor Marco Antônio Moreira anunciava a consolidação da área de Ensino de Ciências e Matemática junto à CAPES, marcando um momento de entusiasmo e de esperança para seus pesquisadores. No presente momento, vivemos tempos difíceis com a crescente diminuição de recursos destinados a atividades de pesquisa. Como essa, muitas mudanças aconteceram e seguem acontecendo em nossa sociedade desde esse momento. Com a RBPEC não foi diferente. Em 2001, eram publicados três números anuais em formato impresso, ao passo que hoje a publicação ocorre online e em regime de fluxo contínuo. Nos primeiros anos, a quantidade de artigos publicados em cada número e a cada volume era muito variada; em 2020, foram publicados quase 50 textos escritos por pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e também de diferentes países, sendo que, nos últimos cinco anos, 30% das publicações estão em língua inglesa ou espanhola. Com tudo isso, ganhamos visibilidade nacional e internacional, fomos indexados em bases relevantes e, principalmente, contamos com o apreço da comunidade de pesquisa em Educação em Ciências — representado, especialmente, pelos altos números de visualizações e downloads de textos e pelo número crescente de submissões ano a ano.
Agora, no seu 20º aniversário, é o momento de relembrar um pouco da história da RBPEC e de favorecer reflexões sobre aspectos importantes atualmente e no futuro. Nesse Editorial Comemorativo, pessoas que tiveram relação direta com a Revista trazem suas contribuições para tais objetivos.
Referências
Bakhtin, M. (1992). Estética da Criação Verbal. Martins Fontes.
Ball, S. J. (2015). What is policy? 21 years later: Reflections on the possibilities of policy research. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, 36(3), 306–313.
Chouliaraki, L., & Fairclough, N. (1999). Discourse in Late Modernity: Rethinking critical discourse analysis. Edinburgh University Press.
Cosenza, A., Freire, L., Espinet, M., & Martins, I. (2014). Relações entre justiça ambiental e cidadania em construções discursivas docentes. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 14(2), 89–98.
El-Hani, C. N., & Greca, I. (2013). ComPratica: A Virtual Community of Practice for Promoting Biology Teachers’ Professional Development in Brazil. Research in Science Education, 43, 1327–1359. https://doi.org/10.1007/s11165-012-9306-1.
El-Hani, C., Mortimer, E., Pietrocola, M., & Otero, M. R. (Eds.) (2020). Science Education Research in Latin America. Brill.
Gilbert, J. K., & Justi, R. (2016). Modelling-based Teaching in Science Education. Springer.
Krasilchik, M. (1980). Inovação no ensino de Ciências. In W. E. Garcia (org.) Inovação educacional no Brasil: problemas e perspectivas (pp. 164–180). Cortez Editora.
Lacerda, M. B. (2019). O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro. Ed. Zouk.
Martins, I. & Barros, S. S. (2015). The role of journals in building up communities: the case of Ciência em Tela. Cultural Studies of Science Education, 10, 1033–1050. https://doi.org/10.1007/s11422-014-9637-5
Martins, I., Pinhão, F., & Vilanova, R. (2017). The interplay between structure and agency in the enactment of STEM policy. Cultural Studies of Science Education, 12, 863–871. https://doi.org/10.1007/s11422-017-9837-x
Martins, I., Quintanilla-Gattica, M., Amador-Rodriguez, R., Cabrera, G., Daza, S., Ospina-Quintero, N., & Pereira, J. (2020). Breves aproximaciones sobre la historia, las tendencias y las perspectivas del movimiento CTS en America Latina. Boletim da AIA-CTS, 12, 99-104.
Mortimer, E. F. (1996). Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: para onde vamos? Investigações em Ensino de Ciências, 1(1), 20–39.
Mortimer, E. F., & Scott, P. H. (2003). Meaning making in secondary science classrooms. Open University Press.
Nardi, R. (2002). Origens e evolução da pesquisa em Educação em Ciências no Brasil: uma retrospectiva histórica. In J. M. F. Vale, L. Magnoni, E.A., Lucci, M.G.M., Magnoni (orgs.). Escola Pública e Sociedade (pp. 218–236). Saraiva.
Nardi, R. & Almeida, M. J. M. (2007). Investigação em Ensino de Ciências no Brasil segundo pesquisadores da área: alguns fatores que lhe deram origem. Pro-Posições, 18(1), 213–226.
Nardi, R. (2014). Memórias do Ensino de Ciências no Brasil: a constituição da área segundo pesquisadores brasileiros, origens e avanços da pós-graduação. Revista do IMEA-UNILA, 2(2), 13–46.
Ogborn, J., Kress, G., Martins, I., & McGillicuddy, K. (1996). Explaining Science in the Classroom. Open University Press.
Pinhão, F., & Martins, I. (2016). Cidadania e Ensino de Ciências: questões para o debate. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 18, 9–29.
Reis-Barrella, A. (1998). O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - PADCT: Um exercício de Análise de Política. (Dissertação de Mestrado). Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.
Rezende, F. & Ostermann, F. (2020). Hegemonic and counter-hegemonic discourses in science education from the perspective of a post-critical curriculum theory. Cultural Studies of Science Education, 15(3), 679–694.
Rodrigues, L. Z., Pereira, B., & Mohr, A. (2020). O documento “Proposta para Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica (BNCFP): dez razões para temer e contestar a BNCFP. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 20, 1–39.
Rodrigues, V. A. B., Linsingen I von & Cassiani, S. (2019). Formação cidadã na educação científica e tecnológica: olhares críticos e decoloniais para as abordagens CTS. Educação e Fronteiras, 9(25), 71–91.
Rosa, K., & Mensah, F. M. (2016). Educational paythways of Black women physicists: Stories of experiencing and overcoming obstacles in life. Physical Review Physics Education Research, 12, 020113.
Rosa, K. (2019). Race, Gender and Sexual Minorities in Physics: Hashtag Activism in Brazil. In M. Pietrocola (ed), Upgrading Physics Education to Meet the Needs of Society. Cham, Switzerland: Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-319-96163-7_15
Santos, W. L. P. (2008). Scientific Literacy: A Freirean Perspective as a Radical View of Humanistic Science Education. Science Education, 93(2), 361–382. https://doi.org/10.1002/sce.20301
Sasseron, L. H. & Duschl, R. (2016). Ensino de Ciências e as práticas epistêmicas: o papel do professor e o engajamento dos estudantes. Revista Investigações em Ensino de Ciências, 21(2), 52–67, http://dx.doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2016v21n2p52
Schnetzler, R. P. (2002). A pesquisa em ensino de Química no Brasil: conquistas e perspectivas. Química Nova, 25(1), 14–24.
Selles, S. E. (2015). Quando as políticas curriculares e a pesquisa educacional mandam: reflexões sobre a colonização do trabalho docente. Boletim GEPEM (Online), 67, 100–117.
Selles, S. E. (2020). Processos históricos na consolidação da área de Educação em Ciências: por onde caminham os desafios. In E. B., Falcão & R.Vilanova (Orgs.). Educação em Ciências e Saúde: história, consolidação e perspectivas (pp. 215–236). Philae.
Stahelin, N., Accioly, I., & Sanchez, C. (2015). The promise and peril of the state in neoliberal times: implications for the critical environmental education movement in Brazil. Environmental Education Research, 28, 1–14.
Valadares, J. M., & Tavares, M. L. (2014). A formação intercultural para os povos indígenas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): desafios e possibilidades Interacçoes, 31, 54–70.
Vilanova, R., Miranda, E., & Martins, I. (no prelo). Neoliberalism and science education, south of the Equator: perspectives from Brazil. Cultural Studies of Science Education.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Alberto Villani, Cristiano Mattos, Isabel Martins, Lúcia Helena Sasseron, Rosária Justi, Sandra Selles
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores são responsáveis pela veracidade das informações prestadas e pelo conteúdo dos artigos.
Os autores que publicam neste periódico concordam plenamente com os seguintes termos:
- Os autores atestam que a contribuição é inédita, isto é, não foi publicada em outro periódico, atas de eventos ou equivalente.
- Os autores atestam que não submeteram a contribuição simultaneamente a outro periódico.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à RPBEC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores atestam que possuem os direitos autorais ou a autorização escrita de uso por parte dos detentores dos direitos autorais de figuras, tabelas, textos amplos etc. que forem incluídos no trabalho.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Em caso de identificação de plágio, republicação indevida e submissão simultânea, os autores autorizam a Editoria a tornar público o evento, informando a ocorrência aos editores dos periódicos envolvidos, aos eventuais autores plagiados e às suas instituições de origem.
