Uso do ácido docosahexaenóico na dieta para cordeiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20203

Palavras-chave:

Consumo, Digestibilidade, Lipídeos

Resumo

A proposta da pesquisa foi avaliar o efeito da inclusão de ácido docosahexaenóico no concentrado da dieta de cordeiros sobre o consumo, digestibilidade, perfil metabólico e comportamento ingestivo. Foram utilizadas cinco borregas mestiças (Dorper x Santa Inês) com média de 6 meses de idade e 33 kg. Os animais foram distribuídos em delineamento quadrado latino 5x5 sendo os tratamentos: 0; 1,5; 3,0; 4,5 e 6% de ALL-G Rich® no concentrado. As dietas foram compostas de silagem de milho e concentrado ofertadas duas vezes ao dia. Durante os períodos de avaliação foram mensurados e amostrados os alimento, água, fezes, sangue e urina. A partir dessas amostras foram calculados o consumo e digestibilidade. O comportamento ingestivo foi realizado durante 24 horas no último dia cada período experimental, mensurando o tempo gastos nas atividades de alimentação, ruminação e ócio. Análises de regressão foram utilizadas considerando 5% de significância. Não houve efeito significativo diante do consumo e digestibilidade de matéria seca e dos nutrientes, tal como no comportamento ingestivo com a crescente inclusão de ALL-G Rich® na dieta. Houve efeito significativo para as concentrações séricas de colesterol, lipoproteína de baixa densidade, fosfatase alcalina e gamma glutamil transferase, porém todos os metabolitos mantiveram-se dentre da faixa recomendada para categoria. Portanto, a ALL-G Rich® pode ser utilizada até 6% na matéria seca do concentrado em dietas de cordeiras sem afetar o consumo, digestibilidade, o perfil metabólico e o comportamento ingestivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aldai, N., P. Delmonte, S. Alves, R. J. B. Bessa, and J. Kramer. 2018. Evidence for the initial steps of DHA biohydrogenation by mixed ruminal microorganisms from sheep involves formation of conjugated fatty acids. J. Agric. Food Chem. 66: 842–855. Doi: https: / / doi.org/ 10 .1021/ acs .jafc .7b04563.

Altomonte, I., Salari, F., Licitra, R., & Martini, M. 2018. Use of microalgae in ruminant nutrition and implications on milk quality–A review. Livestock science, 214: 25-35. Doi: https://doi.org/10.1016/j.livsci.2018.05.006.

Association of official analytical chemistry (AOAC). 1990. Official methods of analysis. 15.ed. Arlington: AOAC International, 1117p.

Boeckaert, C., Vlaeminck, B., Dijkstra, J., Issa-Zacharia, A., Van Nespen, T., Van Straalen, W., Fievez, V. 2008. Effect of dietary starch or micro algae supplementation on rumen fermentation and milk fatty acid composition of dairy cows. Journal of Dairy Science, 91(12): 4714-4727. Doi: https://doi.org/10.3168/jds.2008-1178.

Borghi, T.H. Farinha de algas marinhas (Schizochytrium sp.) na alimentação de cordeiros confinados: desempenho, digestibilidade e qualidade da carcaça e da carne. 2018. 113f. Tese (Doutorado em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista.

Brás, P., Possenti, R. A., Bueno, M. S., Canova, E. B., Schammas, E. A. 2014. Avaliação nutricional de coprodutos da extração de óleos vegetais em dieta de ovinos. Boletim de Indústria Animal, 71(2), 160-175. Doi: https://doi.org/10.17523/bia.v71n2p160

Calder, P. C. 2014. Very long chain omega‐3 (n‐3) fatty acids and human health. European journal of lipid science and technology, 116(10): 1280-1300. Doi: https://doi.org/10.1002/ejlt.201400025

Carvalho, M. B. Semiologia do Sistema Urinário. In: FEITOSA, F.L. SemiologiaVeterinária. São Paulo: Roca, 2008. p.389-409.

Church, D.C. Fisiologia digestiva y nutrición de los ruminantes. Zaragoza: Acríbia, 1993. 641p.

Dallago, B. S. L., McManus, C. M., Caldeira, D. F., Lopes, A. C., Paim, T. D. P., Franco, E., Louvandini, H. 2011. Performance and ruminal protozoa in lambs with chromium supplementation. Research in veterinary science, 90(2): 253-256. Doi: https://doi.org/10.1016/j.rvsc.2010.06.015.

Mertens, D. R. 1996. Methods in modelling feeding behaviour and intake in herbivores. In Annales de zootechnie (Vol. 45, pp. 153-164).

Fischer, V., Deswysen, A. G., Dèspres, L., Dutilleul, P., Lobato, J. F. P. 1998. Padrões nictemerais do comportamento ingestivo de ovinos. Revista Brasileira de Zootecnia, 27(2):362-369.

Forbes, J. M. 1968. The water intake of ewes. British Journal of Nutrition, 22(1): 33-43. Doi: https://doi.org/10.1079/BJN19680006

Forbes, J. M. 1996. Integration of regulatory signals controlling forage intake in ruminants. Journal of Animal Science, 74(12): 3029-3035. Doi: https://doi.org/10.2527/1996.74123029x

Freitas Júnior, J. E. D., Rennó, F. P., Silva, L. F. P., Gandra, J. R., Maturana Filho, M., Foditsch, C., & Venturelli, B. C. 2010. Parâmetros sanguíneos de vacas leiteiras suplementadas com diferentes fontes de gordura. Ciência Rural, 40(4): 950-956. Doi: https://doi.org/10.1590/S0103-84782010005000039

Kaneko, J.J.; Harvey, J.W.; Bruss, M.L. Clinical biochemistry of domestic animals.6. ed. San Diego: Academic Press, 2008. 916p.

Mertens, D. R., Regulation of forage intake. In: FAHEY, G. C. (Ed.) Forage quality, evaluation, and utilization. Madison: American Society Agronomy. p.450-493, 1994.

Mertens, D. R. 1997. Creating a system for meeting the fiber requirements of dairy cows. Journal of dairy science, 80(7): 1463-1481. Doi: https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(97)76075-2

National research council (NRC). Nutrient Requeriments of Small Ruminants. Washington, DC, USA: National Academy Press, 2007. 362p.

Ndlovu, T., Chimonyo, M., Okoh, A. I., Muchenje, V., Dzama, K., Raats, J. G. 2007. Assessing the nutritional status of beef cattle: current practices and future prospects. African Journal of Biotechnology, 6(24).

Palmquist, D. L., & Jenkins, T. C. 1980. Fat in lactation rations. Journal of dairy science, 63(1): 1-14. Doi: https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(80)82881-5.

Palmquist D. L.; Mattos, W. R. S. Metabolismo de lipídios. In: Berchielli, T. T.; Pires, A. V.; Oliveira, S. G. (Ed.). Nutrição de ruminantes. 2. ed. Jaboticabal: Funep, 2011. p. 299-322

Ponnampalam, E. N., Hopkins, D. L., Butler, K. L., Dunshea, F. R., Sinclair, A. J., & Warner, R. D. 2009. Polyunsaturated fats in meat from Merino, first-and second-cross sheep slaughtered as yearlings. Meat Science, 83(2): 314-319. Doi: https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2009.05.018.

Pirondini, M., Colombini, S., Mele, M., Malagutti, L., Rapetti, L., Galassi, G., Crovetto, G. M. 2015. Effect of dietary starch concentration and fish oil supplementation on milk yield and composition, diet digestibility, and methane emissions in lactating dairy cows. Journal of dairy science, 98(1): 357-372. Doi: https://doi.org/10.3168/jds.2014-8092

Puppel, K., Kuczyńska, B. 2016. Metabolic profiles of cow's blood; a review. Journal of the Science of Food and Agriculture, 96(13): 4321-4328. Doi: https://doi.org/10.1002/jsfa.7779

Reece, W. O. Função Renal nos Mamíferos. In: Reece, W. O. DUKES – Fisiologia dos animais domésticos. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 68-96.

Russell, K. E., & Roussel, A. J. 2007. Evaluation of the ruminant serum chemistry profile. Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice, 23(3): 403-426. Doi: https://doi.org/10.1016/j.cvfa.2007.07.003

Silva, L.G. Farinha de algas marinhas (Schizochytrium sp.) e vitamina E na alimentação de cordeiros confinados. 2018. 85p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, 2018.

Stark, K. D., Van Elswyk, M. E., Higgins, M. R., Weatherford, C. A., & Salem Jr, N. (2016). Global survey of the omega-3 fatty acids, docosahexaenoic acid and eicosapentaenoic acid in the blood stream of healthy adults. Progress in lipid research, 63: 132-152. Doi: https://doi.org/10.1016/j.plipres.2016.05.001

Thanh, L. P., Phakachoed, N., Meeprom, C., Suksombat, W. 2018. Replacement of fish oil for sunflower oil in growing goat diet induces shift of ruminal fermentation and fatty acid concentration without affecting intake and digestion. Small ruminant research, 165: 71-78. Doi: https://doi.org/10.1016/j.smallrumres.2018.05.015

Van Soest, P.J. Nutritional Ecology of the Ruminant. 2.ed. London: Constock Publishing Associates, USA, 1994, 476 p.

Van Soest, P. V., Robertson, J. B., & Lewis, B. A. 1991. Methods for dietary fiber, neutral detergent fiber, and nonstarch polysaccharides in relation to animal nutrition. Journal of dairy science, 74(10): 3583-3597. Doi: https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(91)78551-2

Varanis, L.F.M. Prospecção de metabólitos sanguíneos referenciais para ovinos em distintas categorias. 2018. 45f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.

Wittwer, F. Diagnóstico dos desequilíbrios metabólicos de energia em rebanhos bovinos. In: Gonzalez, F.H.D.; Barcelos, J.O.; Patinõ, H.O.; Ribeiro, L.A. Perfil metabólico em ruminantes. Seu uso em nutrição e doenças nutricionais. Porto Alegre: UFRGS, 2000. p.9-22.

Publicado

2020-08-25

Como Citar

Araújo, M. J. P. ., Schultz, E. B., Jesus, T. A. V., Andrade, M. E. B., Sousa, L. M., & Macedo Júnior, G. de L. . (2020). Uso do ácido docosahexaenóico na dieta para cordeiros. Caderno De Ciências Agrárias, 12, 1–8. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2020.20203

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS
Share |

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.